Natal de 1990. Muitas crianças e adultos se divertem com a comédia infantil que mostra Kevin Mccallister, vivido por Macaulay Culkin nos cinemas. Mas, as coisas não foram tão divertidas quando, mais ou menos um ano depois, o sucesso de bilheteria Home Alone (Esqueceram de Mim) ganhou sua versão no saudoso SNES, deixando uma geração inteira de crianças completamente frustradas.
O Filme
Para entender quão frustrante é o jogo, temos que lembrar, nem que seja um pouco, do filme que o mesmo é inspirado. Lançado em dezembro de 1990, Home Alone é uma comédia, descomprometida e simples, que se passa na época de natal e demonstra muito bem o espírito natalino ao telespectador, tanto que virou um filme clássico de fim de ano. De fato, diverte tanto crianças como adultos de todas as idades, até hoje.Em resumo, o garoto Kevin Maccallister acaba por ser esquecido em casa por sua família, que está indo passar o natal em Paris. Kevin, a princípio, adora a ideia de estar sozinho em uma casa enorme, sem pais e sem regras, mas as coisas começam a mudar quando os bandidos Harry e Marv colocam em prática o plano de roubar a residência dos Maccllister.
A dupla é realmente engraçada e vê-los caindo nos truques e armadilhas do Kevin é realmente hilário. No final do filme a dupla é presa, os pais de Kevin conseguem voltar para passar o natal com ele e temos uma boa e confortável cena dele com sua mãe, demonstrando o amor que a família tem, apesar de todas as diferenças e brigas que tiveram.
O famigerado jogo
Home Alone foi desenvolvido pela THQ, chegou ao Super Nintendo no ano de 1991, mesmo ano que jogos como Captain Comand, Street Fighter 2, Sunset Raiders, Ninja Gaiden 3, The Legend of Zelda: A Link to the Past, entre muitos outros. Considerando o barulho recente que o filme havia causado, era o momento perfeito para lançar o título. Qualquer dono do console da Nintendo na época, no mínimo ficaria curioso para saber como seria este jogo.
Imagem de introdução |
Enfim, após a introdução nada agradável, estamos no controle de Kevin. As mecânicas do jogo podem ser resumidas em pular, "patinar" (o personagem desliza como se houvesse um tipo de lubrificante nos sapatos) e atirar com a pistola d'água. Com o decorrer das fases também pegamos um estilingue, um taco de baseball e uma espingarda, um item pior que o outro. Além disso existe a mochila, onde o Kevin guarda os itens que coletamos na fase.
Kevin e o "mafioso" aleatório |
As coisas só pioram
Boss fight mais épica do jogo |
A terceira fase chega, uma música nova e todo resto igual as fases anteriores, exceto pelo ápice da bizarrice deste jogo enfadonho. Após pegarmos os itens, vamos ao porão, que agora está repleto de fantasmas. Sim fantasmas, incluindo o boss. Nessa parte da "aventura", parece que Home Alone é uma Hack Rom (como os jogos do Ronaldinho Soccer ou Sonic 4 do SNES), mas o pior que isso é do jogo original mesmo, por mais bizarro que pareça.
Esqueceram dos meus ouvidos.
Antes de ir para o grande final, pois o jogo só tem quatro fases, vale a pena mencionar as músicas do título. Todas são irritantes. Existe em torno de cinco ou seis, mas nenhuma memorável de maneira boa. O som, em geral, tem uma qualidade estranha e ruim, absolutamente nada na sonoplastia do título tem capricho. O que até combina com o que estamos presenciando diante de nossos olhos.O esperado final
Animais empilhados ao lado do cofre |
Ultimo boss, acredite ou não |
Como se não bastasse toda essa tosqueira, o ultimo boss do jogo é, nada mais, nada menos, que um rato… sim, um rato. Após vencer o roedor, exatamente do mesmo modo que venceu a temível aranha e o tenebroso fantasma, os créditos aparecem. E são imagens tão feias quanto as da abertura.
Até que enfim.
Por fim, se o que você busca é um jogo curto, músicas toscas, gráficos e level design toscos, com uma dificuldade até razoável, este é o seu jogo. Tudo que o título tenta fazer, faz de forma tosca, e sem capricho algum. Jogos baseados em filmes geralmente não são caprichados e dignos de Jogo do Ano, mas Home Alone realmente se superou, até na categoria de jogos patéticos.
Revisão: Kiefer Kawakami