Jogos de ação com combates mais táticos que pedem foco do jogador estão mais presentes nas prateleiras desde o sucesso de Dark Souls. Mesmo assim, não é fácil achar algum produto que sacie a fome de desafios dos fãs do gênero. Com ambientação e até interfaces semelhantes à série Souls, o jogo produzido pela Dark Star, Sinner: Sacrifice for Redemption tenta conseguir espaço nesse estilo.
O jogo segue o estilo boss rush, onde não há estágio para se concluir antes de enfrentar o inimigo comandante do local. Aqui, o jogador precisa derrotar oito chefes: os sete primeiros baseados nos pecados capitais. O usuário escolhe qual enfrentar e cada um remove um atributo do personagem, podendo ficar com menos energia, menos itens para usar, escudo mais frágil, diminuir força do ataque, entre outros. Esse rebaixamento é acumulativo, então cada batalha será mais difícil, e cabe ao jogador escolher qual será a melhor ordem para enfrentar os pecadores.
Mas por que ou para que?
Em Sinner, o jogador controla um cavaleiro sem memória que, após sua morte, quer recuperar as lembranças de sua vida para pagar pelos seus pecados. Para cada monstro que ele vai enfrentar, é necessário que se sacrifique diminuindo suas habilidades. Cada criatura possui uma história própria que é apresentada antes de iniciar o combate.Parece vazio
Sinner: Sacrifice for Redemption possui bons gráficos. É um dos pontos fortes do jogo. Os modelos dos personagens, heróis e monstros estão bem feitos e possuem um bom design. Os cenários não ficam para trás, os ambientes são bonitos e conseguem, muito bem, transmitir o tom sombrio do jogo.Infelizmente, não existe muita variedade. É interessante o detalhe nas armaduras do cavaleiro quando há perda de uma habilidade: o escudo fica rachado, a espada enferrujada ou a própria armadura é removida. No entanto, é um pouco difícil de se perceber. Não há mudanças marcantes perceptíveis ao jogador muito menos uma que incentive a progressão, ou nesse caso, a regressão.
Vamos falar de coisa boa
Algo que surpreende em Sinner é o combate. O jogo possui um controle mais realista. O personagem é lento em seus movimentos, mas não é inconsistente e o jogador consegue saber o momento de atacar e defender. As animações também são bem feitas e ajudam na percepção de timing para as ações do usuário. Os movimentos do cavaleiro deixam claro os momentos em que ele está vulnerável para uma punição. A câmera não atrapalha tanto, apesar de o usuário não ter controle sobre ela. Dificilmente um elemento do estágio vai atrapalhar a visão entre o personagem e a tela.Os chefes também fazem parte do bom combate do jogo. Junto com os cenários, o design de cada batalha está bem pensado para o desafio que o desenvolvedor pretendia. É possível perceber os elementos a cada batalha e a cada falha pode-se aprender um pouco mais. As derrotas não são tão punitivas, a batalha começa novamente ou o jogador pode desistir por enquanto. Porém, cada luta tem sua dificuldade única e pode custar algumas tentativas antes da glória. Caso o jogador não se sinta desafiado, não tem problema. Após terminar a campanha principal, será desbloqueada um modo mais difícil.
Quem quer desafio?
Prós
- Combate sólido e desafiador;
- Bons gráficos;
Contras
- Pouca variedade visual;
- Não consegue conectar jogador com personagem;
- Pouco aprofundamento na história;
- Falta de incentivos para o jogador completar a campanha.
Sinner: Sacrifice for Redemption - Switch/PC/PS4 - Nota 6.5
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: André Carvalho
Análise produzida com cópia digital cedida pela Another Indie