— Foi para me impressionar! — eu disse, em tom de brincadeira, enquanto comentava com os amigos sobre as duas opções de efeito 3D no jogo. Os desenvolvedores relataram, em um dos saudosos Iwata Asks, que 80% das pessoas que testaram o game preferiram um tipo de 3D (com menos profundidade), e o restante, a outra opção. Ao invés de preguiçosamente retirar aquela com menos adeptos, deixaram as duas, o que demonstrou claramente que o pessoal responsável pelo título não mediu esforços para agradar a todos os jogadores. Bom para mim, que estaria entre os 20%, já que a opção com o ponto de vista alterado me agradou menos.
Mesmo sem as sombras para ajudar, com o efeito 3D ligado é possível acertar os blocos. |
Aqui, o 3D é obrigatório. |
Uma mistura de Marios
— Super Mario 3D Land é o jogo perfeito para converter os jogadores de Marios 2D — era algo comum sendo dito por mim naquela época. — Ele é uma mistura de Super Mario Galaxy com Super Mario World e Super Mario 64, com algo de Super Mario Bros. 3 e New Super Mario Bros. — eu completava entusiasmado, e sei que não estava sozinho.A verdade é que eu sempre fui um adepto dos jogos em 2D do Mario, bem mais do que aqueles em 3D, até porque não me dava tão bem com a câmera. Tal percepção veio a mudar a partir de Super Mario Galaxy, mas só foi realmente sacramentado com 3D Land, que surgiu para fazer a ponte entre esses dois tipos de Mario, utilizando os melhores elementos de ambos. Essa fórmula, após a experiência positiva que eu tive com os dois Galaxys, não poderia ter sido uma escolha mais acertada, e me ganhou mesmo antes do lançamento, tanto que esse foi um dos poucos jogos que eu já comprei já na pré-venda.
Dentre as tantas características interessantes de 3D Land, as que tornaram ele o jogo perfeito para um portátil foram as que mais me agradaram. As fases, cuja única exploração é procurar por star medals escondidas (para não ficar muito linear), algumas contando até com setas e cercas direcionando para a bandeira final, não permitem que o jogador perca tempo, diferente do que acontecia em Super Mario 64 e Sunshine — a proposta aqui é outra. As fases são curtinhas, durando de um a dois minutos. Você pode terminar um nível enquanto espera o elevador chegar, ou na fila da padaria; já na do banco, só mesmo um clássico RPG do Mario & Luigi resolve.
Algumas star medals são mais fáceis de achar que outras. |
Tanooki Mario
Um dos destaques do jogo que mais foram promovidos foi a roupa de Tanooki, uma homenagem ao Super Mario Bros. 3, em que ela apareceu pela primeira vez. Os produtores colocaram rabo de guaxinim em tudo, desde bullet bills e goombas até o título do jogo. Nem o Bowser escapou dessa. Usando esse traje, Mario podia flutuar alguns segundos após um salto e dar rabadas para derrotar inimigos. Um poder muito útil em toda a jogatina e que, sem ele, ficava difícil passar por algumas fases. Eu mesmo voltei várias vezes para níveis mais fáceis só para pegar uma Super Leaf de reserva para facilitar o percurso de um mais complicado.Flutuar com o Tanooki Mario é bem mais fácil. |
— PETA, você está mais de 20 anos atrasada — foi o mínimo que eu praguejei para o monitor enquanto lia a notícia. Esse traje já fora lançado antes, no Super Mario Bros. 3, sem contar que foi baseado em uma lenda japonesa e nenhum animal é maltratado, pois a transformação é mágica. No jogo mesmo aparece a Tail Tree, uma árvore com rabo de guaxinim cheia de super leaves, que o Mario utiliza para se transformar em Tanooki Mario — até que o Bowser dá um jeito de desfolhá-la e ainda sequestrar a Peach.
Spoiler: no final, tudo dá certo! |
Super Mario Galaxy 2 (Wii) | Índice | New Super Mario Bros. 2 (3DS) |
Revisão: Jaime Ninice
Capa: Felipe Fabricio