No final da terça-feira de E3, andei uma quadra do Los Angeles Convention Center para o Microsoft Theater, que eu já havia conhecido em 2014 (quando ainda se chamava Nokia Theater). Lá, Susie Seiter conduziu a Microsoft Orchestra numa jornada musical que atravessou a série Pokémon, desde Red/Blue/Yellow até X/Y.
As músicas seguiram a ordem cronológica da série, incluindo três medleys (quando várias músicas são emendadas) de canções para cada geração, além do tema principal como abertura e duas surpresas como encerramento. Apesar de eu não ser um genwunner (aquelas pessoas que dizem "só 150", ignorando o fato de que eram 151 originalmente), a primeira geração contém algumas das minhas músicas favoritas na série toda, então as lágrimas nostálgicas foram quase imediatas. Começando por Pallet Town, passando por duelos com a Team Rocket e com líderes de ginásio até o climático confronto final com o rival Blue, foram todas músicas clássicas reconhecíveis por qualquer fã da série.
Cada geração recebeu seu próprio tratamento especial, tendo medleys centrados em temas diferentes: Gold/Silver/Crystal têm a épica "...", tema de batalha contra o Red; Ruby/Sapphire/Emerald receberam um arranjo explorando os mistérios dos lendários de Hoenn; Diamond/Pearl/Platinum foram lembrados com suas belas canções de rotas; Black/White tiveram um trecho dedicado apenas ao N; X/Y combinou a orquestra com uma batida eletrônica no tema de ginásio.
Para quem acompanha a série desde o início dos anos 2000, cada nova canção era uma surpresa repleta de memórias. Para aqueles que mantém apenas lembranças antigas de Charmander e Pikachu, ou aqueles cuja primeira experiência foi com Froakie, as músicas são suficientemente fantásticas para manter qualquer um entretido. Em particular, eu adoro os arranjos "de limão vem a limonada", pegando as melodias simplíssimas do Game Boy e as tornando em músicas completas e vibrantes.
Mas é claro que nenhum show de Pokémon está completo sem "Gotta Catch 'Em All", a quase-lendária abertura do anime, que a plateia cantou em coro (eu inclusive: I wanna be the very best, like no one ever was...). Após todo esse mar de memórias, a noite se completou com a presença de Junichi Masuda, diretor geral da série e compositor de alguns dos mais importantes temas. Masuda nos agraciou com palavras sobre o passado da série e seus futuros lançamentos, Sun/Moon, além de uma mensagem sobre nossa sorte de convivermos ao mesmo tempo neste planeta. Para finalizar, Masuda conduziu a orquestra por "Kiseki", a canção do final de X/Y.
Além do espetáculo, tive a sorte de conhecer Amy Andersson, condutora de The Legend of Zelda: Symphony of the Goddess. Amy foi extremamente amigável conosco e até tentou nos levar backstage, mas infelizmente isso não foi possível.
Revisão: Luís Antônio Costa