Embora seja muito positivo ver jogos brasileiros se destacando no mercado, SWARMRIDERS passa a impressão de ser um projeto inacabado, tão corrido quanto sua proposta. O título tem algumas poucas qualidades, mas nenhuma delas é justificativa suficiente para defender este shooter.
Rápido, mas decepcionante
Com uma jogabilidade exageradamente simples, o objetivo é sobreviver pelo maior tempo possível enquanto se derrota hordas de criaturas. O analógico esquerdo controla a direção da moto e o direito, a direção dos tiros. Ao ser atingido sete vezes, o jogo termina e o jogador é imediatamente levado à tela inicial, na qual constam três informações: o tempo de sobrevivência na última partida, o melhor tempo e um rank.Um ponto importante para jogadores de Switch é que, durante a jogatina, os controles são forçados em uma única direção, especialmente o analógico direito, e, a longo prazo, isso pode causar ou agravar o famigerado problema de “drift” nos Joy-Con. Para evitá-lo, é aconselhável o uso do Pro Controller, se possível, dado que SWARMRIDERS não aceita comandos pela tela de toque.
Simplicidade injustificável
O vídeo acima mostra a jogabilidade completa de SWARMRIDERS. Por mais que a proposta seja de um jogo simples, há um exagero injustificável nesse aspecto.Não se trata da mesma simplicidade de jogos como Tetris ou Pac-Man, mas sim de uma que enjoa rapidamente. O fator diversão é baixíssimo devido à jogabilidade repetitiva e poucos recursos visuais. Não existem power-ups, fases, nem mesmo variação no estilo dos inimigos. O jogo é sempre a mesma coisa do início ao fim.
O máximo que o jogador pode esperar são hordas maiores ou menores dos mesmos inimigos. Por mais que seja um arcade simples e frenético, divertido para uma jogatina casual, não vai muito além disso. É um título bastante enjoativo e passível de esquecimento após pouco tempo. Como o próprio desenvolvedor indica, os jogadores podem esperar uma jogatina rápida, de apenas alguns minutos.
Sem variedade
No que diz respeito ao visual, há pouca coisa a ser discutida. O jogador passará alguns segundos olhando para uma tela de fundo preto, com sprites pixelados da motocicleta e dos inimigos alienígenas que voam em hordas na direção do jogador, enquanto este dispara tiros roxos em linha reta na direção que mirar. Em outros jogos do mesmo estilo os inimigos ao menos têm uma paleta de cores variada a cada nova horda, o que não é o caso aqui.
Nesse ponto é importante destacar que a simplicidade demonstrada em termos de gameplay poderia ser melhor aproveitada em outros aspectos do jogo: quando um inimigo se choca contra o jogador, efeitos visuais de explosão extremamente exagerados chegam a dificultar a visão, o que pode levar a uma sequência de danos inesperada e sem muito o que fazer para remediar.
A trilha sonora peca pela repetitividade. Ao todo, o jogo conta com apenas duas músicas: uma para o menu e outra para a aventura em si. Depois de alguns minutos fazendo a mesma coisa, chega a dar vontade de desativar o som.
Se você quiser experimentar SWARMRIDERS, é possível jogá-lo gratuitamente no PC. Devido a isso, fica consideravelmente difícil recomendar a versão para Switch, dado que no híbrido é um jogo pago. Trata-se de um título simples e com jogabilidade dinâmica, porém repetitivo e enjoativo, sem destaque em gráficos, música ou diversão. Em suma, SWARMRIDERS entretém por alguns minutos para ser abandonado logo em seguida.
Prós
- Jogabilidade fluida.
Contras
- Sem senso de progressão;
- Sem variedade visual e sonora;
- Efeitos visuais excessivos;
- Jogabilidade repetitiva;
- Agravante do "drift" nos Joy-Con.
SWARMRIDERS ー PC/Switch ー Nota 3.5
Versão utilizada para análise: Switch
Versão utilizada para análise: Switch
Análise produzida com cópia digital cedida pela QUByte
Revisão: José Carlos Alves