Jogamos

Análise: Hoggy 2 (Switch) traz bastante puzzles em uma divertida e simpática aventura

Entre em uma jornada para resgatar os seus filhos dos temidos Moon Men, resolvendo puzzles e derrotando inimigos em um título simples, casual e divertido.

em 31/12/2019


Hoggy 2 é um jogo que preza pela simplicidade em todos os seus aspectos, incluindo um adorável e cartunesco estilo visual aliado a um gameplay simples e direto. Embora seja um jogo que passe desapercebido em meio a outros jogos de maior porte na biblioteca do Switch, o título de puzzles da Raptisoft entrega uma experiência divertida e cumpre seu papel, mesmo que despretensiosamente.

Enfrente os malignos Moon Men

A história do jogo é bem simples, e nela conhecemos duas simpáticas e gelatinosas criaturas: Hoggy e Hogatha. Os problemas começam quando os terríveis Moon Men sequestram os filhos dos dois, o que os faz partem em uma jornada para salvá-los das garras dos vilões. O jogador é levado a uma área subterrânea contendo vários jarros, e dentro de cada um haverá uma fase com um puzzle -  o objetivo consiste em comer todas as frutas do cenário e evitar obstáculos. Como recompensa, o jogador obtém chaves, usadas para desbloquear áreas posteriores e novos caminhos.



O jogador pode escolher jogar com Hoggy ou Hogatha, o que na prática representa uma diferença apenas visual. Os controles são simples e possuem apenas duas funções: os direcionais movimentam o personagem para esquerda ou direita e o botão A serve para pular. Os personagens são bem grudentos e conseguem andar pelo teto ao saltar, manobra necessária para evitar inimigos e alcançar outras áreas. Eles também conseguem descer das plataformas e interrompem o movimento ao alcançar a borda.



Todas as fases contam com alguns obstáculos, como diversos tipos de inimigos com diferentes padrões e elementos que causam dano, incluindo bombas que explodem ao contato e lâminas que atacam ao sinal de movimento. Só há uma chance, e caso o jogador seja atingido, será preciso recomeçar a fase do início ou do último checkpoint. Por outro lado, há uma pequena variedade de power-ups à disposição para dar uma ajuda, entre eles um fruto que o transforma em pedra e permite derrotar inimigos, uma pimenta que ateia fogo em seu slime e muitos outros.



Sempre que um novo elemento é apresentado, o jogo oferece uma explicação do que é preciso fazer. Mesmo depois de um bom tempo, o jogo continua oferecendo níveis atrativos, o que evita que se torne repetitivo muito rápido. Já as batalhas contra bosses trazem desafios bem maiores e demorados, envolvendo várias mecânicas diferentes e exigindo um timming bem preciso do jogador.

No geral, o título não vai muito além do que foi apresentado até agora, mas as ideias funcionam de maneira satisfatória em pequena escala - mesmo sem pretensões em inovar. A progressão ao longo das fases é satisfatória, e não demora para que o jogador precise pensar um pouco mais para resolver alguns puzzles - mas, no geral, eles não são demorados. No total, são mais de 200 níveis. É um jogo perfeito tanto para aqueles que buscam tanto uma diversão rápida quanto uma boa quantidade de desafios.



O nível visual de Hoggy 2 está no nível de um jogo para smartphones: sem muitos detalhes e com movimentos pouco elaborados, mas fluido o suficiente. Por outro lado, a trilha sonora não traz nenhum efeito ou música que sejam memoráveis - na verdade, tudo é bastante esquecível.

Modos para crianças e de criação

Além do modo normal, Hoggy 2 traz um modo de jogo mais fácil (até demais), chamado Kids Mode. O número de jarros e a dificuldade são extremamente reduzidos, além de haver somente um boss para enfrentar no fim. A aventura aqui pode ser concluída muito mais rápido do que no modo principal - em cerca de dez minutos.



Aqueles que quiserem exercitar um pouco a criatividade poderão passar algum tempo no Creation Mode. Semelhante a Super Mario Maker 2 (Switch), este modo oferece uma interface para usar itens das fases da campanha principal para criar níveis personalizados. É possível até usar a touchscreen do Switch em modo portátil para posicionar e modificar os elementos como desejar. Existem pequenas limitações - a criação não é tão suave, algo que será percebido por quem já experimentou o criador de fases do Mario da Nintendo. Existem alguns problemas ao desenhar o chão das fases, e a junção dos blocos pode não ficar tão boa. Apesar disso, considerando o escopo de um título menor como Hoggy 2, é compreensível que nem tudo seja perfeito.



Por fim, Hoggy 2 é um jogo de puzzles bem satisfatório, embora não seja pretensioso em nenhum aspecto. Sem trazer inovações, traz níveis com desafios razoáveis e que não soam repetitivos. É aquele jogo para ter partidas curtas, naquele pouco tempo livre com o Switch em mãos, além de oferecer um modesto criador de fases para quem deseja exercitar as habilidades de level designer. Talvez, com um desenvolvimento maior na trilha sonora e um pouco mais nos gráficos, pudesse ser um jogo mais chamativo.


Prós

  • Desafios interessantes nos puzzles;
  • Grande quantidade de níveis;
  • Progressão das fases não soa repetitiva;
  • Modo kids, mais fácil dedicado a crianças;
  • Modo de criação de fases.

Contras

  • Trilha sonora esquecível;
  • Interface do criador de fases tem alguns problemas.

Hoggy 2 — PS4/XBO/Switch/PC/Mobile — Nota: 7
Versão utilizada para análise: Switch

Revisão: Ícaro Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ratalaika Games

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.