Não é fácil nem barato ser um piloto de hover bike. Principalmente se você está no abandonado planeta Terra e não em Marte, onde tudo acontece. Esse é o futuro imaginado por Oscar Brittain, e o personagem desse universo que ele quer colocar no controle do jogador é um pobre piloto que participa de corridas pequenas para sobreviver. Após conhecer um corredor experiente ele é convidado a ir para Marte participar de um campeonato com os melhores esportistas do ramo. É a partir desse ponto que a história começa.
Para ser o melhor
Ao mudar o cenário, os custos aumentam e as formas de lucrar também. O protagonista agora precisa juntar uma grande quantia de dinheiro para participar do Grande Prêmio. No novo cenário, a moto pode ser customizada para ter um desempenho melhor e que agrade ao perfil do jogador. As peças podem ser compradas ou roubadas de outros veículos que estão dando sopa pela cidade. O personagem também tem serviços variados para conseguir dinheiro além da corrida. Sejam lícitos ou ilícitos, existe uma variedade de trabalhos que usam a mecânica de corrida do jogo. As opções vão de entregar pizza, entregar a corrida, prender bandidos e muitas outras.
É interessante passear e ver como as coisas mudam de acordo com o tempo. Há algumas missões que só estão disponíveis em dias ensolarados, por exemplo. As motos estacionadas, esperando para serem violadas, aparecem aleatoriamente pela cidade. Infelizmente, a viagem para encontrar os locais de interesse são demoradas. A cidade do planeta vermelho é bem grande e o personagem precisa ir a pé para os locais de interesse. Não existe um mapa, nem a opção de usar a moto. São necessárias algumas horas de caminhada demorada para aprender as localidades da cidade.
Todos as atividades extras precisam ser bem aproveitadas, pois são o que fazem o jogo ser divertido. Existem poucas corridas que fazem a história ir para frente. A campanha é curtíssima e o que pode demorar para completá-la é o tempo que cada jogador vai gastar para conseguir o dinheiro necessário para participar do campeonato.
Tirando a carteira.
A corrida é o coração do jogo, todos os serviços feitos são em cima de uma moto, ou bicicleta. A mecânica é simples: o movimento é lateral em um ambiente 2D. O jogador pode controlar o veículo para perto da tela ou mais distante criando uma sensação de profundidade 3D, como os jogos Final Fight ou Streets of Rage. A moto possui um boost que aumenta sua velocidade e precisa de um tempo para recarregar. Ela também pode disparar projéteis para atingir os adversários e possui vários tipos de tiro que podem ser selecionados antes do jogo começar, como laser, shotgun ou machinegun. A pista possui obstáculos de acordo com o local da corrida, como por exemplo pedras e cactos em um deserto. Há também uma espécie de televisão que, ao ser atingida, aumenta a velocidade da moto ou derruba dinheiro.
As partidas se resumem a praticamente esquivar dos obstáculos, atirar nas televisões para melhorar sua velocidade e também atingir os inimigos para diminuir a deles. Mesmo simples, esse conceito consegue ser divertido, ainda mais com algumas variedades de serviços que ajudam a mudar a forma como você pilota sua hover bike.
Chegou rápido ao fim
Pró
- As corridas são divertidas.
Contras
- Campanha curta;
- Personagem se move devagar pela cidade;
- Muito fácil.
Desert Child – Switch/PC/XBO/PS4 – Nota: 5.0Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: André Carvalho
Análise produzida com cópia digital cedida pela Akupara Games