Análise: The Legend of Evil (Switch) comprova que o mal pode vencer às vezes

Convoque seus demônios e destrua a humanidade neste game que demonstra que não é só o herói que sempre sai vitorioso.

em 14/11/2018

O tema da eterna batalha entre o bem e o mal é muito explorado entre os diversos meios midiáticos, dentre eles livros, filmes e jogos de videogames. Nessa intensa batalha, o bem sempre prevaleceu perante o mal, os heróis sempre se sobressaem perante os vilões após batalhas épicas e conseguem salvar suas princesas, países e até planetas inteiros que estão sob ameaça do mal que os assolam.



Seguindo pela contramão dessa hegemonia de benfeitores está inserido The Legend of Evil, game desenvolvido pela Springloaded do gênero Tower Defense. Com uma premissa que consiste no domínio do mal na humanidade, sua missão principal é aniquilar a raça humana por meio da invocação de demônios que destruirão tudo que encontrar pela frente.

A origem do mal 

Sua história é baseada em torno de uma profecia que conta que a cada dez mil anos o mal ressurge na terra e neste mesmo período um herói nasce para salvar a humanidade do apocalipse. Essa batalha entre as trevas e a luz decidirá o futuro da humanidade nos próximos dez mil anos seguintes.

O jogador encarna o demônio Bill, um personagem que tem a nobre missão de dizimar os seres humanos da face da terra. Para isso, ele invocará monstros que se encarregarão de realizar essa árdua tarefa. Os demônios são invocados por meio de torres demoníacas que Bill constrói no cenário, onde cada uma pode gerar uma espécie específica de monstro que iniciará a destruição.


Para as torres serem construídas são necessárias diversas almas que são adquiridas ao derrotar humanos, destruindo certos artefatos no cenário ou cavando no solo. Em um determinado período de tempo, elas geram uma quantidade de almas que podem ser utilizadas para construir mais torres ou melhorar as existentes.

Com o progresso no game, outros monstros são desbloqueados, cada qual com sua peculiaridade, que são fundamentais para traçar uma estratégia para concluir as fases.

A melhor defesa é o ataque

Diferente de outros jogos de Tower Defence, The Legend of Evil conta com uma progressão lateral, onde o jogador insere sua torre demoníaca estrategicamente para aniquilar a horda de benfeitores, tanto defensivas quanto ofensivas. Bill tem como objetivo destruir o obelisco dos humanos em um certo período de tempo, sem se esquecer de proteger seu próprio obelisco também. Com isso, ele conta com diversas melhorias em suas torres.

Os upgrades nas torres são importantes para realizar as estratégias, pois com essas modificações se torna possível obter certas vantagens do adversário. Há upgrades que aumentam a defesa, o número de almas, a vitalidade dos demônios, bem como outras vantagens muito úteis que auxiliarão o jogador a derrotar as hordas de humanos.


O game contém vinte estágios em sua campanha principal e seu nível de dificuldade aumenta gradativamente, chegando a ser bem elevado em algumas fases. No entanto, isso pode ser parcialmente contornado ao alternar sua dificuldade para o modo easy, no início das fases. Nesse nível, as almas são geradas mais rapidamente e os monstros mais fortes surgem com maior frequência, porém algumas medalhas não podem ser adquiridas neste modo.

Além da campanha principal, está disponível para o jogador o modo Rogue Conquest, onde é demonstrado todo o potencial do game. Neste modo é possível editar seu demônio e avançar por oito estágios gerados aleatoriamente, além de contar com outros cenários que não estão disponíveis na campanha principal.

Com três vidas disponíveis como se fosse um modo arcade, cada fase vencida gera moedas que são utilizadas para comprar mais monstros e torres. No Rogue Conquest é possível aplicar diversas possibilidades de customização dos monstros que não são possíveis no modo campanha, além de estarem disponíveis alguns monstros inéditos para compra.


A aniquilação em forma de pixels

Com belos visuais que nos remetem a era dos 16 Bits, The Legend of Evil é inteiramente feito em pixel art, com um visual retrô acompanhado de uma trilha sonora reproduzida em chiptune que traz à tona a nostalgia dos games antigos.

Tanto os monstros inseridos no jogo quanto suas animações são bem criativas, onde olhos gigantes e lesmas que atiram bombas trazem uma atmosfera medonha e cômica ao mesmo tempo. Bem como uns com ataques aéreos ou de longa distância e outros com ataques terrestres, que trazem uma variedade de estratégias para o jogador utilizar da maneira que for mais conveniente.


Para aqueles que gostam de colecionáveis existe a Humanopedia, que consiste em uma enciclopédia que armazena informações sobre os humanos e seus artefatos, que podem ser desbloqueados pelo protagonista na medida que o mesmo avança pelos estágios.

Inicie o apocalipse

Em The Legend of Evil o jogador tem a oportunidade de ser o vilão e aniquilar a humanidade, uma inversão de papéis muito interessante, pois na maioria das vezes o herói sempre vence. Dessa vez, a história será contada pelo ponto de vista do vilão, além de que o game exige muita estratégia para que o jogador avance pelas fases.


Apesar do game ter sua dificuldade um pouco desbalanceada e ter a campanha principal com poucas fases, o mesmo compensa em seu modo Rogue Conquest que é bem ao estilo arcade e demonstra todas as possibilidades que o game pode apresentar. Um título viciante, divertido e desafiador para os donos do Nintendo Switch.

Prós:

  • Visual e trilha sonora nostálgica da era dos 16 Bits;
  • Modo Rogue Conquest;
  • Game bastante divertido e viciante.

Contras:

  • Dificuldade desbalanceada;
  • Campanha principal com poucas fases.
The Legend of Evil – PC/Switch – Nota: 7.5

Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: Vinícius Fernandes
Análise produzida com cópia digital cedida pela Springloaded

Siga o Blast nas Redes Sociais

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).