Você já se perguntou como designers escolhem os melhores modelos de carro para serem fabricados em larga escala e distribuídos no mercado? Eles fazem miniaturas desses modelos e as colocam para se digladiarem em arenas improvisadas sobre suas mesas, é óbvio! Essa é a premissa de Concept Destruction, um jogo de corrida com características arcade e fortemente inspirado pelos populares Demolition Derby americanos. Aqui controlamos carrinhos de papelão em enormes arenas, onde precisamos sobreviver e permanecer “funcionais” até o final da contagem de tempo, isso ao mesmo tempo em que marcamos pontos causando o máximo de dano possível aos inimigos.
Papelão sobre rodas
Apesar de Concept Destruction focar-se bem mais na parte destrutiva da coisa, ele o faz de forma divertida e acessível, graças a seus comandos simples. Simplicidade essa que também foi aplicada na modelagem dos carrinhos e dos cenários, mesmo que isso não atrapalhe a intensidade das partidas.
Um aspecto interessante de Concept Destruction é sua física meio desengonçada. O dano geral causado a seu veículo não impacta apenas sua estética, mas também toda a física em relação à aceleração, frenagem, velocidade e quaisquer aspectos relacionados à dirigibilidade. Há momentos em que rodas voam, portas caem, ou até aqueles em que seu carro fica parecendo bem mais uma latinha amassada do que um veículo. É realmente engraçado comparar o estado de seu carro ao final da partida em relação a como ele estava no começo dela.
Opções interessantes e competição com amigo
À primeira vista o jogo não parece muita coisa, mas seus diferentes modos e as muitas opções de configuração de aspectos gerais da jogabilidade adicionam uma boa profundidade ao título. Comandos simples como acelerar com um botão e frear ou usar nitro com outros botões tornam sua jogabilidade acessível e atraente para pessoas menos habilidosas.Cada um dos modelos em miniatura disponíveis têm características diferentes em relação à velocidade máxima, dirigibilidade e peso. Essas características são imutáveis e sua única opção de personalização dos carros é poder escolher entre 3 opções de cores para cada um deles. Você poderá ainda adquirir novos modelos ao atingir determinada pontuação no modo Campeonato e trocar esses pontos na tela de seleção de veículos.
E seu eu simplesmente ficasse parado em algum canto escondido ou apenas fugisse sempre que viessem investir contra meu carro? Não vai rolar. O jogo te força a participar da luta apropriadamente e faz isso ao impor que você se mantenha em movimento (acelerando o carro) e atinja algum
oponente na arena. Caso não o faça, você automaticamente perde a partida, depois que um contador na parte superior da tela é zerado.
Se quiser aprender o básico sobre como tudo funciona no jogo, tens ainda algumas opções de tutoriais disponíveis no modo School.
Destruindo conceitos
Concept Destruction implementa bem a sua premissa e diverte por algum tempo, entregando um jogo simples, acessível e que pode ser dividido com amigos. A destruição não é lá impactante e muito menos cinematográfica, mas papelão amassado também tem seu charme. Esse fator, quando associado aos cenários vastos e ambientação geral, casa muito bem com a proposta do título e proporciona um bom grau de imersão.
Apesar de o jogo não ser muito robusto em termos de conteúdo, suas partidas podem ter regras e grau de dificuldade personalizados, aumentando o desafio e podendo atrair uma gama maior de tipo de jogadores. Os exageros e física desengonçadas dos veículos - ou sucatas ambulantes, como queira - também são um fator humorístico que podem te tirar risadas em alguns momentos.
Prós
- Comandos simples e intuitivos;
- Cenários e ambientação interessante;
- Trilha sonora empolgante;
- Vários modos de jogo e opções para dois jogadores;
- Possibilidade de alteração de regras e dificuldade geral para experiências mais desafiadoras.
Contras
- Poucas opções de personalização dos veículos;
- Jogatinas prolongadas podem se tornar repetitivas.
Concept Destruction — Switch/PS4/Xbox One/PC — Nota: 7.0Versão utilizada para análise: Switch
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games
Revisão: Icaro Sousa
Revisão: Icaro Sousa