Ideias para jogos mobile da Nintendo

Quais as franquias da Big N que poderiam ser adaptadas para celulares e tablets?

em 20/08/2015

Ainda esse ano a parceria entre a Nintendo e a DeNa exibirá seus primeiros títulos para tablets e smartphones inspirados nas franquias da Big N. Seja para qual for a plataforma, há sempre muita expectativa quanto à nova versão que cada série da Nintendo receberá. E, neste exato momento, estamos prestes a presenciar uma das mais polêmicas linhas de jogos da empresa, que sempre esteve muito fechada em seus próprios consoles e nunca havia demonstrado tanto interesse em plataformas mobile. Mas, se os jogos da Nintendo para celulares logo logo serão uma realidade, é hora de apostar nossas fichas em quais séries e ideias podem ser aproveitadas.


Antes de começarmos esse Top 10, queria lembrar que a ideia aqui é mostrar ideias de aplicativos especificamente para plataformas mobile, sejam eles jogos exclusivos ou extensões para jogos de Wii U ou 3DS. Eu sei que muita gente quer ver ports e reproduções fiéis das séries mais famosas da Nintendo nos celulares, mas, em se tratando de uma desenvolvedora focada na jogabilidade, acredito que os títulos lançados serão inspirados em conceitos feitos especialmente para tablets e smartphones. Algumas séries podem se adequar perfeitamente a esse tipo de plataforma (que, diferentemente de quase tudo o que a Nintendo já fez, não tem botões de ação), outras podem receber expansões e funcionalidades extras e também há aquelas que podem ter só um aspecto de si aproveitado. Não listaremos os aplicativos Miiverse e eShop, pois seus lançamentos já foram confirmados pela Nintendo há algum tempo.

10. Pushmo

A série Pushmo tem percorrido um humilde caminho pelo 3DS e Wii U, oferecendo aqui e ali coletâneas de puzzles geniais, porém que nunca recebem a devida atenção do público. A simplicidade dos visuais de Pushmo e o seus intuitivos controles caberiam muito bem para uma plataforma mobile. A ausência do efeito 3D seria uma infelicidade, mas Pushmo World (Wii U) já mostrou que é possível sim experienciar a série em telas convencionais. No recente Strechmo (3DS), a Nintendo arriscou um método de divisão no conteúdo do jogo, que pode ser comprado separadamente.

Strechmo já tomou a frente na flexibilização das opções de compra sem ser "ganancioso"
Este tipo de modelo é até mais familiar para o público dos smartphones do que para o do 3DS. Imagina se a Nintendo disponibiliza todos os puzzles de Pushmo, Crashmo, Pushmo World e Strechmo em pacotes para um aplicativo de Pushmo? A funcionalidade de criação de puzzles pelos jogadores receberia um empurrão muito grande e sua comunidade ativa com uma versão para celulares.


9. Game & Watch e WarioWare

Hoje, tudo o que sobrou dos Game & Watch, considerados os primeiros videogames portáteis da história, são easter eggs aqui e ali nos jogos da Nintendo e, é claro, a participação de Mr. Game & Watch em Super Smash Bros. Por mais nostálgicos que sejam os simples minigames em preto em branco, não daria para cobrar preços muito altos por coletâneas desse tipo de jogo para Wii U ou 3DS. Num celular, no entanto, poderia ser um incrível passa-tempo. Recriando os minigames clássicos e construindo novos, a Nintendo poderia disponibilizá-los em pacotes, oferecer desafios diários, dar várias opções de sessões rápidas e longas de jogatina e muito mais.
A mesma coisa poderia ser feita com WarioWare, só que aproveitando o estilo pitoresco e frenético do jogo. O próprio WarioWare Twisted (DS) já provou que a doida franquia de minigames de Wario pode se beneficiar muito de telas de toque. Seria muito bom poder comparar a performance com seus amigos, disputar os rankings globais e receber regularmente novas levas de minigames. Uma versão de WarioWare para celulares também permitiria que muita gente conhecesse as personalidades incríveis que a franquia tem.
O menu do primeiro WareWare até era organizado como se fosse a interface de um celular

8. Dr. Mario

A série Dr. Mario já cruzou os portáteis e consoles da Nintendo oferecendo tanto uma diversão descomprometida quanto uma disputa multiplayer ferrenha. Sabendo do sucesso que Tetris fez nos celulares e em sua versão para Facebook, um Dr. Mario para tablets e smartphones tem potencial para se transformar numa verdadeira mania. A versão para 3DS da série, Miracle Cure, está vindo aí, o que pode significar que as chances são pequenas de vermos outro novo game ou que uma versão mobile poderia ser usada para promover Miracle Cure. De uma forma ou de outra, Dr. Mario caberia perfeitamente em plataformas móveis.

7. Kirby's Curse

Kirby nunca deixou de explorar novas mecânicas de jogo além de sua tradicional aventura em progressão lateral. A série Curse, composta por Kirby: Canva's Curse (DS) e Kirby and the Rainbow Curse (Wii U), vem se destacando por aproveitar a touchscreen de uma maneira interativa e criativa. Trazê-la para os smartphones aliaria o aspecto portátil de Canva's Curse com os visuais belíssimos de Rainbow Curse, com o potencial para criar uma aventura totalmente inédita. As dezenas de colecionáveis, característica da franquia, poderiam ser usados de maneira social e interativa entre os jogadores.
Isso num iPad faria muitas crianças serem conquistadas pela magia de Kirby

6. Brain Age

Com Brain Age, o DS alcançou um público que anteriormente passava longe das plataformas Nintendo, aceitando facilmente a sua sequência, Brain Age 2. Para este público casual, no entanto, os smartphones logo tomaram o lugar anteriormente dedicado ao DS, algo que ficou evidente na recepção muito menos calorosa de Brain Age: Concentration Training (3DS). Porém, se Maomé não vai à montanha, cabe à montanha ir atrás de Maomé. A Nintendo, portanto, tem a chance de reconquistar aqueles que passavam alguns minutos de seus dias treinando seus cérebros e medindo suas idades cerebrais. Basta levar essa curiosa franquia as smartphones, uma plataforma que não exige muitas alterações para fórmula de Brain Age.
Dr. Kawashima já dizia...

5. The Legend of Zelda

Em 2D ou em 3D, seria inviável ter um Zelda tradicional numa plataforma móvel por enquanto. Porém, a série sempre ficou marcada por uma série de minigames e formas alternativas de entretenimento que poderiam ser facilmente usados como "aperitivos" em um jogo mobile. A pescaria, por sua vez, é de longe a brincadeira mais divertida da franquia. Se é pouco prático ligar os remakes 3D de Ocarina of Time ou Majora's Mask e se deslocar até suas respectivas zonas pesqueiras, fazer isso através de um simples toque no aplicativo de "Zelda Fishing" transformaria o mini-game numa mania para celulares. A Nintendo poderia aproveitar todo o leque de peixes de Zelda: Ocarina of Time (N64), Majora's Mask (N64), Twilight Princess (GC/Wii) e outros jogos da franquia que não permitem a Link pescar, mas que têm uma icônica variedade de seres aquáticos, como Wind Waker (GC), Oracle of Ages/Seasons e Skyward Sword (Wii).
Já dá para imaginar isso numa tela de celular

4. Animal Crossing

Passar horas numa cidade virtual, convivendo com vizinhos animais e coletando toda a sorte de itens é uma das experiências mais adoradas por quem ama a série Animal Crossing. Em uma plataforma móvel, isso poderia ser feito de maneira ainda mais prática, combinando ainda mais com os eventos do jogo que seguem o calendário e o horário reais. Ok, talvez seja muito cedo para vermos um Animal Crossing da linha principal chegar a uma plataforma não Nintendo, mas, depois da reação morna a Animal Crossing: amiibo Festival (Wii U), a Big N precisa se redimir com seus fãs de algum jeito.

3. Pokémon

A série Pokémon sempre caminhou lado a lado com a conectividade entre plataformas portáteis. Dos Link Cables do GameBoy à atual Nintendo Network, os monstrinhos de bolso passaram de um cartucho para o outro, enfrentaram equipes de outros jogadores e competiram a nível mundial. Agora que os smartphones estão mais no bolso dos jogadores do que um 3DS, seria o momento ideal para levar Pokémon às plataformas mobile. Ok, é inviável a Nintendo ceder o maior ganha-pão dos seus portáteis para os celulares, mas há muitas outras formas das quais a franquia pode se beneficiar dos smartphones sem entregar seu prato principal. Administrar o Pokémon Bank, recriar o PokéWalker ou até brincar com Pokémon-Amie seriam ótimas maneiras de fazê-lo.
Um dia, quem sabe?
Afinal, a franquia foi a primeira da Nintendo a explorar o potencial das plataformas móveis através de aplicativos como Pokémon TV, Pokémon Shuffle, PokéDex e Dancing? Pokémon Band. A mecânica dos monstrinhos do bolso também tem diversos "clones" lançados para iOS e Android, então é natural que a The Pokémon Company reivindique a autoria sobre a série através de seus próprios jogos.

2. Ballon Fight

Quem foi pego pela mania de Flappy Bird (ou os milhares de clones que vieram logo depois) sabe que um jogo não precisa ser complexo para fazer sucesso em plataformas mobile — muitíssimo pelo contrário. No jogo, cada toque na tela do celular ou tablet fazia o pássaro ganhar um pouco de altitude, que logo era compensada pela ação da gravidade. Dessa forma, era preciso clicar repetidas vezes e com precisão para passar pelos obstáculos do infinito percurso. Isso não lembra nem um pouco clássico Ballon Fight? Se Flappy Bird era repetitivo, a Nintendo poderia facilmente dinamizar a fórmula do jogo aproveitando a inventividade de Ballon Fight. Logicamente, o foco ainda seria superar recordes e disputar com seus amigos, mas daria para oferecer ainda fases não randomicamente geradas e o recurso multiplayer presente no game original.
Altas revelações: Flappy Bird era um peixe na época de Ballon Fight

1. Nintendo app

É inegável que a Praça Mii foi e ainda é uma das maiores manias dos nintendistas. Trocar Miis por Street Pass, coletar peças dos quadros, embarcar em uma aventura RPG com os personagens encontrados na rua e colecionar chapéus e acessórios inspirados nas franquias da Nintendo é extremamente viciante. Em um celular, então, a brincadeira ganharia dimensões exponencialmente maiores. Imagine um aplicativo unificado da Nintendo com essas características sociais da Praça Mii, porém com dezenas (ou talvez centenas) de conteúdo a mais, como trocar troféus do universo Nintendo (à lá Super Smash Bros.), ouvir as trilhas sonoras dos jogos da empresa e ter acesso a trailers e notícias dos últimos jogos. Se lançado de graça, o aplicativo teria um alcance fenomenal, permitindo a muito mais pessoas conhecerem a história da Big N e ficar por dentro dos seus últimos lançamentos.

Ou então um smartphone da Nintendo. O que acham?
E você, leitor, que ideias tem para jogos e aplicativos da Nintendo? Deixe suas sugesõtes e desejos nos comentários!
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Felipe Fabrício 
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