Control não seria possível no Switch sem a tecnologia de cloud, revela Remedy

Informação veio de Thomas Puha, diretor de comunicações da Remedy Entertainment, durante entrevista concedida ao site Nintendo Life.

em 30/10/2020


Durante a edição desta semana do Nintendo Direct Mini: Partner Showcase, foi anunciado o lançamento de Control Ultimate Edition para a plataforma híbrida da Big N. No entanto, o game não roda no próprio console e usa a tecnologia de cloud. Ou seja, o processamento é realizado em servidores externos, que apenas mandam as imagens via streaming para o Switch. Por isso, durante toda a jogatina é necessário estar constantemente conectado à internet.


De acordo com Thomas Puha, diretor de comunicações da Remedy Entertainment, a chegada do game ao console da Nintendo não seria possível sem essa tecnologia. Em entrevista concedida ao site Nintendo Life, ele comentou que a engine Northlight não foi criada para funcionar no Switch e que um simples port seria extremamente trabalhoso. Confira a fala completa de Puha:
Acho que é seguro dizer que não haveria Control no Switch sem tecnologia de cloud.

No passado, dedicamos um tempo para fazer algumas diligências sobre o que seria necessário para produzirmos um port para Switch com um parceiro externo, mas não consideramos isso possível por uma série de razões. Os gargalos são tudo o que você mencionou: técnico, financeiro e de pessoal. Não é uma questão de querer. Claro, a Remedy e 505 Games querem Control disponível em muitas plataformas, incluindo o Switch. Se fosse assim tão fácil. Acredite em mim, uma das coisas mais difíceis em fazer jogos são todas as concessões que você precisa fazer.

Levar jogos para plataformas diferentes é realmente demorado e difícil. Nossa engine Northlight realmente não foi feita para funcionar no Switch, que eu diria que é válido para a maioria das engine, então você teria que gastar uma quantidade significativa de tempo e engenharia para fazer isso acontecer. Então, você tem que pensar se todo esse trabalho vale a pena para apenas um jogo, enquanto você deve estar preparando a engine para a próxima geração e o futuro. Preferimos garantir que nossas ferramentas e equipes estejam prontas para os jogos futuros da melhor forma possível, ao invés de voltarmos e fazermos um tipo de trabalho que seria algo isolado.

Você também não pode simplesmente terceirizar o port. A tecnologia e a engine são da Remedy, então ainda precisaríamos nos envolver de forma bastante complexa do ponto de vista da engenharia. Há tantas coisas em que pensar, como um determinado middleware disponível para Switch, quanto tempo levará para atualizá-lo e assim por diante. Como sempre, trata-se de recursos, e temos muito poucos em uma empresa do tamanho da Remedy, onde estamos trabalhando em vários projetos muito diferentes ao mesmo tempo.

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.