A primeira vista, Syrup and the Ultimate Sweet parece ser só mais um jogo aleatório e sem graça. De forma resumida, ele pode até ser aleatório, mas definitivamente “sem graça” é um termo que não pode ser usado. A proposta da visual novel é um tanto simples, porém sem dúvida vai arrancar pelo menos uma risada de você durante a jogatina.
A Garota Xarope
No jogo você controla a protagonista, Syrup (“xarope” em português). Ela é uma arrogante alquimista, e gerente da Atelier Sweets, uma loja de doces. Na cidade existem vários usuários de magia, sendo que Syrup é a única que não faz uso dela. Ao invés de magia, ela preza a ciência como forma de atingir os melhores doces possíveis. Seu único funcionário é Pastille (guarde bem esse nome caso jogue). A protagonista tem uma rivalidade no jogo com a bruxa Butterscotch e seu gato, Toffee.
Uma coisa interessante a se notar é que na descrição oficial do jogo, Toffee é descrito com os pronomes they/them (na língua inglesa, esses pronomes podem ser utilizados para descrever indivíduos não-binários) em vez de “he” ou “she”.
Syrup and the Ultimate Sweet tem o recurso de reler as falas, o que pode ser muito útil caso você não tenha prestado atenção em uma fala da história. A versão em inglês tem o recurso de texto para pessoas disléxicas. Ele tem ainda a seção de bônus, onde você pode ver algumas das artes usadas no jogo, dentre outras coisas mais. Não suficiente, o jogo também está na lista dos poucos jogos com tradução em português para o Switch.
O começo do jogo é um tanto sugestivo. Uma menina doce (e sem roupa), posteriormente chamada de Gumdrop, aparece em uma loja de doces pedindo para ser comida por Syrup. Sim, no sentido literal da coisa. É garantido que, entre uma risada e outra, seu espírito “5ª série” vai acabar aflorando em algum momento.
A história é tanto básica quanto interessante. Na rota mais longa possível, você muito dificilmente vai gastar mais de 2 horas jogando, isso lendo todos os diálogos. Mesmo que seja bem curta, ela dá um foco em temas um tanto “bonitinhos”, como amizade e confiança.
O jogo foi desenvolvido pela Nomnomnami (abreviado para Nami) para a Yuri Game Jam de 2015. A desenvolvedora é conhecida por fazer títulos no estilo Yuri, que basicamente são um estilo de história que representa uma relação romântica entre duas meninas. Apesar desse jogo em específico não deixar isso explícito, em vários momentos você vai ver indícios desse estilo.
Em resumo, Syrup and the Ultimate Sweet pode sim ser considerado um jogo bom, levando em conta sua proposta. Cumpre com o que se espera, mesmo que não seja lá aquelas coisas. Uma visual novel interessante, ao menos.
A descrição dos personagens segundo a autora. Note os pronomes usados para Toffee |
A menina que come pessoas (de doce!)
Um dia, Syrup descobre que do nada apareceu uma garota inteiramente feita de doces na loja dela. E aí começa um dos dez (sim, dez) finais possíveis. Dependendo das escolhas que você faz em momentos-chave, ela pode mudar a vertente da história (como uma boa parte dos jogos desse gênero)Syrup and the Ultimate Sweet tem o recurso de reler as falas, o que pode ser muito útil caso você não tenha prestado atenção em uma fala da história. A versão em inglês tem o recurso de texto para pessoas disléxicas. Ele tem ainda a seção de bônus, onde você pode ver algumas das artes usadas no jogo, dentre outras coisas mais. Não suficiente, o jogo também está na lista dos poucos jogos com tradução em português para o Switch.
O começo do jogo é um tanto sugestivo. Uma menina doce (e sem roupa), posteriormente chamada de Gumdrop, aparece em uma loja de doces pedindo para ser comida por Syrup. Sim, no sentido literal da coisa. É garantido que, entre uma risada e outra, seu espírito “5ª série” vai acabar aflorando em algum momento.
A história é tanto básica quanto interessante. Na rota mais longa possível, você muito dificilmente vai gastar mais de 2 horas jogando, isso lendo todos os diálogos. Mesmo que seja bem curta, ela dá um foco em temas um tanto “bonitinhos”, como amizade e confiança.
Sim, você acabou de ver a cena de uma menina doce nua pedindo para ser comida |
A Gélida Planta
O cerne de Syrup and the Ultimate Sweet (que por sinal dá o título ao jogo) é a busca de Syrup pela Creamilla Gelida, uma orquídea que existe apenas em climas muito frios. Ela é o ingrediente-chave para produzir o Doce Supremo, apontado por Syrup como o melhor doce possível a ser criado. É com base nisso que a trama se desenrola. No caminho, ela irá descobrir muitas coisas e rever seus conceitos a respeito de Butterscotch e Gumdrop.O jogo foi desenvolvido pela Nomnomnami (abreviado para Nami) para a Yuri Game Jam de 2015. A desenvolvedora é conhecida por fazer títulos no estilo Yuri, que basicamente são um estilo de história que representa uma relação romântica entre duas meninas. Apesar desse jogo em específico não deixar isso explícito, em vários momentos você vai ver indícios desse estilo.
Em resumo, Syrup and the Ultimate Sweet pode sim ser considerado um jogo bom, levando em conta sua proposta. Cumpre com o que se espera, mesmo que não seja lá aquelas coisas. Uma visual novel interessante, ao menos.
O Doce Supremo, ponto principal da pesquisa de Syrup e foco principal do jogo |
Prós:
- História interessante;
- Mais de 10 finais possíveis;
- Artes muito bem feitas;
- Tradução para o português;
- Suporte de texto para pessoas disléxicas.
Contras:
- A história é muito curta;
- Alguns personagens não têm desenvolvimento o suficiente;
- A trilha sonora não transmite a emoção das cenas.
Syrup and the Ultimate Sweet – Switch/PC/PS4/XBO/Mobile - Nota: 8.0Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games