Dentro desse contexto, Delta Squad não é nem um pouco pretensioso: trata-se de mais um jogo sem enredo trabalhado cujo único objetivo é matar zumbis e o exército inimigo. Contudo, mesmo quando há o apelo ao genérico, precisa-se de no mínimo um apreço à jogabilidade, gráficos e música. Em todos esses quesitos, Delta Squad peca e fica aquém do geral do gênero.
Tudo genérico e jogabilidade travada
O roteiro que fundamenta o jogo é mais do mesmo: um cientista louco chamado Dr. Malcon desenvolveu um vírus que contamina as pessoas e as transforma em espécie de zumbis. Rumanovsky, um ditador soviético para realçar a sua malvadeza estereotipada, toma posse da pesquisa e cria um exército miscigenado de monstros e combatentes para dominar o mundo. Cabe a você, membro do Delta Squad, salvar a todos.O jogo se divide em dois modos: a campanha principal e o tradicional survivor. Para quem quiser jogar com a galera, até quatro jogadores locais podem participar do tiroteio, não havendo modo online disponível.
A campanha tem cinco mapas que podem ser escolhidos em qualquer ordem. Porém, pouco importa por qual se comece: todos são bem parecidos, sem atrativo especial que os diferencia além do próprio nome.
Para enfrentar os inimigos, há quatro combatentes que se distinguem mais pelas armas do que pela mobilidade dentro do cenário. O soldado de infantaria tem os atributos mais equilibrados e granadas, mas o melhor mesmo acabou sendo o engenheiro, que tem uma escopeta e minas. Mas a mudança entre os combatentes não é muita: tanto o engenheiro quanto o médico também são bem genéricos e acabam corrompidos pela jogabilidade travada.
Os gráficos de jogo de celular, a música repetitiva e os efeitos sonoros não muito trabalhados não incomodam tanto quanto o fato de o personagem se mover lentamente diante da horda de soldados inimigos e zumbis. A corrida arrastada deixa tudo bem devagar, o que compromete a experiência e provoca mortes irritantes.
Não bastasse o ritmo parado, a mira não responsiva e a velocidade dos tiros deixam ainda mais monótona a jogatina. Com tudo isso, a dificuldade do jogo aumenta consideravelmente de modo artificial. Não pelos desafios, mas por causa das mecânicas mal desenvolvidas.
As missões das fases iguais são clichês repetitivos. Destrua um tanque de combustível, mate 25 inimigos, defenda por um tempo uma região do ataque dos malfeitores, etc. Existem 10 moedas espalhadas pelo mapa que devem ser encontradas como objetivo secundário, mas o level design não ajuda muito na empreitada: o desenho das moedas confunde-se um pouco com o cenário.
Aliás, o sistema de pontuação é baseado em um número de dinheiro que o jogador angaria quando derrota inimigos e completa os objetivos. Todavia, não se faz nada com essa grana: não há um upgrade a se adquirir, fase a comprar ou personagem a desbloquear com o valor. A sensação de progresso é quase inexistente, deixando o fator replay quase em zero.
O modo survivor não traz atrativos a mais. Sobreviva a ondas de inimigos que vão aumentando com a progressão e receba alguns suprimentos com o tempo. Mais enfadonho que o modo campanha.
Se alguém quiser jogos do estilo, Delta Squad não é uma jogatina recomendável e memorável. Vale somente para quem quiser sofrer e comparar com outros jogos genéricos bons disponíveis por aí.
Os gráficos de jogo de celular, a música repetitiva e os efeitos sonoros não muito trabalhados não incomodam tanto quanto o fato de o personagem se mover lentamente diante da horda de soldados inimigos e zumbis. A corrida arrastada deixa tudo bem devagar, o que compromete a experiência e provoca mortes irritantes.
Não bastasse o ritmo parado, a mira não responsiva e a velocidade dos tiros deixam ainda mais monótona a jogatina. Com tudo isso, a dificuldade do jogo aumenta consideravelmente de modo artificial. Não pelos desafios, mas por causa das mecânicas mal desenvolvidas.
As missões das fases iguais são clichês repetitivos. Destrua um tanque de combustível, mate 25 inimigos, defenda por um tempo uma região do ataque dos malfeitores, etc. Existem 10 moedas espalhadas pelo mapa que devem ser encontradas como objetivo secundário, mas o level design não ajuda muito na empreitada: o desenho das moedas confunde-se um pouco com o cenário.
Aliás, o sistema de pontuação é baseado em um número de dinheiro que o jogador angaria quando derrota inimigos e completa os objetivos. Todavia, não se faz nada com essa grana: não há um upgrade a se adquirir, fase a comprar ou personagem a desbloquear com o valor. A sensação de progresso é quase inexistente, deixando o fator replay quase em zero.
O modo survivor não traz atrativos a mais. Sobreviva a ondas de inimigos que vão aumentando com a progressão e receba alguns suprimentos com o tempo. Mais enfadonho que o modo campanha.
Um genérico que fica abaixo de genéricos
Delta Squad não tem a ousadia de querer inovar no gênero em que quer se encaixar.Apenas pretendia ser mais um meio de entretenimento como muitos shooters conseguem. Entretanto, deixa a desejar até mesmo na pouca ambição que externaliza.Se alguém quiser jogos do estilo, Delta Squad não é uma jogatina recomendável e memorável. Vale somente para quem quiser sofrer e comparar com outros jogos genéricos bons disponíveis por aí.
Prós
- Multiplayer local para até quatro jogadores.
Contras
- Gráficos de jogo de celular;
- Música e efeitos sonoros chatos;
- Jogabilidade travada;
- Falta de sensação de progresso.
Delta Squad - Switch/PS4/XBO/PC - Nota: 3.5
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: André Carvalho
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games