Dango de aventureiros
Em busca de tesouros, um grupo de aventureiros viaja para um pequeno vilarejo próximo a um labirinto. O local uma vez tinha sido próspero, mas foi esquecido no tempo. Cabe ao jogador criar sua equipe e explorar as várias camadas de dungeon, trazendo riquezas para a cidade no processo.
O jogo é dividido em missões que funcionam como fases de plataforma. Nelas, o jogador precisa destruir símbolos roxos para abrir caminho para novas áreas até enfrentar um grupo de inimigos que possuem um chefe. Derrotar o chefe significa concluir a missão.
O mais curioso do jogo é a disposição espacial dos personagens jogáveis que formam uma espécie de pilha vertical. O formato foi pensado para se assemelhar a um doce japonês chamado dango, colocando as cabeças dos personagens uma em cima da outra.
Além de servir para trocar de personagem jogável, esse “estoque de cabeças” pode ser atirado nos inimigos durante as batalhas para ativar ataques especiais. Elas também afetam o pulo, sendo possível aumentar a distância vertical percorrida atirando-as no chão e adquirindo impulso. E nem é necessário se preocupar, já que, depois de um pouquinho de tempo, elas retornam à equipe.
Os personagens jogáveis são subdivididos em oito classes: hunter, necromancer, shielder, maid, gunner, witch, destroyer e bishop. Cada classe possui suas próprias habilidades e é interessante fazer combinações que cobrem necessidades diferentes.
Por exemplo, destroyer é uma classe com um ataque muito forte, mas seu HP é baixíssimo, enquanto shielder tem um HP muito elevado, já hunter e gunner são extremamente ágeis, bishops curam a equipe e witch possui habilidades que atingem áreas de efeito maiores. Poder alternar entre eles e montar várias equipes oferece inúmeras possibilidades de combate.
Infelizmente o aspecto de customização estética dos personagens deixa a desejar. É possível apenas alternar entre quatro cores e dois estilos de corte de cabelo por classe, além da opção de escolher entre 10 vozes.
No entanto, no aspecto relacionado aos equipamentos obtidos dentro do labirinto, existem muitas possibilidades. Cada item pode ter várias habilidades diferentes (aumentando o ataque contra um tipo específico de inimigo, adicionando dano elemental ou efeitos como envenenamento, etc) e existe uma forja capaz de reforçar e alterar as habilidades.
Uma busca frenética por tesouros
Lapis x Labyrinth é um jogo de ação frenético. Não é sensato simplesmente explorar as áreas em um ritmo lento porque há um limite de tempo marcado no relógio no lado direito do topo da tela. Quando ele chega a zero, um reaper aparece e começa a perseguir a equipe. Encostar nele é fatal.
Por isso, o jogador tem que estar sempre em movimento, desbravando o labirinto. Cada local apresenta seus próprios monstros e é comum que o jogador tenha que enfrentar hordas deles em espaços fechados. Conforme se avança no labirinto, não só os monstros ficam mais fortes, como também aparecem novas armadilhas. Ao mesmo tempo, as recompensas (itens e equipamentos) também se tornam cada vez melhores.
Apesar de ser dividido em fases, o layout delas é muito similar. Graças a isso e à simplicidade do gameplay (que é basicamente button mashing na maior parte do tempo), o jogo é bastante repetitivo. A menos que o jogador se mantenha com equipamentos desatualizados ou não utilize uma equipe completa de quatro personagens, as lutas são um tanto simples demais e envolvem apenas abusar dos ataques até os inimigos morrerem (muitas vezes sem sequer causar dano ao jogador).
De forma geral, Lapis x Labyrinth é um jogo frenético de ação que vale a pena experimentar. Especialmente jogadores que não se incomodam com gameplay repetitivo vão encontrar, na simplicidade de controles e na explosão de recompensas do modo Fever, uma experiência potencialmente viciante.
Prós
- Boa variedade de classes e equipamentos para montar equipes únicas;
- Atirar as cabeças dos personagens para ativar habilidades especiais é bastante divertido;
- Modo Fever traz uma explosão de cores e recompensas que é viciante.
Contras
- Layout das fases é bastante similar;
- Gameplay simples acaba se tornando muito repetitivo rapidamente;
- Customização estética dos personagens é bastante limitada.
Lapis x Labyrinth - Switch/PS4 - Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: Switch
Análise produzida com cópia cedida pela NIS America
