Pokémon ORAS no modo Nuzlocke Challenge: a Preparação

Vamos aumentar um pouco a dificuldade: morreu, sai do time!

em 24/11/2014

Com a chegada de Pokémon Omega Ruby e Pokémon Alpha Sapphire, teremos 24 jogos da série já lançados (os spin-offs não estão nesta conta). São dezesseis anos fazendo praticamente a mesma jornada. Não sei se é a idade ou se estou realmente cansado de fazer isso, mas o ânimo já é outro. Então, para não recomeçar a explorar Hoenn já cansado, resolvi “apimentar” um pouco a experiência.


Além do número extraordinário de lendários e mais algumas mega-evoluções, o que mais tem de novo em ORAS? A demo deu algumas dicas, como o retorno das Equipes Magma e Aqua e seus poderosos e  temíveis Zubats e Poochyenas. Também poderemos explorar os céus no lombo de um monstrinho, e mais alguns detalhes aqui e ali. Mas no fundo, ainda é Pokémon. Prevejo horas de grinds, hordas de oponentes, líderes de ginásios e uma Elite Four no final.

Vamos deixar as coisas mais interessantes

Minha abordagem neste Log será uma mescla de diário e exercício literário. Anotarei alguns acontecimentos enquanto me aventuro e depois os relatarei aqui, dramatizando os momentos mais emocionantes e registrando todas as perdas. Pois haverá baixas, claro. Para quem acompanha a série Nuzlocke Challenge, irá se sentir confortável aqui. Não que eu saiba desenhar, mas alguns rascunhos poderão dar as caras eventualmente ao longo dos posts.

A saga de Ruby no Nuzlocke Challenge continua até hoje, e a história já está no terceiro jogo.

As regras:

  1. Se um Pokémon for derrotado (fainted), ele será sumariamente deletado;
  2. Capturar somente o primeiro Pokémon encontrado em cada área, e nada mais;
  3. Caso perca todos os Pokémon em uma batalha (white out), o jogo acaba, e deverei apagar o save.

Extremo apenas pela diversão

Não estava planejando jogar assim. Por uns seis meses, fiquei preparando uma equipe para usar em ORAS, o que deu muito trabalho e pesquisa. Nunca tive muita paciência para fazer o poké perfeito, o que explica minha ausência da comunidade competitiva do Blast. Quando quero batalhar com algum jogador, monto um time com os “melhores” e parto para a briga. O resultado geralmente é catastrófico.


Apesar de ter alguns breeds com habilidades raras (e até alguns com esta ciência estranha que chamam de max IVs)  guardados em uma caixa especial no Pokémon X, prefiro usá-los em uma próxima aventura. Não quero perder horas e horas de trabalho numa possível vacilada durante este desafio. E vou tentar me divertir ao máximo fazendo isso.

Não é a primeira vez que descrevo uma aventura, mas é a primeira vez que tento fazer isso em série - não prometo um capítulo por semana, mas escreverei sempre que puder.

Vamos lá!

Parte 1 - A sexta geração foi estranha

Com o anúncio de Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire, decidi que montaria um grande time para compensar as vaciladas cometidas em Kalos.

Em 2013, achava que era um ótimo treinador. Que cinco gerações de ótimas experiências seriam o suficiente para não se preocupar com o que a Team Flare jogasse em minha direção, ou seja lá o que o Campeão da Elite Four traria.

Ha! Kalos!. Vai ser mais fácil do que conquistar a França no verão!

Depois de algum tempo notei que estava tentando invadir a Rússia no inverno.


Meu primeiro engano foi na escolha do starter. No dia que comecei a jogar, estava no Terminal Tietê, em São Paulo, com mais alguns amigos feitos no evento de lançamento. Fiquei surpreso com a atitude de um deles, que logo após pegar seu inicial e ver seus atributos, friamente recomeçou o jogo.

- Por quê!?
- Não são os atributos certos.

Não entendia muito bem aquilo, na época. Como assim, atributos certos? Acho que ele recomeçou mais umas três vezes, e quando começou de fato a sua jornada, eu já estava capturando pokés na floresta de Santalune com minha Fennekin. Me pergunto como ele está, hoje em dia.

Sem buscar praticamente nenhuma informação que não seja dentro do jogo, aos poucos notei que Fennekin não combinava muito com meu estilo de batalha. Decidi substituí-la por um Charizard pouco antes de desafiar o sexto ou sétimo líder de ginásio.

Outro grande erro foi confiar demais nas aparências. Antes mesmo de por as mãos no jogo, já havia decidido que teria um Pancham entre os seis. É um panda, cara! Um panda lutador!


Em homenagem a um dos meus MMORPGs favoritos, carinhosamente apelidei-o de “For Pandaria!” e depois de algum tempo fui percebendo que o grandalhão Pangoro era na verdade uma florzinha. Seu baixo atributo em Defense, Sp. Defense e sua mais baixa Speed não compensavam os poderosos socos que desferia. Troquei-o antes mesmo da Delphox.

Mas minha verdadeira decepção foi com Tyrantrum. Por mais poderosa que fosse sua combinação pedra/dragão e seus ataques físicos, sua baixa defesa era vergonhosa. Um Surf dado por um Poliwhirl dez níveis abaixo (UM POLIWHIRL!) o derrubou numa só pancada, e logo depois disso ele ganhou um lugar permanente na Box 8, e de lá nunca mais saiu.

Quando cheguei na Elite Four, o time era mais ou menos assim:
  • Rey Mysterio (Hawlucha);
  • Emolga (substituindo o Pangoro);
  • Leafeon;
  • Charizard (substituindo a Delphox);
  • Gengar;
  • Garchomp (substituindo o Tyrantrum).
Rey Mysterio foi um dos que mais me surpreendeu na sexta geração. Primeiro por que ele é um luchador, e segundo por que ele luta como um. Emolga, um favorito desde Unova, sempre salvava o dia paralisando geral e fugindo com Volt Switch. Com o Gengar, minha velha estratégia de pôr o primeiro oponente para dormir e usar Curse, para depois explodir numa segunda vítima continuou a dar certo. Leafeon e Mega Charizard X eram os sacos de pancada.

É difícil dizer não para este rostinho.

Por mais incrível que pareça, Leafeon consegue segurar muita porrada, ao mesmo tempo que se recupera com Giga Drain. O velho Charizard, agora um dragão graças à Charizardite X, e o Garchomp (que alternava as mega evoluções com Gengar e Charizard) eram os porradeiros da equipe, assegurando o dano.

Apesar disso, demorei bastante para passar pela Elite Four. Substituir o time no meio do jogo desperdiçou uma preciosa quantidade de XP adquirida ao longo do gameplay, e a defasagem de níveis me obrigou a passar cerca de uma semana apenas treinando os novatos. Depois de mais ou menos um mês e meio de jogo, uma quantidade absurda de Full Restores e muitos palavrões, venci a Campeã da Liga e sua Mega Gardevoir (que facilmente deitava metade da minha equipe num só golpe).


Foi uma sexta geração conturbada. Recomeçarei do zero em ORAS, e para deixar a coisa mais divertida, aceitarei o Nuzlocke Challenge. Agora é só uma questão de esperar até o lançamento do jogo aqui no Brasil.

E então, o que acham, amigos leitores? Alguns já estão se aventurando por Hoenn a esta hora, e alguns até devem ter chegado à Elite Four. Algum conselho ou dica para este aventureiro? Precisarei de muito mais do que a sorte para sobreviver à esta jornada, então aceito qualquer aviso!

Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Diego Sato

Siga o Blast nas Redes Sociais

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).