Há quase 10 anos era lançado o primeiro Darksiders, desenvolvido pela Vigil Games e publicado pela THQ (atual THQ Nordic). O jogo é um hack and slash com uma proposta narrativa muito interessante, gameplay polido e progressão muito bem feita, o que conquistou vários fãs e outras duas sequências, lançadas em 2012 e 2018, mas, também, versões remasterizadas dos dois primeiros jogos.
Este texto apresenta uma prévia da versão remasterizada do primeiro jogo, Darksiders Warmastered Edition, que virá ao Switch em 2 de abril de 2019.
O começo do apocalipse
Um dos pontos mais fortes do jogo é a sua ambientação, isto é, o conjunto imersivo formado pelo enredo, personagens e cenários. No primeiro jogo da franquia, vemos em primeira mão o começo do apocalipse através dos olhos de Guerra, o primeiro dos quatro Cavaleiros do Apocalipse, seres poderosíssimos que mantêm a trégua entre os reinos do céu e do inferno.Numa sacada metalinguística, o nosso protagonista, Guerra, é acusado de causar o apocalipse precocemente por conta da sua chegada na Terra, que teria sido antecipada. Mas aí vem o problema: ele não foi à Terra “de graça”, mas sim por ter sido convocado por alguém.
Após o prólogo do jogo, a história começa com o julgamento de Guerra sob o seu possível crime. O enredo é impulsionado, então, com o pretexto de que o protagonista não é o culpado, o que indica que, em sua jornada, ele poderia encontrar o real vilão.
Inspirações e originalidades
Dá pra fazer uma comparação bem interessante entre a história do jogo e os outros aspectos de gameplay e game design: há inspirações muito destacadas, mas, mesmo assim, o jogo mantém uma alta qualidade, mesmo sem ser tão original ou quebrador de paradigmas.Em questões de combate, a inspiração de God of War é muito notável, o que é ainda mais impulsionado pelo ano de publicação do primeiro jogo (2010). Já o visual mais cartunesco lembra World of Warcraft. Ressalto que falar em inspirações não é algo necessariamente negativo, ainda mais no caso desse jogo, tendo em vista que o resultado final é positivo e cria uma experiência própria.
A progressão do jogo é muito bem feita, contando com melhorias em combos, diferentes armas e atributos primários. Há uma balança relativamente justa entre a quantidade de coisas obtidas pelos combates, exploração nos níveis normais (na primeira vez que você encontra um local), mas, também, em backtracking (voltar a um lugar com um novo poder para poder desbloquear algo).
Tudo isso são coisas típicas do gênero, mas o jogo executa tudo com segurança, o que, combinado com um level design que na maioria das vezes é bem trabalhado, acaba criando uma experiência fluida e agradável.
Chegada ao Switch
Graças ao estrondoso sucesso do Switch, vemos frequentemente jogos “antigos” recebendo ports ou remasterizações completas para chegar no híbrido. No caso da Warmastered Edition, ela não foi feita exclusivamente para o Switch (pois originalmente foi lançada em 2016, inclusive para o Wii U, em 2017), mas a THQ Nordic está apostando nesse novo mercado, esperando boas vendas.Em questão de diferenças do original, são apenas coisas gráficas, como resolução 4K, cutscenes em alta qualidade, melhor framerate, texturas melhores etc. Ao menos que eles façam algo especial para o console da Nintendo, o gameplay permanecerá intacto, mas, mesmo assim, as atualizações gráficas são muito bem vindas, assim como as melhorias de performance que são necessárias para um port para o Switch.
Centrando a visão no cenário atual do Switch, mais especificamente no gênero hack and slash, contamos com a presença (e sucesso) da franquia Bayonetta e, também, com a possível chegada de Devil May Cry 5. Sabendo disso, pode-se afirmar que a chegada de Darksiders será mais que bem vinda ao Switch, ainda mais se as suas vendas incentivarem a vinda dos outros dois títulos da série.
E quanto a você, caro leitor: está animado com a chegada do primeiro Darksiders no Switch? Já fez a pré-compra? Conta pra gente nos comentários!
Revisão: Vinícius Fernandes