Um estranho no ninho
Nos primeiros minutos, o jogo já deixa claro como a música será importante não só para a jogabilidade, mas também para a narrativa do título. Nesse início, Birb começa a reagir ao canto de alguém dentro de seu ovo e, após o fim da canção, é encontrado pelo pavão Pea, que torna-se o responsável pelo filhote, já que ele não conhece seus pais.Em uma vila de pavões, o pássaro sempre é visto como uma ave diferente e chega a ouvir comentários maldosos sobre sua aparência. Então, ele começa a questionar sua identidade e inicia uma jornada para encontrar seus pais e conhecer suas origens.
Com a ajuda de uma coruja sábia, Birb descobre um artefato mágico que tem a capacidade de realizar desejos caso o usuário consiga atingir as notas musicais de várias aves. Daí, este se torna o objetivo do protagonista: explorar o mundo e aprender a cantar como outras espécies de pássaros, para enfim encontrar sua família.
Apesar de simples, a história emociona e possui algumas reviravoltas. A curiosidade para descobrir o desfecho do personagem pode até prender a atenção dos jogadores, mas o que realmente importa aqui é a jornada de Birb. Além disso, vale ressaltar a importância da música no decorrer do jogo, visto que grande parte das lições que o protagonista aprende são passadas por meio das canções de outras aves.
Bandas e bandos
Corvos, galinhas, corujas… Estas e muitas outras espécies de aves estão presentes no jogo. E o interessante é que a ambientação dos cenários é completamente diferente para cada tipo de pássaro. Os pinguins, por exemplo, são apresentados como dançarinos em um cenário nevado. Familiar, não?
Os gêneros musicais também variam de acordo com cada cenário. E, nesse ponto, a trilha sonora não decepciona. Com canções marcantes - a música-tema do jogo é um exemplo perfeito disso - e performances icônicas, as apresentações dos pássaros tornam-se o ponto alto do jogo.
Os gêneros musicais também variam de acordo com cada cenário. E, nesse ponto, a trilha sonora não decepciona. Com canções marcantes - a música-tema do jogo é um exemplo perfeito disso - e performances icônicas, as apresentações dos pássaros tornam-se o ponto alto do jogo.
Muitas penas, nenhuma penalidade
A jogabilidade de Songbird Symphony funciona da seguinte forma: o jogador explora um ambiente até encontrar alguém para ajudá-lo em sua missão. Assim que há o encontro, Birb deve executar sequências repetindo as canções de outros pássaros, em um formato bem parecido com o de PaRappa The Rapper (Playstation). Geralmente, esses momentos são batalhas, testes ou lições musicais.
Até aí tudo bem: as mecânicas do jogo combinam com a narrativa, os controles são bem executados e a progressão da história acompanha o desenvolvimento do protagonista, que se dá por meio das novas notas aprendidas por ele. O problema é que é impossível perder.
Não, você não leu errado. Não existem maneiras de aparecer um game over na tela, por pior que seja a execução rítmica dos jogadores (inclusive, é possível concluir a sequência sem fazer absolutamente nada). Durante os momentos de exploração também não existem obstáculos, como inimigos ou ambientes perigosos.
Por alguns momentos, houve a reflexão de que o motivo por trás disso parte do princípio de que este é um título voltado principalmente para o público infantil. Porém, conforme o jogo avança, as sequências ficam cada vez mais complicadas, pois tanto a quantidade de notas quanto a velocidade das músicas aumenta. Logo, essa contradição desestimula o jogador a querer dominar a técnica do game, já que não é necessário ter muita habilidade para finalizá-lo.
Já na exploração, os puzzles também adquirem certa dificuldade, mas nada que alguns minutos andando pelo mapa não resolvam. A ausência de um mini-mapa ou indicadores visuais dificulta bastante esses momentos, o que não deixa outra opção para o jogador a não ser memorizar o caminho.
Além disso, é possível coletar penas de diversas espécies espalhadas pelo mapa e ajudar outras aves com algumas missões secundárias. São elementos bônus que complementam o jogo de forma coerente com a temática, mas não adicionam muito para a história principal.
Songbird Symphony é um jogo muito promissor, mas pode não agradar jogadores que anseiam por um desafio maior. De qualquer forma, o título proporciona uma experiência bem confortável e cheia de carisma, ideal para quem busca algo no estilo “Disney”.
Até aí tudo bem: as mecânicas do jogo combinam com a narrativa, os controles são bem executados e a progressão da história acompanha o desenvolvimento do protagonista, que se dá por meio das novas notas aprendidas por ele. O problema é que é impossível perder.
Não, você não leu errado. Não existem maneiras de aparecer um game over na tela, por pior que seja a execução rítmica dos jogadores (inclusive, é possível concluir a sequência sem fazer absolutamente nada). Durante os momentos de exploração também não existem obstáculos, como inimigos ou ambientes perigosos.
Por alguns momentos, houve a reflexão de que o motivo por trás disso parte do princípio de que este é um título voltado principalmente para o público infantil. Porém, conforme o jogo avança, as sequências ficam cada vez mais complicadas, pois tanto a quantidade de notas quanto a velocidade das músicas aumenta. Logo, essa contradição desestimula o jogador a querer dominar a técnica do game, já que não é necessário ter muita habilidade para finalizá-lo.
Já na exploração, os puzzles também adquirem certa dificuldade, mas nada que alguns minutos andando pelo mapa não resolvam. A ausência de um mini-mapa ou indicadores visuais dificulta bastante esses momentos, o que não deixa outra opção para o jogador a não ser memorizar o caminho.
Além disso, é possível coletar penas de diversas espécies espalhadas pelo mapa e ajudar outras aves com algumas missões secundárias. São elementos bônus que complementam o jogo de forma coerente com a temática, mas não adicionam muito para a história principal.
Songbird Symphony é um jogo muito promissor, mas pode não agradar jogadores que anseiam por um desafio maior. De qualquer forma, o título proporciona uma experiência bem confortável e cheia de carisma, ideal para quem busca algo no estilo “Disney”.
Pros
- História simples, mas cativante;
- Grande variedade de elementos visuais e sonoros;
- Trilha sonora bem diversa e condiz com a proposta do jogo;
- Os momentos de execução de sequências são bem divertidos (ou emocionantes);
- A dificuldade aumenta de forma agradável e coerente com o desenvolvimento do personagem.
Contras
- A impossibilidade de perder torna o jogo pouco desafiador;
- Os momentos de exploração podem ficar cansativos e confusos após um tempo.
Songbird Symphony - Switch - Nota: 8,5
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Joysteak Studios