Quem recebe e faz a curadoria de tudo a ser exibido no local é Blathers, uma coruja do sexo masculino que morre de medo de insetos. Porém, ele não está presente na ilha desde a chegada dos primeiros habitantes, portanto cabe ao jogador coletar alguns espécimes para o Tom Nook e, assim, atrair a atenção da coruja para estudar o ecossistema local.
Um museu animal
A partir do momento em que Blathers passa a habitar a ilha, os itens deixam de ser entregues para o Tom Nook e começam a ser recebidos diretamente pelo especialista em sua tenda. E após a doação de 20 insetos, peixes ou fósseis, a opção de construir um museu será desbloqueada.
Na primeira versão da construção, as salas são divididas em três setores diferentes: a exibição de insetos (à esquerda), a galeria de fósseis (no andar de baixo) e o aquário (à direita). Cada um deles possui três subdivisões, que separam as espécies de acordo com classificações como habitat, porte e até cronologia de existência, no caso dos fósseis de seres mais primitivos.
Após o lançamento do jogo, uma nova área foi adicionada: a galeria de arte, na qual são expostas pinturas, esculturas e outras obras que podem ser adquiridas pelo jogador por meio dos (não tão confiáveis) serviços da raposa Redd. Apesar de que esse tipo de exposição artística marcou presença em outros jogos da série, sua adição a partir de uma atualização pode indicar mais novidades para o museu no futuro de New Horizons.
Vidas de insetos
Com a intenção de reproduzir as mesmas condições dos habitats naturais dos insetos, a área destinada para esses seres tão temidos por Blathers é cheia de diversos tipos de vegetações. Mesmo com essa entomofobia (aversão a insetos), o diretor do museu é bem profissional e faz de tudo para que os animais se sintam confortáveis no local.
A primeira das três salas que compõem a exibição de insetos é uma simulação do ambiente externo da ilha, com algumas espécies de plantas terrestres e aquáticas. É o lar de seres que moram nas árvores (como besouros, cigarras e vespas), que utilizam as flores (como abelhas e louva-a-deus) e até mesmo de alguns insetos aquáticos, que podem ser vistos em um riacho instalado dentro do museu.
Já a segunda área é bem pequena, e consiste basicamente em uma fonte cercada por flores. Nela hospedam os mais diferentes tipos de borboletas e caracóis, que vão ocupando o lugar conforme o jogador doa novos espécimes para o museu. A terceira e última parte desta seção possui algumas jaulas que simulam biomas mais específicos. Um exemplo de inseto exibido neste local é o escorpião, que está preso em um ambiente arenoso e cheio de cactos. Nesta área também é possível encontrar um laboratório com alguns casulos em formação.
Mares e rios em aquários
Enquanto os insetos são exibidos ao ar livre e em jaulas, os peixes ficam em tanques com a mesma natureza do corpo de água em que foram coletados, ou seja, os de água fresca ficam em uma seção e aqueles de água salgada ocupam as outras duas. Além dessa classificação, eles também são divididos por tamanho e grupos de espécies.
A primeira sala, que comporta os animais pescados nos lagos da ilha, contém seis tanques de água. Três deles são conectados por pequenas cachoeiras, enquanto os outros são isolados e possuem formatos e volumes diferentes. Espécimes como lagostas, carpas e salmões podem ser encontrados neste setor.
As outras duas áreas são exclusivas para animais marinhos. A da esquerda possui um enorme tanque com capacidade para dezenas de peixes de pequeno e médio porte. Os visitantes do museu conseguem ter uma visão a partir do interior deste aquário por conta dos tubos transparentes que servem como passagem para outros níveis e até mesmo para a próxima sala. No topo desta seção há um espaço dedicado aos corais e também aos peixes que vivem nestes recifes.
E por fim a terceira sala, que fica localizada ao extremo leste do museu. Ela é marcada pela presença de animais de porte maior, com dois grandes tanques para suportar peixes como o tubarão-baleia e o marlim-azul. Conforme novas espécies são doadas, os aquários recebem mais elementos naturais como plantas, pedras e até mesmo mais peixes.
Osso duro de cavar
Após a chegada de Blathers na ilha, o jogador desbloqueia uma das ferramentas mais importantes do jogo: a pá. Com ela é possível cavar o solo em busca de fósseis. Para facilitar a busca, sempre haverá uma marca indicando onde estão enterrados. Em seguida é só levá-los para que o curador faça uma análise e, caso não tenham sido entregues espécimes semelhantes anteriormente, doá-los para o museu.
Também dividido em três áreas, este setor utiliza da cronologia de existência dos seres para estruturar a ordem das salas. Dessa forma, a primeira delas contém fósseis de animais primitivos, em sua maioria invertebrados e com um porte menor. Já a segunda é representada por esqueletos de seres da era Paleozoica e Mesozoica, em sua maioria dinossauros. E no final do setor está a última área, que é focada na era Cenozoica e, além de contar com a exibição de fósseis de mamíferos de grande porte, apresenta algumas relações entre as espécies de habitantes do jogo.
O fim da exposição
Para finalizar o tour pelo museu, resta "visitar" a galeria de arte, sala única que foi adicionada posteriormente ao jogo. Conseguir novas relíquias para preencher essa área é bem mais complicado do que nos outros casos, visto que exige um senso artístico aguçado para identificar as obras verdadeiras no momento da compra, caso contrário o jogador perderá alguns bells no processo. De qualquer forma, o esforço vale a pena: apesar de contar com apenas uma sala, a seção é bem vasta e possui espaço para diversas pinturas e esculturas.
Agora que todos já conhecem o museu, é hora de construir redes, varas de pesca e pás e ir explorar a natureza em busca de mais espécimes para a instituição. Acompanhar o progresso das salas e o entusiasmo de Blathers ao receber novas doações proporciona um sentimento de satisfação inexplicável, além de ser uma das poucas tarefas no jogo que não depende de um gasto exorbitante de bells para fazer progresso.
Revisão: Vladimir Machado