Certamente um jogo que chegou sem chamar muita atenção, mas poderia, facilmente, se destacar como um dos títulos revelação desses primeiros meses de lançamentos, quiçá do ano, Bloodroots (Switch) é uma aventura com pitadas de hack 'n' slash que chegou ao console híbrido no final do primeiro trimestre.
Nessa aventura, o jogador encarna Mr. Wolf, um homem que foi traído e morto em meio à neve. Revivido, o homem busca vingança contra aqueles que o apunhalaram pelas costas. E essa é a premissa para Bloodroots, siga incansável até destruir todos aqueles que traíram o Mr. Wolf.
O mundo é a sua arma
Em sua jornada em busca de vigança, Mr. Wolf vai atravessar o seu mundo, batizado de Weird West - piada com Old West (Velho Oeste) que poderia ser traduzido como Doido Oeste - e matando um por um dos aliados de Mr. Black Wolf, aquele que o matou em meio à neve. Mas não pense que ele terá ajuda, muito pelo contrário, estamos tratando de um exército de um homem só, que se guia somente pela sua raiva e sede por vingança.A grande sacada de Bloodroots é exatamente essa: você tem uma grande variedade de armas para lutar e não pense que se trata somente de um vasto arsenal de armas brancas ou de fogo, podemos atacar os inimigos com qualquer coisa, inclusive uma cenoura ou um pé de alface que estava dando sopa.
O jogador de início pode não entender que está rodeado de armas, pois irá buscar objetos comumente usados para tal finalidade. O jogo irá mostrar os elementos que poderão ser usados em batalha, eles apresentam um contorno em branco e poderão ser empunhados para atacar qualquer um que estiver em sua direção.
Mas não pense que não há espaço para a criatividade, muitas vezes um objeto estará escondido em uma casa que pode ser demolida, ou uma cerca que acaba sendo cortada, depois que Mr. Wolf passar por ela com alguma lâmina. Se quiser, um cadáver rasgado ao meio também serve para nocautear outro inimigo.
E não pense que a variedade para aí, além das opções, cada arma possui características diferentes, algumas possuem maior resistência, podendo ser usadas mais de uma vez, enquanto outras te autorizam a atacar mais de um oponente por vez, sem contar com as que servem como projéteis, seja como armas de fogo ou para arremessar, mesmo.
A dança das espadas
Essa infinidade de armas poderia ser um artifício até que passageiro se não estivesse combinada com uma mecânica que embala qualquer jogador: cada área do jogo possui uma quantidade de inimigos e armas em sua disposição, incluindo a topografia e você só poderá avançar para a próxima área depois de matar todos os inimigos da fase em que estiver.O divertido aqui é o jogador ir encontrando a melhor combinação de armas para nocautear todos os inimigos na fase onde está, se conseguir encontrar a forma de emendar combos com armas diferentes, irá recolher uma maior quantidade de pontos, sem contar que é possível encontrar formas de realizar as fases cada vez mais rápido e com uma melhor combinação de ações.
É possível coreografar as mortes de diversas formas, há alguns combos que foram desenhados para certas fases, mas há bastante liberdade para o jogador encontrar a combinação que melhor satisfizer a sua criatividade e interesse. Até porque é possível jogar as fases depois que as mesmas foram concluídas, para assim conseguir uma melhor pontuação.
O próprio jogador vai criando o seu ritmo, a música ajuda você a entrar no embalo de ir ceifando inimigo por inimigo o mais rápido possível, mas cuidado para não ir muito rápido e acabar morto antes de terminar a área, algo bastante possível de acontecer. Mas, incrivelmente, esse jogo não cria uma sensação de irritação ao jogador quando perde (pelo menos para mim foi assim).
Diferente de um Cuphead (Switch) da vida, que foi desenhado para ser bem difícil em seu modo mediano, Bloodroots não cria uma sensação de impotência no jogador, mais parece que você errou aquele golpe por falta de atenção ou por errar a mira. Você ainda vai sentir vontade de jogar a fase mais uma vez e mostrar que consegue destruir todos os inimigos de um jeito mais inusitado ainda.
O jogo te dá recompensas ao diversificar o uso de armas e ao fazer combos maiores, ao final de cada fase é apresentado um placar, bem ao estilo hack ‘n’ slash, que une a quantidade de combos, variedade de armas, o quanto você se moveu e o tempo gasto. Depois que tudo é contabilizado, um placar é dado para seu desempenho, com ele é possível habilitar novos chapéus que dão poderes especiais ao Mr. Wolf.
As conversas entre eles são bem divertidas e, principalmente, o Mr. Pig King que possui uma fala muito interessante em inglês, mas que não acabou se perdendo na versão para o português. Sim, temos localização para o nosso idioma, o que torna toda a experiência ainda melhor.
Graficamente é um jogo bonito, o estilo cartunesco é bem executado e podemos ver que houve bastante cuidado para criar o ambiente do Weird West. Quando temos uma visão mais próxima dos personagens, principalmente nas cenas de finalização, vemos que os personagens são animados de forma bem simples, mas isso não atrapalha em absolutamente nada a experiência.
Os únicos pontos de melhoria para o jogo seria sobre as animações de derrota do protagonista, que não acompanham a topografia do cenário; ou seja, se ele for derrotado e seu corpo cair em um precipício, o personagem flutua morto no ar, mas essa é uma questão puramente cosmética.
Experimentei problemas com os controles também, nada demais, mas vivia trocando o botão de ataque com o botão que se usava para equipar algum armamento, o que acabava resultando em derrota. Seria interessante ter a opção de mudar as configurações dos botões, até porque não são muitos os movimentos que se pode fazer no jogo.
No entanto a próxima é um pouco mais incômoda, devo dizer que não é incomum o jogo engasgar em um menu e outro, as telas de loading são um pouco de demoradas e sempre que finalizamos uma fase a tela de placar chega a parar no meio da animação, provavelmente por estar computando as informações.
Mas mesmo com esses pontos, o jogo continua divertidíssimo, uma aventura que traz bastante desafio ao jogador, os traços de hack ‘n’ slash também ajudam a compor a mecânica, tudo isso sem tornar a experiência cansativa como um todo, algo realmente impressionante.
O próprio jogador vai criando o seu ritmo, a música ajuda você a entrar no embalo de ir ceifando inimigo por inimigo o mais rápido possível, mas cuidado para não ir muito rápido e acabar morto antes de terminar a área, algo bastante possível de acontecer. Mas, incrivelmente, esse jogo não cria uma sensação de irritação ao jogador quando perde (pelo menos para mim foi assim).
Diferente de um Cuphead (Switch) da vida, que foi desenhado para ser bem difícil em seu modo mediano, Bloodroots não cria uma sensação de impotência no jogador, mais parece que você errou aquele golpe por falta de atenção ou por errar a mira. Você ainda vai sentir vontade de jogar a fase mais uma vez e mostrar que consegue destruir todos os inimigos de um jeito mais inusitado ainda.
O jogo te dá recompensas ao diversificar o uso de armas e ao fazer combos maiores, ao final de cada fase é apresentado um placar, bem ao estilo hack ‘n’ slash, que une a quantidade de combos, variedade de armas, o quanto você se moveu e o tempo gasto. Depois que tudo é contabilizado, um placar é dado para seu desempenho, com ele é possível habilitar novos chapéus que dão poderes especiais ao Mr. Wolf.
Para além das lutas
Não pense que a diversão acaba na jogatina, o desenrolar da história do game é bem divertida, temos, na maioria, cenas simples de interação do protagonista com os chefes de cada ato do jogo, esses que fazem parte dos que traíram o nosso “herói”.As conversas entre eles são bem divertidas e, principalmente, o Mr. Pig King que possui uma fala muito interessante em inglês, mas que não acabou se perdendo na versão para o português. Sim, temos localização para o nosso idioma, o que torna toda a experiência ainda melhor.
Graficamente é um jogo bonito, o estilo cartunesco é bem executado e podemos ver que houve bastante cuidado para criar o ambiente do Weird West. Quando temos uma visão mais próxima dos personagens, principalmente nas cenas de finalização, vemos que os personagens são animados de forma bem simples, mas isso não atrapalha em absolutamente nada a experiência.
Os únicos pontos de melhoria para o jogo seria sobre as animações de derrota do protagonista, que não acompanham a topografia do cenário; ou seja, se ele for derrotado e seu corpo cair em um precipício, o personagem flutua morto no ar, mas essa é uma questão puramente cosmética.
Experimentei problemas com os controles também, nada demais, mas vivia trocando o botão de ataque com o botão que se usava para equipar algum armamento, o que acabava resultando em derrota. Seria interessante ter a opção de mudar as configurações dos botões, até porque não são muitos os movimentos que se pode fazer no jogo.
No entanto a próxima é um pouco mais incômoda, devo dizer que não é incomum o jogo engasgar em um menu e outro, as telas de loading são um pouco de demoradas e sempre que finalizamos uma fase a tela de placar chega a parar no meio da animação, provavelmente por estar computando as informações.
Mas mesmo com esses pontos, o jogo continua divertidíssimo, uma aventura que traz bastante desafio ao jogador, os traços de hack ‘n’ slash também ajudam a compor a mecânica, tudo isso sem tornar a experiência cansativa como um todo, algo realmente impressionante.
Prós
- Mecânica de jogo bem idealizada;
- Jogatina divertida e desafiante;
- Trilha sonora que combina com o estilo de jogo;
- Localizado para o português.
Contras
- Telas de loading muito lentas.
Bloodroots - Switch/PC - Nota: 8.5
Versão para análise: Switch
Revisão: Vladimir Machado
Análise realizada com cópia digital cedida pela Nintendo
Análise realizada com cópia digital cedida pela Nintendo
Bloodroots está disponível na Loja Nintendo