#Pokémon20th: Os produtos antigos mais marcantes

No Brasil, Pokémon chegou ao auge do sucesso nos anos 2000 e, junto com a febre, vieram diversos produtos relacionados à franquia, entre salgadinhos, refrigerantes e até revistas.

em 17/02/2016

O tempo realmente passa rápido, e o fato de que Pokémon está comemorando vinte anos de existência é a maior prova disso. Afinal, parece que foi ontem que vimos o sucesso dos monstrinhos de bolso decolar na velocidade da luz. No Brasil, é claro, não foi diferente: a franquia estreou por estas bandas em 1999, tornando-se uma febre em pouquíssimo tempo. Com tanto sucesso, não demorou muito para que começassem a surgir uma infinidade de produtos legais sobre Pikachu e companhia. Vamos relembrar agora alguns dos objetos mais marcantes e mais cobiçados pelos fãs daquela época.

Super Cartas Pokémon

Em 1999, a Elma Chips aproveitou o grande sucesso do desenho animado para lançar a coleção de Super Cartas dos Pokémon. Cada pacote de salgadinho continha uma carta muito parecida com aquelas de Super Trunfo: havia um desenho de uma criaturinha na frente da carta, e seus pontos de poder no verso. A maioria dos pontos não tinham muito a ver com as habilidades reais dos pokémon, mas isso não chegava a ser um incômodo, já que o importante era colecionar as cartinhas, duelar com os amigos e tentar obter seus monstrinhos favoritos.

Era possível colecionar 50 pokémon dos 150 conhecidos daquela época (bons tempos, não?) e, como não poderia deixar de ser, as Super Cartas fizeram um sucesso tão grande que esgotaram rapidamente. Qual foi, então, a solução encontrada pela Elma Chips para resolver o problema? Os tazos, é claro!

Tazos

Os disquinhos colecionáveis já eram famosos desde a época em que recebiam versões de desenhos como Looney Tunes e Animaniacs, mas conseguiram alcançar uma popularidade ainda maior depois de estamparem os monstrinhos de bolso que tanto amamos. Os novos tazos foram lançados como uma espécie de sequência das Super Cartas e, por isso, apresentavam imagens de 45 pokémon que não haviam marcado presença nas cartinhas. Outra novidade interessante foram os Evolutazos, que mostravam as evoluções de algumas criaturas em imagens holográficas.

Assim como as Super Cartas, os pequenos discos também estimulavam o duelo entre amigos. No verso deles, havia símbolos que mostravam o poder de cada pokémon e qual tipo de criatura ele poderia derrotar. Por exemplo: o Raichu tinha poder elétrico e vencia pokémon com poderes do tipo "voador" e "água". O jogo era simples: era necessário formar uma pilha de tazos com as imagens voltadas para cima. Em seguida, o jogador deveria escolher seu pokémon mais forte, atirá-lo na pilha e comparar o poder dele com os poderes das criaturas presentes nos disquinhos que tivessem caído com o verso exposto. Ganharia o tazo a pessoa que tivesse o pokémon mais forte.

Esses duelos viraram uma mania nacional, tanto que os colecionadores de tazos eram respeitados como se fossem mestres pokémon de verdade. Era como se os disquinhos fossem os monstrinhos, e os porta-tazos, as pokébolas.

Guaraná Antarctica Caçulinha

Que tal um guaraná do Pokémon para acompanhar os salgadinhos? Essa combinação podia não ser muito saudável, mas a verdade é que ninguém ligava muito para esse detalhe quando era possível conseguir cartas, tazos e bonequinhos dos monstrinhos de bolso. Havia uma pokébola na tampa do guaraná e, dentro dela, uma miniatura sortida de um pokémon da primeira ou segunda geração do anime. Existiam 40 bonequinhos no total, além dos 5 rótulos que também eram colecionáveis. Graças à magia do Youtube, podemos rever a propaganda que circulava nas TVs da época:


O legal dessa coleção é que também era possível colecionar as miniaturas de Ash, Misty e Jesse (Brock e James ficaram esquecidos, tadinhos...). Esses personagens, além do Pikachu, Mewtwo e Mew, eram os mais cobiçados pelos fãs na época. O curioso é que alguns desses bonequinhos vinham divididos em duas partes (montáveis) por serem grandes demais para caberem na pokébola e, por causa disso, existia uma tática bem simples para tentar obtê-los: antes de comprar o guaraná, você podia agitar levemente a garrafinha. Caso fosse possível ouvir um barulhinho vindo da pokébola, isso significava que aquela garrafa poderia estar guardando um dos bonequinhos maiores e, consequentemente, mais raros.

Essa promoção foi uma das mais legais envolvendo a franquia já lançadas, e por isso é lembrada com carinho pelos fãs até hoje.

Trilha sonora do anime em CD

A trilha sonora brasileira do anime, adaptada da versão americana pelo compositor e produtor Nil Bernardes, marcou a infância de muita gente e virou febre junto com o desenho. Afinal, era impossível assistir ao anime sem decorar e cantar a lendária música de abertura. Por isso, e também porque não era nada comum termos um lançamento destes por aqui, esse disco compacto virou objeto de desejo de muitas crianças na época.

Lançado pela Abril Music em 1999, o CD contava com 13 faixas, além do encarte que nos ajudava a decorar as letras e os nomes dos 150 monstrinhos. O disco também possuía uma linda arte que simulava uma pokébola. Naquela época, tudo o que uma pessoa poderia querer, além do CD em si, era um bom discman para desfrutar dessa pérola.

Revista Pokémon Club

Foi em outubro de 1999 que chegava às bancas de jornais uma revista cuja capa rosa estampava os heróis Pikachu e Ash. Aquela era nada mais, nada menos do que a Pokémon Club, publicação que, futuramente, marcaria toda uma geração. Lançada pela editora Conrad e com periodicidade quinzenal, a revista ajudou a alavancar ainda mais a febre e tornou-se um dos maiores sucessos editoriais da época: a primeira edição chegou a vender 200 mil cópias, uma das publicações mais vendidas do país.

O sucesso estrondoso da Pokémon Club também deveu-se muito pela qualidade de suas publicações. A começar pelas capas, sempre chamativas, coloridas e muito bem ilustradas, com textos que instigavam a curiosidade de qualquer fã. Afinal, quem não se surpreendeu ao entrar em uma banca de jornais e deparar-se com uma manchete sobre a revelação da mãe da Jesse? Ou descobrir que o Brock seria substituído no anime?

A revista trazia notícias quentinhas sobre os episódios do anime que ainda não tinham previsão de chegar ao Brasil, o que já fazia a alegria de muitos fãs que acompanhavam o desenho. Além disso, havia também outras matérias interessantímas, como guia de episódios e resumos detalhados de cada um deles, quadrinhos da série, seção de produtos da franquia, matérias completas sobre os jogos e até seção de cartas com desenhos dos leitores.
Imagine entrar em uma banca de jornal e se deparar com o Pikachu nervoso?
A revista durou 87 edições, sendo que, a partir da 34ª, passou a se chamar Pokémon Club Evolution, com o mesmo charme e qualidade de sempre. Depois de finalizada, tornou-se a seção Planeta Pokémon, que faz parte da revista Nintendo World até hoje.

Trading Card Game

Como poderíamos falar de Pokémon sem citar o famoso Trading Card Game (TCG para os mais íntimos)? O jogo de cartas colecionáveis estreou no Japão em 1996 e chegou aos Estados Unidos e ao Brasil três anos depois. Inicialmente, as cartinhas com os pokémon estampados foram traduzidas e lançadas pela Devir, que também foi a responsável por criar os primeiros campeonatos. Hoje em dia, porém, é a Copag que possui os direitos sobre o TCG e é ela a encarregada de trazer para o Brasil todas as coleções e as novidades que chegam sobre o assunto.
Quem aí conseguiu colecionar todas as cartas?
Um fato curioso é que, durante a estreia dos filmes do monstrinhos nos cinemas, alguns cards promocionais foram distribuídos para aqueles que compraram os ingressos. No Brasil, os fãs que assistiram à Pokémon O Filme: Mewtwo Contra-Ataca e Pokémon 2000: O Poder de Um ganharam algumas dessas cartas, o que ajudou a disseminar ainda mais essa mania.

A febre mundial persiste até os dias atuais e alcançou também outros meios: em 2000, chegou ao Game Boy Color e, mais tarde, o jogo ganhou uma versão para PCs e tablets. Como a franquia está comemorando 20 anos de existência, é claro que o famoso jogo de cartas também não poderia ficar de fora dessa festa: foi anunciado que haverá o relançamento da primeira tiragem do Trading Card Game, contando com 60 cartas semelhantes às originais lançadas em 1996. Por enquanto, elas só estão previstas para chegar ao Japão, mas a chance de chegarem por estas bandas é grande.

A lista acabou, mas é claro que não poderíamos deixar de citar alguns outros produtos que foram igualmente marcantes naquela época, como álbuns de figurinhas, chicletes, pelúcias e até consoles temáticos. E você, leitor? Sentiu saudades de algumas dessas pérolas? Tem alguma recordação desses ou de outros objetos que não foram citados? Relembre conosco nos comentários!

Revisão: Jaime Ninice
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