Os melhores jogos da Atlus nos consoles da Nintendo

Conheça os melhores títulos da empresa e que estão presentes nas plataformas da Nintendo.

em 21/06/2020
A Atlus é uma empresa japonesa conhecida por criar RPGs peculiares e indiscutivelmente originais.Um senso comum é que a desenvolvedora tem o hábito de lançar os seus melhores jogos para consoles que não são da Nintendo, o que é um erro. Com exceção da série Persona, alguns dos melhores títulos da Atlus estão nos consoles da empresa — vários, aliás, exclusivos até hoje.




Recentemente, Persona 4 Golden foi lançado para PC, isso pode significar que não falta muito para os jogos da franquia principal também chegarem ao Nintendo Switch. Por isso, vamos listar os melhores jogos da Atlus que estão nas plataformas da Nintendo. A relação entre as duas empresas é de longa data e já rendeu grandes frutos para os jogadores.

10. Snowboard Kids (N64)

Lançado para Nintendo 64, Snowboard Kids foi desenvolvido pela Racdyn e publicado pela Atlus. Uma espécie de Mario Kart com snowboard, o título alcançou algum sucesso na época, tanto pela crítica como pelo público. Eu mesmo cheguei a conhecer pessoas da minha escola que tinham o cartucho e combinaram de jogar partidas multiplayer nos finais de semana.

Diferente de Mario Kart 64, neste game o jogador pode fazer manobras ou pegar moedinhas pra ganhar Tricks Pts, o dinheiro utilizado no jogo que serve para comprar outras armas na gameplay, como Neve Humana, bombas, gelo, fantasmas, panelas pra jogar nos seus oponentes, pedras e etc., além de melhorias para seu snowboard.

Snowboard Kids contou com a participação mais do que especial do mascote da Atlus, Jack Frost, que é desbloqueado após o jogador derrotá-lo em uma corrida de exibição da Grade B do World Tour Challenge. Para ter acesso ao personagem, você deve comprá-lo na loja por 75.000 Tricks Pts.

A franquia teve continuações, uma delas ainda no Nintendo 64 e outras duas para o Nintendo DS.

09. Shin Megami Tensei IV (3DS)

Shin Megami Tensei IV é um título exclusivo do Nintendo 3DS. Os acontecimentos deste jogo não possuem conexão direta com as histórias dos anteriores, porém a jogabilidade possui a mesma estrutura clássica da série: um sistema de batalha baseado em turnos em que os jogadores e inimigos lutam entre si e exploram suas fraquezas, permitindo que ambos os lados ganhem turnos adicionais ou os percam.

A história é sobre um samurai chamado Flynn, membro da guarda do reino medieval Mikado. Quando o misterioso Black Samurai começa a transformar a população em demônios, Flynn e três companheiros são enviados para capturá-lo. A busca pelo Black Samurai arrasta Flynn e seus companheiros para uma revelação surpreendente e uma luta de poder entre forças angelicais e demoníacas.

Temas envolvendo demônios e religião são recorrentes na série Shin Megami Tensei. A franquia possui um nível de dificuldade um pouco elevada para novatos, mas assim que o jogador entende como as batalhas funcionam, tudo fica mais fluido e divertido.

Se você possuir o mínimo de interesse na sequência Shin Megami Tensei V, que será lançada em breve para o Nintendo Switch, você deve conferir Shin Megami Tensei IV no 3DS.


08. Radiant Historia: Perfect Chronology (3DS)

Radiant Historia: Perfect Chronology é um port do Radiant Historia (DS), com novos conteúdos e recursos como dublagem, visuais, música, e uma nova história chamada "Possible History". Nela, você explora os "Possible Worlds", onde as coisas não se desenrolam da mesma forma que a linha do tempo do jogo original.

O jogo conta a história de Stocke, um guerreiro envolvido em uma guerra entre dois reinos que já dura um bom tempo. Certo dia, antes de uma missão, o herói recebe de seu superior um livro em branco chamado White Chronicle. Após um resultado trágico, ele descobre que esse livro é um artefato que o permite viajar no tempo e alterar suas ações de forma a corrigir as coisas que deram errado no passado.

A recepção e as vendas foram positivas, tanto para o título original quanto para o remake, alcançando altas posições nos rankings de venda no Japão e no Ocidente. O jogo recebeu elogios por suas mecânicas de batalha e de viagem no tempo, apesar de opiniões controversas a respeito de sua sua estrutura linear. Vários críticos o compararam favoravelmente aos RPG da era 16-bits.


07. Etrian Odyssey: The Millenium Girl (3DS)

Remake do primeiro Etrian Odyssey (DS), Etrian Odyssey Untold: The Millenium Girl foi lançado para Nintendo 3DS. O jogo foi refeito do zero para a nova plataforma e ainda trouxe um novo modo, novos gráficos, novas classes, além de abertura e cutscenes em estilo anime. Usando um grupo de personagens criados pelos jogadores, o game se concentra na exploração em primeira pessoa de uma masmorra misteriosa.

A história começa com o jogador formando uma guilda de aventureiros com o intuito de explorar a famosa masmorra da cidade de Etria, que possui um estranho labirinto chamado Yggdrasil, responsável por atrair aventureiros de todas partes do mundo. O mistério começa quando o labirinto começa a sugar a vida daqueles que se arriscaram a desbravá-lo.

Antes do seu surgimento, a cidade vivia em crise econômica, sem atrativos para visitantes. O surgimento do Yggdrasil trouxe prosperidade para aquela região. Ainda que possua seu valor econômico, o labirinto passou a ser investigado por muitas guildas que, além de explorá-lo, querem investigar a real razão de ele ter surgido tão de repente.


06. Persona Q: Shadow of the Labyrinth (3DS)

Spin-off da série Persona, Persona Q: Shadow of the Labyrinth (3DS) é um crossover entre Persona 3 e Persona 4. Nesta história, os personagens são retirados de seus respectivos lugares originais por uma força desconhecida que criou uma réplica da escola Yasogami, de Persona 4, para outro mundo.

Os heróis encontram Zen e Rei, duas pessoas misteriosas que perderam a memória. Os dois grupos provindos de jogos diferentes devem se unir e explorar quatro labirintos na escola no intuito de recuperar os tesouros escondidos que podem restaurar as memórias de Zen e Rei, assim encontrando uma maneira de escapar daquela dimensão alternativa.

Fundindo elementos das séries Persona e Etrian Odyssey, a jogabilidade se concentra no dungeon crawler em primeira pessoa através de labirintos e combates que utilizam as habilidades das Personas dos personagens contra os Shadows.


05. Trauma Center: Second Opinion (Wii)

Remake de Trauma Center: Under the Knife (DS), Trauma Center: Second Opinion trouxe melhorias em todos os aspectos e conteúdos inéditos. A jogabilidade combina simulação de cirurgia médica com uma história contada como visual novel. Neste remake, adicionaram novas opções de operações e controles retrabalhados para o Wii Remote.

No ano seguinte, o jogo ganhou uma continuação exclusiva para o Wii chamada Trauma Center: New Blood. No geral, eu diria que New Blood é o melhor jogo da franquia. Ele tem mais operações e a dublagem teve uma melhoria substancial. Além disso, se você tem alguém para jogar junto, as operações em equipe são muito divertidas.

No entanto, Second Opinion, por sua vez, tem um enredo mais convincente e algumas operações brilhantes (eu particularmente gosto da que envolve o Paraskevi). Então, se você é um amante de boas histórias com reviravoltas, Second Opinion é obrigatório para a sua coleção.

04. Persona Q2 New Cinema Labyrinth (3DS)

Persona Q2: New Cinema Labyrinth segue o mesmo estilo de dungeon-crawler do seu antecessor. A diferença é que nesse título é possível jogar com os Phantom Thieves of Heart, o que por si só já o torna superior, além de entregar muito mais fanservice e, sendo obrigatório para qualquer fã de Persona — uma vez que título conta com a participação do elenco de Persona 3, Persona 4 e Persona 5, sem falar do estilo de arte, que ficou ótimo nos personagens.

A história do jogo começa no sótão do café Leblanc, onde os protagonistas decidem seguir em mais uma viagem ao Mementos. Durante a aventura, Joker e o resto dos Phantom Thieves se veem em um filme, conectado a um cinema que está trancado por dentro. Com Makoto e Haru desaparecidas, os Phantom Thieves encontram Nagi e Hikari no cinema, que também estão trancadas com eles, além de Doe, uma Shadow na sala de projeção.

Enquanto os Phantom Thieves se aventuram pelo cinema, eles encontram aliados ao longo do caminho, como a protagonista feminina de Persona 3 em Kamoshidaman, a Equipe Investigativa de Persona 4 em Junessic World, e a SEES (equipe do Persona 3) em A.I.G.I.S, sendo que todos eles entraram no mundo do cinema durante uma viagem ao mundo da TV e ao Tartarus, respectivamente.


03. Tokyo Mirage Sessions #FE Encore (Switch)

Lançado originalmente para Wii U, Tokyo Mirage Sessions #FE Encore é uma remasterização que aperfeiçoa o que já era perfeito. Neste spin-off e crossover das franquias de RPG Shin Megami Tensei e Fire Emblem. O jogo combina elementos de jogabilidade das duas séries, inclusive o sistema de fraquezas e vantagens das magias de SMT.

A história do jogo é dividida em vários capítulos, com o jogador também capaz de participar da vida dos outros personagens da trama, além de realizar missões secundárias em Tóquio.

Tudo também lembra bastante qualquer jogo da franquia Persona, pois envolve adolescentes japoneses lutando contra forças sobrenaturais. O elenco principal relaciona-se com as Mirages (similar ao conceito de Persona), ​​inspiradas em personagens de vários jogos do Fire Emblem.


02. Persona 5 Scramble (Switch)

Resultado de uma parceria da Atlus com a Tecmo Koei, Persona 5 Scramble (Switch) é focado na ação frenética de Dynasty Warriors. Seguindo mais para o estilo hack and slash, este título é uma continuação direta do RPG original, com a história se passando alguns meses após o fim de Persona 5 — nela, Joker e Morgana voltam a Tóquio a fim de planejarem passar as férias de verão com os outros Phantom Thieves, quando ocorrem eventos estranhos que desencadeiam a nova trama.

A quantidade de fanservice presente neste game é absurda, e poder visitar Yongen-Jaya com os Joy-Con não tem preço. Apesar de ser um estilo totalmente diferente do jogo original, Scramble conta com elementos estratégicos da franquia Shin Megami Tensei, como o sistema de vantagens e fraquezas para poder ganhar mais um turno — que no caso de Scramble, foi adaptado ao afetar o tempo restante.

Até o momento, Persona 5 Scramble foi lançado somente no Japão e permanece sem data de lançamento para o ocidente. Mesmo assim, ele entra na nossa lista por ter altíssima qualidade. Apenas para referência, a revista Famitsu deu nota 37/40 para o game,consolidando-o como um dos melhores títulos da Atlus em uma plataforma da Nintendo e obrigatório para fãs de Persona 5.


01. Catherine Full Body (Switch)

Provavelmente um dos jogos mais ousados de todos, mas nada menos peculiar do que a Atlus já tenha apresentado antes. Catherine: Full Body é a versão definitiva do já clássico Catherine (X360/PS3). O título aborda questões existenciais, casamento e fidelidade. É uma história madura e bem construída, que dá ao jogador escolhas que poderão alterar o destino do protagonista. O aspecto gameplay de Catherine é basicamente romance novel e puzzle, lembrando um pouco os jogos da série Pushmo.

Neste game, o jogador controla um homem de 32 anos chamado Vincent, que anda tendo estranhos pesadelos desde que sua namorada, Katherine, começou a especular sobre casamento e compromisso. Esse assunto se torna mais delicado quando ele conhece uma linda e sedutora garota chamada Catherine — o que leva seus pesadelos a se tornarem mais e mais intensos e assustadores.

Durante o dia, Vincent pode conversar com seus amigos e tentar lidar com seu relacionamento com Katherine (ou Catherine). Parte deste tempo se passa no bar The Stray Sheep, onde o protagonista pode salvar o jogo e mandar mensagens para outros personagens pelo seu telefone celular. À noite, durante os pesadelos em um mundo caótico habitado apenas por homens (que são representados como ovelhas), Vincent deve subir por gigantes escadarias de blocos, que vão lentamente caindo abaixo dele, até chegar ao topo são e salvo.

Catherine: Full Body é o melhor título da Atlus disponível em uma plataforma Nintendo, devido a sua profundidade narrativa e a sua trama adulta que faz o jogador pensar sobre temas importantes.



Independente da plataforma, não deixe de aproveitar os jogos da Atlus — porque até o título mais obscuro da empresa poderá ser marcante para o jogador. Teve algum game da lista que você não conhecia e decidiu dar uma chance depois de ler a matéria? Não deixe de compartilhar nos comentários o que mais te interessou!

Revisão: João Pedro Boaventura

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