Os 10 personagens mais queridos da Nintendo

Conheça as criações da Big N que conquistaram um grande espaço no coração dos fãs.

em 16/07/2018

Em 1981, quando foi lançado o jogo para arcades Donkey Kong, a Nintendo redefiniu a forma como eram pensados os jogos eletrônicos. O game, que leva o nome do antagonista, apresentou ao mundo pela primeira vez o que viria a ser o mascote da empresa, e um personagem tão importante e conhecido quanto o rato da Disney. É claro que estamos falando de Jump... ops, Mario.


Hoje a Big N é uma das mais conhecidas e respeitadas empresas do mundo, responsável por várias inovações importantes, milhares de produtos vendidos e casa de grandes franquias de renome com uma legião de fãs apaixonados. Dentre as três grandes produtoras de consoles atuantes no mercado atual, é a que começou mais cedo, tendo parte da sua história mesclada com a da própria indústria.

Toda essa experiência fez com que a empresa tivesse entre sua vasta gama de propriedades intelectuais (IP’s) alguns dos personagens mais amados do mundo dos games. Além disso, sempre são criadas novas IP’s, como as recentes Splatoon (Wii U) e Arms (Switch), aumentando o catálogo de personagens queridos e mostrando que criatividade não falta na Nintendo.

Fazer uma lista com apenas dez personagens mais queridos entre as centenas de amadas opções seria um fardo pesado demais para uma pessoa sozinha, então, contei com a ajuda da equipe do Nintendo Blast e dos amigos do grupo Nintendo Switch Brasil no Facebook. Foram realizadas duas enquetes e somados os votos, temos os seguintes resultados:

10- Pikachu


Escolhido como o mascote da franquia Pokémon desde os primeiros jogos lançados em 1996, Red e Blue — Red e Green no Japão — (Game Boy), o adorável rato elétrico possui enorme influência em seus jogos e também na cultura japonesa, sendo reconhecido onde quer que esteja. E ele aparece bastante por aí, em doces, brinquedos, materiais escolares, aviões, metrôs, e até no uniforme da seleção japonesa durante a copa de 2014 no Brasil.

Pokémon se tornou uma febre nos anos 90 e o sucesso de Pikachu e da primeira geração permanecem até hoje. Ele protagoniza o anime da série junto de Ash, e participou de todos os jogos principais da franquia até o momento. Além disso, devido ao seu sucesso, foi criada uma versão especial do jogo onde ele era o único inicial disponível, Pokémon Yellow (GB). O game tem sua história baseada no anime, e nele, Pikachu ficava fora da pokébola, seguindo o treinador onde quer que este fosse.

Ele também possui grande relevância em jogos que não são da franquia principal, como Pokkén Tournament (Wii U) e sua versão DX lançada para o Switch, onde o carismático roedor amarelo possui a versão normal e a Pikachu Libre. Já em Super Smash Bros (N64), foi o primeiro representante pokémon no time de lutadores — Jigglypuff é um personagem desbloqueável —, sendo também frequente em todos os jogos da série até hoje.

Em 2018 estrelará ao lado de Eevee um dos novos jogos da franquia. O roedor amarelo estampa a capa de Pokémon Let’s Go Pikachu (Switch), que chega em  novembro. O carismático mascote dessa vez será capaz de aparecer no ombro do treinador, terá várias customizações visuais disponíveis e será o principal companheiro do jogador em sua versão do game.

9- Kirby


Criado em 1992 por Masahiro Sakurai, a pequena bola rosa estreou em Kirby’s Dream Land (Game Boy), e desde então, costuma ter pelo menos um jogo em todos os consoles da Nintendo. Existem rumores que Kirby foi criado com inspiração em Majin Boo, personagem de Dragon Ball Z e que seu nome seja uma homenagem a John Kirby, que defendeu a Nintendo de uma acusação de plágio feita pela Universal Studios, referente ao jogo Donkey Kong (Arcade/NES), alegando ser baseado em King Kong.

Kirby evoluiu bastante ao longo dos anos, o personagem possui entre seus poderes a habilidade de inflar o seu corpo, levitando, e de absorver os inimigos, copiando seus poderes e variando assim as possibilidades de gameplay. Desta forma Kirby pode lutar com os punhos, espadas, soltar ataques baseados em elementos e até varrer os inimigos por aí.

Ignorado por muitos jogadores por sua cor, ou por acharem seus jogos muito fáceis, Kirby possui aventuras marcantes e é amado e defendido fortemente por seus fãs. Seus principais algozes, King Dedede e Meta Knight também são bastante conhecidos e queridos, e vale lembrar que a bolota também faz parte do primeiro time de Smash Bros.

Seu último jogo chegou em 2017. Kirby Star Allies (Switch) trouxe a jogabilidade clássica de volta após algumas experiências com lã no Wii ou envolvendo robôs no 3DS. Nessa trama Kirby ganha a habilidade de jogar corações nos inimigos, transformando-os em companheiros ajudantes, possibilitando jogar cooperativamente em até quatro pessoas, ou sozinho com ajuda da CPU. Outra novidade do jogo são frequentes conteúdos gratuitos por download, trazendo de volta diversos personagens de jogos passados. É diversão garantida!

8- Zelda


A princesa que dá nome à série desde o primeiro jogo de 1986,  The Legend of Zelda (NES). Inicialmente colocada apenas na posição de donzela a ser resgatada pelo herói, Zelda teve um grande desenvolvimento durante as próximas gerações da série, recebendo sua devida importância principalmente em Ocarina of Time (N64).

No game ainda quando criança Zelda descobre os planos do vilão, dá a Link uma das principais ferramentas usadas no jogo, a Ocarina do Tempo, e quando adulta demonstra que tem várias habilidades diferentes de luta como seu alter-ego Sheik, ou relacionadas às suas responsabilidades como líder dos sábios.

Durante as diversas gerações se aventurando por Hyrule, conhecemos diferentes retratações da princesa. Sua personalidade e aparência pode mudar de um jogo para outro, assim como habilidades e poderes. Bem, apesar de ser melhor explorada ela ainda assim acaba geralmente sequestrada, e a si é atribuída constantemente a Triforce da Sabedoria. A personagem é amada pelos fãs da série, sendo o caso mais famoso o do ator Robin Williams (2014), que deu o nome à sua filha em homenagem a Zelda.

Em sua última aparição em 2017, no jogo The Legend Of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Switch), Zelda é uma esforçada pesquisadora da antiga tecnologia Sheikah, tentando se preparar para o retorno de Ganon, uma entidade maligna vencida há 10 mil anos atrás por um herói e uma princesa. Ela também se esforça para despertar seus poderes, sofrendo com suas falhas durante o processo. Em 2018 sua versão de A Link Between Worlds (3DS) estará no game Super Smash Bros Ultimate (Switch).

7- Charizard


Uma pesquisa recente já revelou que Pikachu não é o pokémon mais popular do Japão, ficando atrás de Greninja, Arceus e Mew. Aqui no Brasil a primeira geração de jogos e do anime tem forte influência no gosto dos fãs, provavelmente por isso Charizard é o pokémon mais bem colocado na nossa lista.

Os três primeiros iniciais são lembrados com muito carinho e constantemente aparecem em novos jogos, como foi o caso de Pokémon X (3DS), onde é possível escolher um deles e já ganhar sua mega pedra. Além disso, Charizard sempre tem muito destaque em outros jogos: o pokémon voador de fogo — que apesar de ter o melhor design para isso, não é do tipo dragão — era o único inicial de sua geração presente como lutador em Pokkén Tournament DX (Switch) até o anúncio da DLC que trouxe Blastoise. Quando em Super Smash Bros for 3ds/Wii U o Pokémon Trainer saiu do rol de lutadores, levando Squirtle e Ivysaur, Charizard continuou como personagem jogável.

Ele também teve bastante destaque nas primeiras temporadas do anime, sendo o único inicial de Ash a evoluir. O Pokémon possuía uma personalidade difícil no início, por ter se tornado rapidamente bastante poderoso, se recusava a obedecer o treinador e não reconhecia sua força. Após passar por maus bocados, eles finalmente se acertaram e Charizard se tornou um grande aliado do menino que sonhava em ser um mestre pokémon. Na temporada de Unova, quando o anime começou a perder popularidade, os produtores retornaram com Charizard afim de reconquistar a audiência.

Em 2018 Charizard estará presente em Pokémon Let’s Go Pikachu & Eevee (Switch) e emprestará sua força novamente ao Pokémon Trainer em Super Smash Bros Ultimate (Switch). Mal podemos esperar para voar em suas costas em Kanto, e usar seus poderosos ataques de fogo contra os personagens da Nintendo.

6 - Yoshi


Com o lançamento de Super Mario World (SNES), entre 1990 e 1992 — O jogo foi lançado ao longo de 3 anos no Japão, América do norte e Europa —, Mario e Luigi ganharam um companheiro que serviria como montaria em sua jornada. Yoshi engolia vários inimigos, podia pisar em plantas letais para os irmãos encanadores e usar um power-up único, asas que o permitiam voar a áreas específicas da fase e geralmente serviam como atalho. Existiam também outras cores de Yoshi com poderes específicos.

Algumas curiosidades: foi revelado que o Yoshi verde citado no manual de Super Mario World se chama T. Yoshisaur Munchakoopas (O sobrenome significa "mastigador de koopas"). Já o nome Yoshi é provavelmente baseado numa interjeição japonesa que significa "Sim!". Na história, Mario o encontra preso num ovo, e ao libertá-lo, os dois se tornam amigos e o simpático dinossauro promete ajudar o bigodudo a salvar a princesa Toadstool (Peach) das garras do rei Koopa (Bowser), enquanto o encanador ajuda a salvar seus amigos que estão presos em ovos mágicos. 

Na sequência do jogo (prequel), Super Mario World 2 - Yoshi’s Island — pelo menos no ocidente, no japão o lançamento já era visto como uma série separada —, Mario bebê cai na ilha dos Yoshis e cabe a eles ajudarem o futuro herói a salvar o irmão das garras de Kamek e Bowser Jr. Para isso eles ganham novas habilidades que os acompanharam durante várias aventuras da, a partir daí, nova série de jogos dos dinossauros. Entre elas a de prender inimigos em ovos e mirar antes de lançá-los em um alvo, seu salto também foi modificado, ganhando um impulso no ar antes da quedas, além do ground pound que depois foi usado também na série Mario.

O carismático personagem continuou marcando presença nos jogos do Mario enquanto estrelava sua própria série. Um de seus jogos mais marcantes após o primeiro é o Yoshi’s Woolly World (Wii U). Seus games são marcados por belíssimas direções de arte, sendo o primeiro deles com um gráfico que se assemelha a coloração por giz de cera e o segundo exemplo transformando os personagens em bonecos de lã. Sua nova aventura também seguirá esta premissa. Anunciado para o Switch, o título foi adiado para 2019 e ainda não possui nome confirmado.

5- Donkey Kong


Desconsiderando o Mr. Game & Watch, Donkey Kong é ao lado de Mario o personagem mais antigo da Nintendo. O gorilão começou como antagonista, sequestrando Pauline e jogando barris no marceneiro — que depois mudou seu emprego para encanador — lá no arcade de 1981. Com o sucesso do primeiro, foram criados novos jogos. Em Donkey Kong Jr (Arcade/NES) o bebê gorila precisava salvar seu pai da jaula de Mario.

Após muitas batalhas e com a Nintendo resolvendo investir no mascote bigodudo para novas máquinas multiplayer e depois sacudindo o mundo dos videogames com a trilogia do NES, o grandão ficou um tempo deixado de lado. Com o lançamento do Super NES, a Nintendo deu a chance de sua subsidiária Rare (subsidiária na época, hoje a Rare pertence à Microsoft) criar um novo jogo com uma de suas franquias. Eles escolheram Donkey Kong, alterando completamente sua aparência, seu universo, e criando uma das maiores e mais amadas franquias da história dos games.

A fim de explicar as mudanças na aparência, o novo Donkey Kong seria neto do original, que foi chamado de Cranky Kong e sempre aparece nos jogos. O jogo da Rare deu um passo acima no que era possível fazer graficamente com o Super Nintendo, com modelos 3D criados em super computadores da época e depois fotografados, criando sprites que simulavam a experiência tridimensional. Além disso o personagem agora era o herói da história. Depois de ter seu estoque de bananas roubadas pelos kremlings, ele passa por diversos desafios com seu sobrinho Diddy Kong até finalmente enfrentar o Capitão K. Rool.

Donkey Kong Country se tornou uma trilogia maravilhosa no SNES, sendo lembrado pela sua diversão, personagens marcantes, ótima jogabilidade, os amados companheiros animais que ajudam os heróis e as trilhas sonoras impecáveis compostas por David Wise. Após perder qualidade quando os jogos começaram a migrar para o 3D na quinta geração, a série voltou com tudo pelas mãos da Retro Studios em Donkey Kong Country Returns (Wii) e Donkey Kong Country: Tropical Freeze (Wii U), este segundo ganhando um port com novidades no Switch em 2018. Sua aventura mais recente é em Mario + Rabbids Kingdon Battle: Donkey Kong Adventure (Switch) onde o gorilão se junta aos rabbids da Ubisoft numa engraçada aventura de estratégia em turnos.

4 - Samus Aran


Em 1986, foi lançado Metroid para o Nintendo Entertainment System (NES). Os jogadores foram apresentados a um personagem com uma robusta armadura, atirando por um canhão presente em um dos braços, com várias habilidades desenvolvidas ao longo do labiríntico jogo de plataformas, e enfrentando inimigos marcantes como Ridley e Mother Brain, que ao final se revelava sendo uma das primeiras protagonistas femininas dos games.

Junto com a série Castlevania (Konami), Metroid ajudou a definir um gênero, batizado pela junção de seus nomes: Metroidvania. Sendo importante não só para a Nintendo como para a indústria de jogos inteira, a primeira parte da série rendeu mais dois jogos, totalizando uma conhecida trilogia a partir de Metroid II: Return of Samus (Game Boy) e Super Metroid (SNES).

A história da série e da própria Samus é bastante complexa e desenvolvida, sendo necessário uma matéria própria para descrevê-la. Mas cabe citar que ela é considerada uma das mais importantes personagens femininas dos games. Conhecida como a melhor caçadora de recompensas da galáxia, está sempre enfrentando os piratas espaciais e ajudando a Federação Galáctica. Sua armadura se chama Power Suit e é feita com base no esqueleto de uma espécie chamada Chozo, que a criou após a colônia onde nascera ser devastada, deixando-a como única sobrevivente.

Além do sucesso da série 2D, Samus ganhou grande destaque entre os jogadores também no formato de tiro em primeira pessoa, pela trilogia Metroid Prime, com dois jogos saindo para o Game Cube e o terceiro no Wii. A Retro Studios fez um excelente trabalho, deixando os fãs carentes mesmo com outros lançamentos como Metroid Zero Mission (GBA) e Metroid Other M (Wii), jogos em que Samus faz uso também de sua forma Zero Suit. Os fãs da jogabilidade de plataformas foram atendidos com o lançamento em 2017 de Metroid Samus Returns (3DS), remake da segunda aventura. Já os fãs da série FPS aguardam ansiosos por mais informações de Metroid Prime 4, jogo anunciado durante a E3 2017, ainda sem data de lançamento.

3 - Luigi


Quando em 1983, Shigeru Miyamoto pensou em criar um novo jogo usando o agora encanador Mario, desta vez para dois jogadores, ele precisava de um segundo personagem para fazer companhia a ele. Por conta de limitações das máquinas da época, foi decidido que eles iriam usar os mesmos sprites de Mario, alterando apenas as cores. E assim nasceu seu irmão Luigi. Ao jogo foi dado o nome de Mario Bros. (Arcade/Famicom).

Por muitos anos ele continuou na sombra da estrela que foi se tornando seu irmão mais velho, mas aos poucos ganhando diferenças em alguns jogos, como um pulo mais alto, e sua aparência foi mudando para uma mais magra e de estatura maior. A Nintendo foi desenvolvendo o personagem com uma personalidade medrosa, mas justa para fazer o que é certo e ajudar o irmão — geralmente não se importando que os créditos sempre ficavam para o Mario.

Luigi está presente em grande parte dos jogos do irmão, pelo menos na maioria que são para mais de um jogador e nos spin-offs de esporte ou focados em outros gêneros. Sua primeira aventura solo foi em Mario is missing! (SNES/MS-DOS), lançado em 92, que se trata de um jogo educacional sobre geografia. Já em 2002 veio o primeiro jogo com uma história realmente focada no personagem. Aproveitando sua medrosa personalidade construída até o momento, foi lançado Luigi’s Mansion (GameCube). O game se passa em uma escura mansão assombrada por fantasmas, que Luigi havia ganhado. Ele usa o dispositivo Poltergust 3000 para aspirar fantasmas e procurar por Mario, que desapareceu ao chegar primeiro na mansão.

Em 2013 a Nintendo anunciou “O ano do Luigi”, com vários jogos destacando o personagem, como a sequência de seu primeiro jogo, Luigi’s Mansion Dark Moon (3DS), Mario & Luigi: Dream Team (3DS), Dr. Luigi (Wii U) e New Super Luigi U (Wii U). Nos últimos anos o personagem tem sido lembrado pelo meme criado a partir de sua face raivosa ao acertar os adversários em Mario Kart 8 (Wii U). Em Super Mario Odyssey (Switch), faz uma participação apenas para oferecer ao irmão a possibilidade de participar de um minigame chamado Balloon World.

2- Mario


Como assim o mascote da Nintendo, um dos personagens mais famosos do mundo dos games, com um número extraordinário de jogos lançados e vendidos, citado em outras posições deste ranking e ícone da cultura pop não está em primeiro? Bem… votação é a resposta. Afinal se trata de uma lista de popularidade e não de importância. Mas a explicação provavelmente se deve ao fato de o primeiro colocado talvez ter se tornado mais popular para os jogadores hardcore nos últimos anos. E geralmente são estes que participam de pesquisas.
Mario ao descobrir sua posição no ranking

A história de Mario, que já foi em partes citada durante a matéria, dispensa maiores explicações. O personagem está aí ganhando o mundo e salvando princesas em perigo desde 1981. Já foi marceneiro, encanador, deixou de ser encanador e voltou a ser recentemente. Mario revolucionou a indústria de games por mais de uma vez, principalmente com os jogos Super Mario Bros (NES) e Super Mario 64 (N64).

Além de sua série principal em 2D e 3D, Mario é recordista de spin-offs, estrelando vários jogos de kart, de esportes como tênis, golfe, futebol, basquete, baseball e outros. Seu catálogo ainda inclui RPG, puzzle, jogos de tabuleiro — Mario Party — e recentemente recebeu um jogo de estratégia em turnos feito pela Ubisoft: Mario + Rabbids Kingdon Battle (Switch). Até mesmo o crossover da Nintendo, Super Smash Bros, tem no seu nome referências ao bigodudo. É o Mario que manda na parada!

Na quarta geração de videogames (16 bits), Mario travou grandes batalhas de popularidade com Sonic, o mascote da rival da Nintendo na época, a SEGA. Hoje a única batalha que eles travam é a de quem permanece nas plataformas de Smash e sua competição mais acirrada acontece nos jogos das Olimpíadas. A última aventura do bigodudo, Super Mario Odyssey (Switch), foi lançada em 2017 e lembra bastante a jogabilidade do 64. Adicionando as mecânicas novas proporcionadas por Cappy, o mais novo integrante da enorme família de personagens de Mario, o jogo faz referências às aventuras passadas do herói encanador, enquanto mostra outros reinos além do Mushroom Kingdom, e se torna mais um marco na história dos games.

1- Link


A fim de explicar a popularidade maior de Link do que a de Mario no Brasil, fui buscar referências que me ajudassem a entender o acontecimento disso na América do Norte, já que se trata do segundo maior mercado de games do mundo e primeiro do Ocidente. E assim como no cinema, possuiu por anos influências muito diretas sobre o conteúdo que chega ao nosso país. Entre os últimos jogos lançados do Mario e The Legend of Zelda, Super Mario Odyssey (Switch) vendeu mais mundialmente, mas somando as duas versões de Breath of the Wild (Wii U/Switch) as vendas são um pouco maiores no continente norte americano.

Mas é claro que apenas as vendas do último jogo de cada personagem não serve para explicar a maior popularidade de Link. É inegável que a franquia The Legend of Zelda está nos corações de milhões de fãs. Ocarina of Time (N64) redefiniu o conceito de jogos de mundo aberto em sua época, com uma história amada e lembrada eternamente pelos jogadores. O game até hoje lidera a lista do Metacritic, não apenas com a maior nota da crítica, mas a maior nota dos fãs entre os 10 primeiros colocados.

Já Breath of the Wild (Wii U/Switch) foi reconhecido por quebrar paradigmas e revolucionar novamente o conceito estabelecido em jogos de mundo aberto. O game lançado em 2017, ajudou as vendas do novo console híbrido da Nintendo explodirem, mesmo após a incerteza causada pelo fracasso do Wii U. Na semana de lançamento, foi reconhecido como o game a ter ganho mais notas 10 da crítica na história, e saíram notícias informando que no Japão ele teria vendido até mais do que o número de consoles.

Link é o herói do tempo, e ao mesmo tempo, o avatar do jogador. O corajoso guerreiro não costuma ter sua personalidade muito desenvolvida. Raramente tendo falas nos jogos, ele continua travando batalhas e salvando Hyrule da calamidade e demais perigos que assolam o reino. Por mais que os jogos da série sejam constantemente lembrados pelo seu level design impecável, seus personagens marcantes e sua maravilhosa trilha sonora, a conclusão que posso chegar é que a popularidade tão grande de Link se deve ao fato de executar tão bem esse papel, entregando aventuras e histórias que atravessam gerações, jamais esquecidas por quem realmente está no controle: o jogador.

Menção Honrosa: Shigeru Miyamoto, Reggie Fils-Aimé e Satoru Iwata


Muitas empresas no mundo possuem clientes que amam seus produtos. Muitas possuem clientes que se identificam com sua marca. Poucas podem se gabar de terem fãs de seus executivos, e a Nintendo é uma delas. Estes três senhores são personagens importantes da história da empresa e são sempre lembrados com carinho, sendo reconhecidos por algumas pessoas como a Triforce da empresa.

Se não fosse por Shigeru Miyamoto boa parte dessa lista não existiria. O designer, produtor, diretor e consultor é frequentemente lembrado como o criador de Mario, Donkey Kong, Link, Fox, Captain Falcon, Olimar, e suas respectivas séries. Onde ele aparece é aplaudido e mesmo assim continua com o mesmo carisma e o sorriso de sempre.

Um dos seus momentos marcantes aconteceu na E3 de 2004, onde subiu ao palco armado com a Master Sword e o Hylian Shield para apresentar o jogo The Legend of Zelda: Twilight Princess (GC/Wii). Miyamoto voltou ao palco nas duas últimas conferências, não da Nintendo e sim da Ubisoft, para apresentar os games Mario + Rabbids: Kingdom Battle (Switch) e Starlink: Battle for Atlas (Multi), com conteúdo exclusivo de Star Fox no Nintendo Switch. Na minha visão da Triforce da Nintendo, Miyamoto representa a coragem para inovar na criação.

Reggie Fils-Aimé se apresentou como presidente e diretor de operações da Nintendo of América na E3 de 2014 e ainda ocupa o cargo atualmente. Figura carimbada nos anúncios da empresa, ele já nos agraciou com momentos muito engraçados e frases icônicas. O presidente é presença constante nos memes criados pela comunidade. Sua frase mais famosa é “My body is ready”, dita durante uma apresentação do Wii Fit (Wii). Reggie representa a força, já que comanda o braço direito da companhia japonesa, sua divisão americana.


Satoru Iwata (2015) não é somente um ex-presidente da Nintendo, ele possui uma longa e inspiradora história que vale a pena ser conferida com mais detalhes. Infelizmente, faleceu precocemente devido a complicações de uma doença, deixando um maravilhoso legado, e o exemplo de que mesmo conquistando um alto degrau é importante se lembrar de sua origem e trabalhar junto com seus liderados para alcançar resultados.

Ele trabalhou no projeto do Switch, e infelizmente não esteve presente no lançamento para ver o sucesso de que se trata o novo console. O ex-presidente recebeu uma bonita homenagem em The Legend of Zelda Breath of the Wild, onde é possível encontrar uma criatura mítica na montanha Satori. Tatsumi Kimishima o sucedeu muito bem, mudando a forma como é realizado o marketing da empresa, com uma melhor apresentação dos produtos, principalmente para o público ocidental. Esperamos que a sabedoria de Iwata ilumine também o novo presidente Shuntaro Furukawa, para que possamos continuar a nos divertir por muitos anos com as belíssimas histórias e personagens da Nintendo.

Revisão: João Paulo Benevides
Capa: Lucian Helan

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