Porém, as decisões no jogo não influenciam o destino da protagonista Roh, mas são fundamentais para se salvar a vida de outras personagens. Quer dizer, o pós-vida delas.
História densa, mas curta
Roh começa o jogo em sua casa, mais precisamente em sua cama. Ao andar pelo local, percebe que as portas e janelas estão fechadas, sem motivo aparente.Explorando bem o lar, encontrará uma chave da porta da frente, que a levará para um local chamado The Road, que é uma estrada abandonada e com uma neblina estranha. Sem saber direito onde se encontra e se está sonhando, a trama do jogo tem início.
No final da rua há um precipício e a figura bizarra de Kobi, que afirma que poderá ajudá-la a sair do local, desde que convença a moça que se encontra nas proximidades de que ele não se trata de um monstro. Kobi tem de fato um aspecto monstruoso, que lembra muito a figura do Sem Rosto, do filme A Viagem de Chihiro.
Após essa conversa, o acesso a outra área é liberado e lá se encontra uma casa. Dentro dela está uma mulher enforcada, cujo nome é Akira. Mais do que isso não se pode falar, sob pena de incorrer em spoilers.
O jogador descobre que foi levado a esse mundo para cumprir a missão de tentar convencer almas atormentadas a seguirem seus rumos e descansarem pela eternidade. As almas estão em uma espécie de purgatório diferente cada uma, graças a algum evento trágico de suas vidas que moldou seu martírio. O jogo se pauta nisso: a tentativa de convencer almas errantes a seguirem seus rumos.
Claro, por ser um jogo focado em escolhas, pode-se intervir nas trajetórias tristes por meio das ações de Roh, rompendo a ideia de livre arbítrio de cada um. Isso levará a um desfecho diferente da história.
O jogador descobre que foi levado a esse mundo para cumprir a missão de tentar convencer almas atormentadas a seguirem seus rumos e descansarem pela eternidade. As almas estão em uma espécie de purgatório diferente cada uma, graças a algum evento trágico de suas vidas que moldou seu martírio. O jogo se pauta nisso: a tentativa de convencer almas errantes a seguirem seus rumos.
Claro, por ser um jogo focado em escolhas, pode-se intervir nas trajetórias tristes por meio das ações de Roh, rompendo a ideia de livre arbítrio de cada um. Isso levará a um desfecho diferente da história.
No total são três cenários onde a protagonista é enviada para ajudar os espíritos errantes, cada um com personagens e histórias diferentes que aparentemente não têm relação. Há no final um quarto local, um farol, onde haverá uma espécie de julgamento pelas ações tomadas durante a história.
Embora a violência vivida pelas personagens seja grande, o jogo é muito curto, sendo que em cerca de duas horas conseguimos fazer todos os finais possíveis, mesmo reiniciando do zero a aventura.
Quando se começa a querer conhecer melhor a trajetória das personagens, o cenário acaba. Chega a ser frustrante.
Ambientação de terror que não dá medo
A atmosfera de terror do jogo não apela à violência gráfica como é recorrente em títulos do gênero: foca mais na densidade do enredo e nas tragédias pessoais que Roh acaba conhecendo em sua jornada nos purgatórios das almas errantes.Os gráficos pixelados são clara homenagem aos clássico RPGs da era 16-bits, assim como a trilha sonora soturna que os acompanha. Embora não se tenham batalhas, as caixas de diálogos estão presentes e exigem o domínio razoável de inglês ou espanhol para melhor fruir a jogatina.
Por ser um jogo focado na narrativa, não há desafio complicado. Aliás, somente em uma parte é possível levar um game over por um erro de escolha. Todavia, o jogo é tão rápido que basta iniciar o cenário novamente que não se cometerá o mesmo vacilo.
Apesar de toda essa construção para criar um clima horripilante, não há propriamente um evento que deixe o jogador apreensivo. A tensão se baseia quase que exclusivamente no sofrimento das personagens.
Escolhas morais e seus reflexos
A ideia de Red Bow é demonstrar que as decisões que permeiam a narrativa não influenciam diretamente na vida da protagonista, Roh. Escolher o melhor desfecho para as almas não muda nada de substancial a trajetória do jogo, apenas alivia ou não o martírio delas.Ajudar alguém sem receber nada em troca ou ter uma consequência drástica em sua vida vale a pena? Fazer o certo pelo simples fato de que é o que deve ser feito, mesmo que não exista benefício algum? Essas são as perguntas que Red Bow faz e quer que o jogador responda por si.
Prós
- História densa;
- Personagens com trajetórias complexas.
Contras
- Extremamente curto;
- Falta de desenvolvimento dos personagens;
- Ambientação de terror carente de terror.
Red Bow - Switch/PS4/XBO/PC - Nota: 6.5
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: José Carlos Alves
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games