Não foram somente o anime e o mangá de Dragon Ball que retornaram. No mundo dos games Goku e cia. retornam em Dragon Ball Xenoverse 2 (Switch), trazendo adições bem-vindas e outras nem tanto. Nesta análise vamos nos focar no que o port para o Nintendo Switch tem a oferecer e suas principais diferenças entre as plataformas.
Kamehameha em HD
Os games baseados em anime — na maioria das vezes — utilizam o estilo cartunesco chamado Cel Shading para se aproximar o máximo possível dos traços originais do criador, neste caso, Akira Toriyama. Entretanto, seguidas vezes as versões para a Big N acabam nos decepcionando e trazendo uma versão mais, digamos, “básica” do game, mas não é exatamente o que aconteceu aqui.
A Dimps e a Bandai Namco, desenvolvedoras do game, fizeram um bom trabalho neste port para o Nintendo Switch, em tão pouco tempo. Recebemos o game com o visual tão lindo que não dá para perceber a diferença — no dock — do game nas outras plataformas, claro, se não contar a versão para PC. Porém, essa versão tem problemas na taxa de quadros. Quando estamos no multiplayer, ele cai para 30 fps, tanto no dock quanto no handheld mode em batalhas que não sejam um contra um. Há também alguns pontos na cidade com alguns problemas em que o fps cai consideravelmente e incomoda bastante.
Apesar das quedas de frame nas batalhas com até três exista, ela não chega a incomodar, tudo ocorreu bem no modo história. Não posso dizer o mesmo quando a tela está com muitos personagens, mas ainda assim não chegou ao nível de quedas como acontece na cidade de Conton City, cidade que funciona como hub do game.
A Dimps e a Bandai Namco, desenvolvedoras do game, fizeram um bom trabalho neste port para o Nintendo Switch, em tão pouco tempo. Recebemos o game com o visual tão lindo que não dá para perceber a diferença — no dock — do game nas outras plataformas, claro, se não contar a versão para PC. Porém, essa versão tem problemas na taxa de quadros. Quando estamos no multiplayer, ele cai para 30 fps, tanto no dock quanto no handheld mode em batalhas que não sejam um contra um. Há também alguns pontos na cidade com alguns problemas em que o fps cai consideravelmente e incomoda bastante.
Apesar das quedas de frame nas batalhas com até três exista, ela não chega a incomodar, tudo ocorreu bem no modo história. Não posso dizer o mesmo quando a tela está com muitos personagens, mas ainda assim não chegou ao nível de quedas como acontece na cidade de Conton City, cidade que funciona como hub do game.
Com a minha mente vou a mil lugares
Agora você não precisa sair em busca das esferas do dragão para realizar esse desejo, pois Dragon Ball Xenoverse 2 lhe permite fazer batalhas locais com seus amigos que tiverem o Switch e online com a ajuda de seus amigos ou pessoas espalhadas pelo globo. Vai à casa de seu amigo que possui um Switch e o game e quer batalhar com ele? É fácil: depois de liberar algumas missões iniciais, a cidade ficará disponível, basta ir à área Time Machine Station (Estação da máquina do tempo), ir ao balcão com o robô e criar a sala para até seis jogadores.
Mais do mesmo, porém muito bem-vindo
Para minha surpresa o modo campanha de Dragon Ball Xenoverse (multi) está disponível — para liberar, é preciso terminar duas missões no Nest time (Ninho do tempo) e falar com Waipa, o robozinho perto da sala dentro no do Ninho — e você poderá entender melhor a história de Xenoverse. Contudo, é melhor você se apressar, pois o modo campanha — Legend Patrol — ficará disponível de graça até o dia 31 de outubro. Assim como os arcos da ressurreição de F e Dragon Ball GT.A história permanece a mesma vivida nas versões lançadas anteriormente. Se você queria uma nova história, espere um próximo game, pois nesse sentido o port segue fiel. Ainda é possível personalizar seu personagem e escolher entre as raças, terráqueo, saiyajin, namekuseijin, freeza ou majin. Aqui você é um patrulheiro do tempo que ajudará Trunks e a Kaio Shin do tempo a consertar a linha do tempo que vem sendo alterada por indivíduos misteriosos.
O game traz todas as missões paralelas que são bastante repetitivas. Temos cem missões paralelas, sem contar as que ficam espalhadas pela cidade e os modos campanha. E se você quer, por exemplo, o uniforme completo do Goku, você provavelmente terá que repetir a missão algumas vezes. Infelizmente não temos opção de legenda em português para a versão do nosso querido Switch, restando apenas japonês, inglês, espanhol, francês, alemão e italiano.
Todos os DLCs estão disponíveis para compra na eShop, porém o preço está bastante “salgado” (US$ 29,99 na eShop americana e C$ 39,99 na canadense para o bundle). Separadamente cada pack custa US$ 9,99 na loja americana e C$ 12,99 na canadense, totalizando US$ 39,96 e C$ 51,96, respectivamente.
Oi, eu sou o Goku
Quem nunca quis disparar um Kamehameha ou um Final Flash? Pois é, com os Joy-Cons agora é “possível”. Através das tecnologias incluídas nesses minúsculos controles, é possível disparar suas técnicas favoritas em Xenoverse 2, basta entrar nas opções e liberar os comandos por movimento. Quando você estiver em uma luta poderá fazer o movimento das técnicas mais poderosas, as Ultimate Attack, copiando os movimentos mostrados na tela. Os movimentos são simplificados e fáceis de ser executados. Eu tive alguns problemas graças ao meu Joy-Con esquerdo que apresenta falhas de sincronização dependendo da posição que eu estiver em relação ao Switch, por isso, acabei retirando esta opção, infelizmente.É necessário dizer que os Joy-Cons funcionam muito bem em Xenoverse 2. Entretanto, os botões pequenos atrapalham em alguns comandos, como apertar o botão “X” e “A” ao mesmo tempo para jogar o adversário para longe, e depois continuar o combo. Outra dificuldade que tive foi jogar com o Joy-Con esquerdo contra outra pessoa com o Joy-Con direito. Depois de um tempo cansa, e você sente a necessidade de pausar a jogatina.
Outro problema que atrapalha as batalhas é a câmera, que por diversas vezes fica confusa — tremendo para os lados até que você saia desta posição — quando seu personagem está nos lagos, próximos do final dos cenários. Dependendo do momento, pode resultar na sua derrota.
A magia nos espera
Dragon Ball Xenoverse 2 está longe de ser um game perfeito, porém, apesar das falhas nas quedas de fps e a falta das legendas em português, é um sonho realizado para todo fã de Dragon Ball. O preço do game está razoável e, se considerar o modo campanha do primeiro game, este se torna uma compra obrigatória por todos os fãs da franquia. Xenoverse 2 irá lhe consumir horas massivas de jogatinas e diversão garantidas, e o melhor, onde você quiser, graças ao Switch. Mas se você quer um game novo, ou não é fã do estilo, espere por Dragon Ball Fighter Z caso você tenha outras plataformas (vamos torcer para que venha para o Switch também).Prós
- Diversos modos;
- Nível de personalização bastante agradável;
- Modo campanha de Xenoverse 1;
- Visual continua belo e cativante;
- Boa quantidade de colecionáveis;
- Joy-Cons simulam movimentos das técnicas;
- Leve suas batalhas para onde você quiser.
Contras
- Missões paralelas bem repetitivas;
- Senti falta de todas as transformações dos saiyajins;
- Quedas de fps;
- Câmera atrapalha às vezes;
- Falta legenda em português.
Dragon Ball Xenoverse 2 — Switch — Nota: 9.0
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Leandro Alves
Capa: Leandro Alves