Zuera Blástica: e se a Nintendo fosse para as plataformas móveis?

Já que todo mundo fala nisso, vamos pensar nas “perfeitas” possibilidades da Big N levar seus jogos para os celulares e tablets.

em 12/12/2014
Eu já perdi a conta de quantas vezes já decretaram a falência da Nintendo — olha que desta vez era pra valer! — e, na versão atualizada dessa fofoca, ela deveria levar seus jogos para os iPhones, iPads e Androids da vida (Windows Phone não tem nada mesmo, gente, desculpa). Todo mundo adora dizer isso, mas ninguém nunca realmente pensou como isso seria. Até agora. Como seriam os clássicos da Big N dentro das telinhas dos smartphones então?

Super Mario with Friends

Vamos começar com o carro-chefe da empresa, o encanador mais famoso do planeta! Em vez de um clássico jogo de plataforma, cheio de fases, segredos, power-ups e princesas que estão em outro castelo, a ideia atual de “jogo mobile” pede algo mais curto. Algo mais dinâmico. Algo que você possa ganhar pontos e competir com seus amiguinhos. E, principalmente: algo que você possa ganhar três estrelas.
Sério, eles tem MUITA fase pra vender.

Super Mario with Friends trará pequenas fases de plataforma com os já conhecidos inimigos e cenários da série, com a missão de buscar três Power Stars em cada uma e conseguir o maior recorde de pontos e tempo. Ao conectar sua Nintendo Network ID com seu Facebook, você poderá comparar suas pontuações com as dos seus amigos e compartilhar nos perfis deles que já é melhor que eles. Além disso, pacotes de fases serão vendidos por dinheiro real (como praticamente todas as fases já lançadas até hoje para qualquer jogo de plataforma do Mario).

The Legend of Zelda: Time Battle

Não é segredo para ninguém que The Legend of Zelda é um grande sucesso quando se trata de vendas e uma grande bagunça quando se trata de linha do tempo. Para um jogo mobile, misturar estes dois grandes pontos é uma boa ideia. Afinal, o que vende mais que um MMORPG cheio de coisas para comprar por microtransações? E qual cenário é melhor para um game assim do que várias linhas do tempo se chocando e causando altas confusões?
Tem muito pano pra manga em Zelda, não?
Não, não é isso que eu tô falando!
Em The Legend of Zelda: Time Battle, você poderá criar o seu próprio Link (customização de protagonista tá na moda agora) e andar pelas várias linhas do tempo da série enquanto derrota inimigos para ganhar dinheiro e experiência. Estes, por sua vez, são usados para comprar novas habilidades e itens, responsáveis por nada, já que, para melhorar seu personagem de verdade para o modo PvP, é preciso comprar acessórios com dinheiro real. Várias vitórias contra outros jogadores liberam novos cenários com novos inimigos para serem derrotados.

E o melhor: tudo isso com um joystick virtual baseado no controle do Nintendo 64!

F-Zero Racing Saga

Sim, é por isso que a Nintendo ainda não lançou um novo jogo da série F-Zero. Não é porque eles não sabem mais o que fazer com a franquia. Não é porque eles colocaram antigravidade (e  a Blue Falcon) em Mario Kart 8 e isso seria o melhor a se fazer. É que eles sabem que só tem uma coisa que vende mais que remake de Pokémon: um jogo de combine-3 com peças coloridas e convites para os amigos no Facebook! (e o pior é que vende mesmo)

É isso, mas com carros.
Em parceria com a King, F-Zero Racing Saga terá mais de 250 fases para você combinar os carros em tabuleiros maneiros e conseguir energia necessária para vencer as corridas. Cada entrada em um estágio custará uma “Falcon Life”, e se as suas acabarem, mande milhões de notificações nas redes sociais até alguém te dar uma (ou gaste seu dinheiro para comprá-las). Ainda teremos power-ups que também poderão ser comprados e… é isso, até inventarem de lançar o Star Fox Space Saga.

Pokémon FireRed & LeafGreen

Na real, nem tem uma piada muito elaborada aqui. É que estão pedindo um Pokémon normal a tanto tempo para dispositivos móveis, e gostam tanto (mas tanto) da primeira geração, que é só colocar FireRed e LeafGreen na App Store e no Google Play que já ia vender como água (principalmente se tivesse como trocar Pokémon entre celulares). Você sabe que ia vender mesmo (até porque, provavelmente, você iria comprar).
Admita. Você iria comprar.

Angry Birds Smash Bros.

Meus sinceros sentimentos a todas as desenvolvedoras mobile, mas todo mundo sabe que não tem nada que fez mais sucesso nesse ramo que Angry Birds. Sério, a Rovio já lançou sabe se lá quantas versões temáticas do jogo e ainda colocaram eles em jogos de corrida e em um RPG. Se os pássaros foram até para o lado negro da Força, só falta virar troféu e entrar na franquia mais maluca da Nintendo.

A fórmula de Angry Birds Smash Bros. é realmente bem simples. Cada pássaro ganha a habilidade de um personagem diferente (Red vira Mario e solta bolas de fogo, Chuck vira Link e dá uma investida com a Master Sword, os Blues viram uma Pokébola que se transforma em três, etc.), cada pacote de fases ganha a temática de um jogo diferente (Wii Fit Studio, Nintendogs’ House e Game & Watch Stages são as primeiras que serão vendidas separadamente) e ao fim de cada fase, em vez de três estrelas, você pode ganhar até três troféus.
Eles gostam tanto da ideia que já fizeram isso no novo Smash!
Agora só falta uma versão gratuita cheia de anúncios chatos e uma versão HD paga. Pronto, a impressora de dinheiro foi ligada.

Touch for continue…

Depois de aceitar que sou um verdadeiro visionário do mercado de jogos casuais, podemos pensar que a Nintendo não vai se render à tentação de fazer isso com as franquias que tanto amamos… Mas indo para um universo paralelo onde isso já está acontecendo, que outros games você acha que poderíamos ver nas lojas de aplicativos? Deixe seu comentário!

Revisão: Luigi Santana
Capa: Stefano Genachi
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sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).