O Halloween pode não ser uma festividade brasileira, mas a comemoração da data já virou tradição no país. O mês de outubro inteiro é dedicado a um “esquenta” para o dia 31 e, enquanto algumas pessoas preferem celebrar em festas à fantasia, outras ficam em casa, maratonando filmes e séries de deixar os cabelos em pé.
Para os jogadores de plantão, as coisas não são diferentes: sempre tem aquele jogo que não pode passar batido no Halloween. Sendo assim, preparamos uma lista com alguns títulos disponíveis para Nintendo Switch que, embora curtos, prometem abalar o psicológico até mesmo dos mais corajosos.
>observer_
Com uma ambientação futurista e elementos cyberpunk, >observer_ é um jogo de suspense de ficção científica que gira em torno de Daniel Lazarski, um detetive da KPD que possui o poder de vasculhar a mente das pessoas em busca de pistas para solucionar os mistérios que assolam a fictícia Cracóvia de 2084. O título se destaca pela ambientação inquietante, sobretudo no plano onírico das memórias dos habitantes da cidade, e transforma o jogador em, como o título sugere, um observador.
Detention
Detention é outro jogo que, embora pareça simples, esconde uma narrativa sombria e imersiva. Com uma temática que apresenta problemas cotidianos, a parte assustadora é presenciar todos os acontecimentos do ponto de vista de uma criança, e este título não deixa a desejar quando o assunto é pegar o jogador desprevenido.
Distraint 1 e 2
O desgaste mental e psicológico apresentado tanto em Distraint quanto em Distraint 2 é o ponto alto dos títulos em questão. Mesmo sendo jogos relativamente curtos, a narrativa tem um peso importante e é recheada de simbolismos que colocam em xeque o significado da vida, tudo isso sem abrir mão de uma atmosfera inquietante.
Inside
Sem diálogos ou cutscenes, Inside é um puzzle instigante do início ao fim. Dentro de um mundo de atmosfera opressora, é necessário descobrir como prosseguir baseando-se puramente na intuição. O ponto forte do título, considerado o sucessor espiritual de Limbo, se dá pela subjetividade, tornando a aventura única para cada jogador.
Layers of Fear
Em Layers of Fear, o jogador assume o papel de um pintor perturbado por seu passado. Totalmente em primeira pessoa, o ponto alto do título é a imersão proporcionada enquanto são desvendados os mistérios por trás das obras de arte do protagonista sem nome. A versão de Switch também possui um DLC que adiciona ainda mais camadas de terror psicológico a esta história conturbada.
Limbo
Considerado uma obra-prima do game design, Limbo é um puzzle de plataforma minimalista simples e extremamente desafiador, no qual um garoto precisa sobreviver enquanto vaga pelo limbo em busca de sua irmã. Porém, prepare-se: as aranhas gigantes serão motivo de pesadelos à noite. Literalmente.
Little Nightmares
Little Nightmares é um terror psicológico que cativa pela sua simplicidade, fazendo um grande apelo às memórias de nossa infância. O ponto forte do jogo não se dá pelo enredo, mas sim pela imersão que cada canto do navio assombrado proporciona, especialmente pelo excelente uso do contraste entre luz e sombra, e uma trilha sonora que faz jus à proposta do título.
The Coma: Recut
The Coma: Recut é a versão remasterizada de The Coma: Cutting Class. O jogo é um survival horror sul-coreano no qual a narrativa tem um grande peso, então prepare-se para uma boa dose de leitura. Youngho descobre que uma estudante se suicidou na escola e, para piorar, o aluno pega no sono durante a prova final. Quando acorda, o protagonista se encontra em uma versão alternativa e assustadora do colégio e, acima de tudo, está sendo perseguido por uma misteriosa assassina. Sem armas para se defender, tudo o que Youngho pode fazer é correr e se esconder enquanto procura um meio de sair deste pesadelo.
Mesmo que os jogos listados não sejam inéditos, continuam sendo boas pedidas, especialmente pela curta duração. A imersão foi o fator decisivo para a escolha dos títulos apresentados nesta matéria e faz com que a jogatina se torne inquietante em todos os sentidos. Afinal, não é este o charme de um bom terror psicológico?
Revisão: Vladimir Machado
