Crash Bandicoot e sua trajetória nos consoles da Nintendo

Conheça os jogos do marsupial já lançados nos aparelhos da Big N.

em 21/06/2018
Em março de 2018, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy foi anunciado para Nintendo Switch e surpreendeu muitos consumidores que acreditavam que a franquia não havia aparecido nos consoles da Nintendo anteriormente. Assim, desde 2001, Crash Bandicoot deu as caras nos consoles da Big N e pelo desconhecimento de muitos fãs da franquia sobre tais jogos, inclusive de exclusivos, considerei relevante listar a trajetória do marsupial – aproveitando o relançamento dos três primeiros jogos da franquia – desde o GameCube (GC) até o Switch.

Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex (2001)

Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex foi originalmente lançado para PlayStation 2 (PS2) em 2001, sendo portado em 2002 para GC e Xbox. Após contratempos a respeito dos direitos de Crash Bandicoot, a continuação da série deixou de ser exclusiva dos aparelhos da Sony e expandiu sua disponibilidade para outros consoles após a virada do século.


A história de Wrath of Cortex se passa logo após Crash Bandicoot 3: Warped (PS1) e com as mecânicas do antecessor mantidas, se passando em uma estação espacial com a narrativa girando em torno da libertação de máscaras – as Elementais – e de Crunch, um marsupial manipulado por Dr. Neo Cortex que tenta impedir o progresso de Crash.

Crash Bandicoot: The Huge Adventure (2002) e Crash Bandicoot 2: N-Tranced (2003)

Crash Bandicoot: The Huge Adventure foi o primeiro lançamento da franquia para o Game Boy Advance (GBA). Nomeado de Crash Bandicoot Advance no Japão e Crash Bandicoot XS na Europa, a versão portátil lançada em 2002 foi bem aceita pela crítica da época e se destacou pela semelhança de jogabilidade com a trilogia original lançada pela Naughty Dog – motivo de prestígio dos fãs.

Um ano após o lançamento de The Huge Adventure, Crash Bandicoot 2: N-Tranced foi lançado para GBA, dando continuação à narrativa e introduzindo N. Trance, um novo vilão mestre do hipnotismo. A sequência foi muito bem recebida e se destacou como a segunda grande versão portátil da franquia.



Para as limitações do portátil, o desafio de buscar os 20 cristais possui controles precisos e um level design bem feito, mesmo sendo considerado curto para muitos jogadores. A recepção positiva dos games conduziram a mais um jogo para GBA futuramente: Crash Bandicoot Purple: Ripto’s Rampage.

Crash Nitro Kart (2003)



Crash Nitro Kart é o segundo jogo de corrida da série, sendo o lançamento para GC em 2003, o que foi marcante para a manutenção do marsupial nos consoles da Big N. Considerado por muitos como sequência de Crash Team Racing, o game apresenta mecânicas semelhantes aos jogos populares de corrida – como Mario Kart.

No entanto, diferente das versões de corrida do bigodudo, Crash Nitro Kart possui o modo Aventura, onde o jogador pode escolher entre o Time Bandicoot e o Time Córtex. Esse modo possui quatro mundos distintos e troféus, moedas especiais e relíquias coletáveis que ampliam o tempo de jogatina para garantir uma experiência agradável aos fãs de jogos de corrida.

Crash Bandicoot Purple: Ripto’s Rampage (2004)

Crash Bandicoot Purple: Ripto’s Rampage e Spyro Orange: The Cortex Conspiracy são dois jogos de plataforma lançados pela Vivendi Universal Games para GBA. Ambos se tratam de uma mistura inédita entre as franquias Crash Bandicoot e Spyro the Dragon com uma história que une os dois vilões: Doctor Neo Cortex e Ripto.
Se juntos já causam...
A jogabilidade se mantém bem simples e, como novidade, contam com o uso do Game Link Cable, recurso de conexão para GBA, permitindo a interação entre as versões e tornando a jogatina mais interativa com amigos que também possuem uma das versões do jogo. No entanto, a obrigatoriedade de mais de uma versão física pode ser incômoda e atrapalhar a experiência completa do jogador.

Crash Tag Team Racing (2005)



Pulando para 2005, o novo jogo desenvolvido pela Radical Entertainment foi nomeado de Crash Tag Team Racing e lançado para GC, Xbox, PS2 e PlayStation Portable (PSP) como terceiro jogo de corrida da série do marsupial. Há grandes mudanças se compará-lo aos dois primeiros jogos do gênero: para começar, há a possibilidade de unir dois carros, em uma espécie de fusão durante a corrida, e, como um veículo só, possuir um piloto e um atirador.

Além disso, a história foca nos momentos cômicos de Crash Bandicoot. O início narrativo indica que um parque temático, fechado por ser classificado como o mais perigoso do mundo, foi descoberto pelos personagens do jogo, que são desafiados a participar de uma série de corridas temáticas ao redor dele.

Assim, com cinco fases temáticas para explorar, Crash Tag Team Racing é bombardeado de cutscenes hilárias e mortes caricatas que levam o jogador à imersão do contexto e à busca de melhorias para veículos e personagens desbloqueáveis.

Crash Boom Bang (2006)

Desenvolvido pela Dimps para Nintendo DS, Crash Boom Bang foi lançado em 16 de julho de 2006 e é um dos poucos jogos party da franquia. Além disso, foi o primeiro da série a ser desenvolvido unicamente no Japão, com o lançamento na América do Norte apenas em outubro do mesmo ano.



Com uma pegada de jogo de tabuleiro, a jogabilidade de Crash Boom Bang é quase idêntica à da franquia Mario Party. Com personagens conhecidos da série – como Coco, Crunch e Dr. Neo Cortex –, o objetivo é simples: o jogador que acumular mais frutas Wumpa ganha.

Crash of the Titans (2007)



Crash of the Titans, lançado em 2007, conseguiu o marco de ser lançado para três plataformas da Nintendo: GBA, Nintendo DS e Nintendo Wii. Em cada versão o jogo se difere em diversos aspectos, desde os gráficos suportados por cada console até o estilo de plataforma a ser explorado. A versão para Nintendo DS, por exemplo, apresenta mecanismos exclusivos que aproveitam a tela inferior com ações que exigem do jogador o uso da função touch.
A versão para DS é bem diferente quando comparada a outros consoles.
A diferença desse jogo para os anteriores da franquia é gritante. Os mecanismos e a “perda” das origens do marsupial foram condenados pelo público e, como consequência, teve uma grande rejeição. Apesar disso, o jogo recebeu avaliações relativamente positivas da crítica e proporcionou o futuro lançamento de uma sequência.

Crash: Mind Over Mutant (2008)

Crash: Mind Over Mutant, lançado em 2008 para Nintendo DS e Nintendo Wii, é uma continuação da fórmula de Crash of the Titans, mas com mudanças significativas e uma diversidade maior de monstros jogáveis durante a campanha. Com o mesmo ritmo de história, muitos jogadores avaliam Mind Over Mutant como repetitivo e enjoativo, principalmente pelo fato de que o jogo te obriga a retornar, várias vezes, aos mesmos locais.
O jogo não foi bem recebido pela crítica. Assim, com pontuações médias entre 5 e 7 em uma margem de 0 à 10 para os consoles, a versão para Nintendo DS foi considerada a pior lançada, com erros graves de fluidez e level design. Com isso, após uma péssima repercussão, a franquia Crash Bandicoot foi colocada no limbo até que, em 2016, foi oficialmente anunciado o retorno da série.

Crash Bandicoot N. Sane Trilogy (2018)



Após dez anos desde a sua última aparição nos consoles da Big N, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy será lançado no dia 29 de julho de 2018 para Nintendo Switch. O jogo foi lançado primeiramente como exclusivo para PS4, que conseguiu mais de 3 milhões de cópias vendidas em nove meses, mas perderá a exclusividade e será lançado para as demais plataformas.

Com gráficos polidos e totalmente refeitos, respeitando as premissas originais, N. Sane Trilogy reúne os três jogos clássicos: Crash Bandicoot, Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back e Crash Bandicoot 3: Warped, todos títulos originais do PS1. Para tanto, o desenvolvimento cuidadoso da Vicarious Visions entregou tudo que os fãs queriam e com algumas novidades – como a irmã de Crash, Coco, ser personagem jogável nos três jogos.

Em síntese, a franquia teve seus altos e baixos nos consoles da Nintendo, mas é extremamente positivo ver que, após dez anos, o renascer do marsupial aparecerá, também, no Nintendo Switch como um merecido personagem nostálgico – e, quem sabe, de futuros lançamentos e remasterizações para o híbrido da Big N.

Capa: Windsdon
Revisão: Gabriel Bonafé

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É estudante e apaixonado por games desde seu primeiro contato com Duck Hunt e Ice Climbers do nintendinho em 2002. Fanático por Pokémon e admirador de diversas franquias, reúne seu tempo livre para escrever e tentar colocar as matérias da faculdade em dia.
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