Cuidadosa, para dizer o mínimo, com a localização de seus jogos, a Nintendo sempre manteve um pé atrás na travessia de alguns gêneros para o ocidente, especialmente os RPGs. A história mais conhecida é de Final Fantasy (NES), que demorou quase 3 anos para chegar até às Américas devido à desconfiança dos desenvolvedores em relação a aceitação do gênero pelo público dos Estados Unidos. Ainda mais no caso dos RPG Táticos, um dos gêneros que mais requerem tempo e dedicação dos jogadores.
Decidida finalmente a nos apresentar a série, a Nintendo fez algumas modificações no título, dada a crítica, mesmo japonesa, de jogos excessivamente difíceis. Para Fire Emblem (GBA), os stats dos chefes foram diminuídos em relação a versão japonesa; e para o título seguinte, Fire Emblem: The Sacred Stones (GBA), seus personagens controláveis eram mais fortes se comparados aos originais do Japão.
Já com Fire Emblem: Path of Radiance (GC) a facilitação ainda foi mais drástica: além de seus personagens serem também mais fortes, os níveis de dificuldade foram diminuídos. Enquanto a versão japonesa continha os níveis Normal, Difícil e Maníaco, a ocidental contém a Fácil, Normal e Difícil; a versão fácil foi adicionada e a maníaca removida. O mesmo se repetiu em Fire Emblem: Radiant Dawn (Wii), embora, neste caso, apenas a nomenclatura mudou, os níveis eram os mesmos. O cuidado maior com a versão do Game Cube é reflexo da crítica, mesmo japonesa, do excesso de dificuldade dos jogos, em especial, do então último lançamento para consoles de mesa, Fire Emblem: Thracia 776 (SNES), o mais difícil da série.
Fonte: Did you know gamming?