Bayonetta 1 e 2 num único pacote trazem para o Wii U ação e sex appeal

Com a versão original e sua sequência, novas armas, roupas inspiradas em personagens da Nintendo e modo co-op online, testamos tudo que Bayonetta 2 tem a oferecer.

em 23/06/2014
Essa E3 certamente serviu para tirar vários estigmas que pesavam sobre os ombros da Big N: que o Wii U estava “morto” e não tinha jogos; que ela era “incapaz” de criar franquias novas e, graças a Devil’s Third e Bayonetta 2, eliminou de vez o estigma de que “só tem jogo de criança para os consoles da Nintendo”. Antes de mais nada, caso ainda não estejam acreditando, Bayonetta 2 continua exclusivo do Wii U e o videogame da Big N receberá não só ele como também uma versão completa do primeiro jogo, com vários extras, tudo no mesmo conjunto.



Uma bruxa com muitos... atributos

Para quem não conhece, Bayonetta conta a história de uma Bruxa Umbra, que dá nome ao jogo, que acorda de um sono de 500 anos sem se lembrar de seu passado. Invocando poderes oriundos de seus cabelos e monstros no inferno, ela luta contra hordas de criaturas angelicais enquanto tenta resolver os mistérios que cercam sua vida.

O jogo é estilo Hack n’ Slash, podendo realizar combos com armas de corpo a corpo e longo alcance. Uma das (várias) peculiaridades do título é que boa parte dessas armas são acopladas nos membros da protagonista. Por exemplo, no começo do jogo, Bayonetta conta com quatro pistolas, uma em cada braço e uma em cada pé. Realizar combos ativam invocações de pés e mãos gigantes de monstros, e podem resultar em quick time events nos quais a bruxa consegue dar danos brutais aos inimigos em sequências de tortura. Essas técnicas especiais requerem que a bruxa use suas preciosas madeixas. Até aí tudo bem, mas outra peculiaridade é que a roupa da protagonista também é formada de seus cabelos. Ou seja, quanto maior e mais forte o combo… bem, digamos que mais frio Bayonetta sentirá.

... se é que me entende
Embora seja Hack’n Slash, fique atento: o jogo não cai na monotonia ou marasmo por um segundo sequer. Isso, é devido às excelentes mecânicas de combate que, embora simples, são bem diversas e possibilitam dezenas de combos diferentes. Isso, aliado às diferentes armas que podem ser adquiridas e os upgrades e técnicas que podem ser comprados, já seria o suficiente, mas a bruxa também conta com o Witch Time, um modo no qual os inimigos ficam em câmera lenta e é ativado ao desviar de um golpe quando ele está prestes a acertar. Os ranks e medalhas dados ao final de cada capítulo e suas partes também proporcionam um grande fator replay para aqueles que adoram fechar em 100%.

Combate evoluído e diversificado

Bayonetta 2 continua com as mecânicas principais da série, mas as expande, possibilitando ainda mais combos e transformações por parte da bruxa, além de seções com um gameplay bastante diferente, como a batalha nos ares contra um dragão gigante do inferno que a própria protagonista invocou para lhe ajudar. Falando nele, a criatura é responsável por desencadear a trama do jogo. Jeanne, outra bruxa Umbra e ex-rival de Bayonetta, decide ajudar e acaba tendo sua alma levada para o inferno pelo demônio. Cabe então a Bayonetta resgatar sua amiga enquanto foge de um exterminador de bruxas, que jurou acabar com todas as Umbras do planeta.


Além da já citada batalha aérea, a bruxa vai contar também com uma Mecha Suit e uma nova habilidade, o Umbran Climax, possibilitando invocar demônios quando bem quiser (e tiver mágica o suficiente no medidor para isso). As armas ficaram ainda mais diversas: dentre os destaques, temos a Kafka (não, não estou falando da comida árabe), um arco que atira flechas venenosas, Rakshasa, um par de katanas e um mix de foice gigante com rifle, conhecido por Chernobog. Outra novidade, mas que não pudemos testar, é o modo co-op online para dois jogadores, no qual ainda será possivel apostar halos (a moeda do jogo) para ver quem terá a melhor performance e depois gastar os ganhos na loja da campanha principal (ou chorar pelas perdas).
Para todo tipo de jogador
Hack’n Slashes ocasionalmente são conhecidos por sua brutalidade impiedosa para com o jogador, enviando hordas de inimigos a um pobre e único indivíduo exterminar. Bayonetta garante que qualquer tipo de gamer se sinta bem-vindo contando com três níveis de dificuldade (e se manter o padrão do predecessor, um quarto desbloqueável). Além disso, aproveitando o GamePad, tem um modo de jogo, o Touch Play, que se dá completamente através da tela de toque do mesmo. Dá-lhe Platinum, aproveitando de todos os recursos do console!

Jogo antigo com “roupagem” nova

O Bayonetta original, que virá incluso tanto em mídia física quanto digital, vai contar com diversas novidades também. Por enquanto, Hideki Kamiya restringiu as novidades às roupas inspiradas em personagens da Big N, mas deixou a entender que mais ainda está por vir. Já temos a confirmação de uma vestimenta da Peach, através da qual halos se tornarão as moedas da franquia Super Mario, e os braços e pernas demoníacos são substituídos pelos do próprio Bowser. Já a roupa do Link, permitirá que a bruxa colete rupees e substitui uma de suas lâminas pela icônica Master Sword. E não para por aí: ainda importa alguns sons clássicos da franquia, como o de abrir baús. A da Varia Suit ainda tem um certo mistério, só sabemos que será possível fechar e abrir o capacete da bruxa a qualquer momento, incluindo cutscenes — o que pode deixar algumas cenas ainda mais hilárias e interessantes.

Diversificando a biblioteca do seu Wii U

Dando um belo de um “cala boca” naqueles que profetizavam seu cancelamento, Bayonetta 2 mostrou toda a sua ação sangrenta, humor negro e sex appeal (e quanto sex appeal!) nessa E3 e deu uma lição de casa a empresas que lançam jogos atuais de suas franquias em consoles de empresas que não receberam as versões anteriores (sim, Mass Effect e Assasin’s Creed, estou falando com vocês). Essa pérola, que conterá dois jogos pelo preço de um ,chega no mês do dia das bruxas, outubro, (coincidência?) e vai dar um frescor ao seu Wii U, que há tanto roda os gráficos ensolarados de Donkey Kong e Super Mario.


Revisão: Vitor Tibério
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