Yoshi’s Island DS é uma carga de nostalgia, tanto para os jogadores como para os personagens!

Relembre um dos melhores jogos do Nintendo DS e aventure-se novamente pela ilha responsável pelo bigodudo mais famoso da história dos videogames!

em 15/03/2014
Já colocando a minha opinião em risco na primeira frase do texto, eu devo dizer que sou apaixonado por Yoshi’s Island. A sua jogabilidade ousada que foge dos padrões dos outros Super Mario por aí deve ser o maior responsável por isso pois, desde que joguei Super Mario World (SNES), sou vidrado no dinossaurinho que sempre ajudou Mario em suas aventuras. Poder jogar algo estrelado por ele? Ótimo. Poder ver até o Bowser depender disso? Ah, mais que perfeito.

Mais uma vez na Ilha dos Yoshis

Como uma sequência do original Super Mario World 2: Yoshi’s Island (SNES), a história do jogo se passa após os eventos do clássico de Super Nintendo. Após uma tentativa falha de interceptar os bebês Mario e Luigi, Kamek inicia um novo ataque com uma estratégia diferente: roubar todos os bebês de Mushroom Kingdom. A cegonha não podia deixar isso acontecer e fez o possível para impedir os servos dele de executarem o plano, o que fez dois bebês caírem na já visitada Ilha dos Yoshis. Quem foram os bebês? Mario e Peach.

Determinado a salvar seu irmão mesmo antes de saber falar, Mario recebe ajuda dos Yoshis mais uma vez em sua busca. Todavia, dessa vez ele não está sozinho, já que a pequena Peach também deseja cooperar. Além dos dois, no decorrer da trama, outros bebês se unem ao grupo com seus mais diversos motivos, mas todos visando a sobrevivência e a escapatória dos planos maquiavélicos de Bowser. Reparem que eu não disse “bebê Bowser”.

Numa viagem ao passando, o Rei dos Koopas descobriu que existem sete bebês que carregam um grande poder dentro de si denominados “Star Children”, e aquele que obtiver os sete terá total domínio do mundo. Colocando o seu objetivo acima até de sua própria existência passada, mesmo o bebê Bowser se vê ameaçado pelos planos de seu eu futuro, acabando por se unir a Yoshi e companhia para poder confrontá-lo de igual para igual. Achava difícil ficar correndo atrás só do Mario no primeiro jogo? Ficar correndo atrás de seis é a verdadeira prova de babá dos dinossaurinhos.

Supernanny pré-histórica

Como eu dizia antes, sempre gostei do Yoshi. É um personagem muito carismático mesmo não dizendo nada, pois suas ações por si só já falam por ele. Falo agora como conjunto de sua raça, já que no jogo nós temos diversos dinossaurinhos ao nosso controle, mas veja como todos são heroicos, destemidos e leais. Eles não se importam de colocar-se em perigo por bebês que de nada influenciariam em sua vida, apenas para protegê-los e ajudá-los em seus objetivos. Além de tudo, eles não discriminam e não são preconceituosos, independente de quem lhes pede ajuda, salvando até aquele que um dia lhes ameaçou a vida. Não acreditam? Vejam só quem eles já carregaram nas costas!

Baby Mario: Claro, quem deu início à busca precisava aparecer aqui, não é? Quando montado no Yoshi, o dinossauro consegue correr mais rápido e seus ovos parecem ganhar certa elasticidade pois, quando atingem uma parede, ricocheteiam até três vezes. Além disso, sua mera presença faz certos blocos (chamados M Blocks) se materializarem!

Baby Peach: A pequena princesa de Mushroom Kingdom já tinha um espírito aventureiro quando bebê. Se Yoshi a estiver carregando, ela poderá abrir seu parasol e estender a altura e distância do flutuar que o dinossaurinho faz ao mover as pernas no ar. Além disso, ele é excelente para tirar proveito de fortes brisas!

Baby Donkey Kong: Provando que os Yoshis não possuem preconceito racial, cá está um gorila nas costas dos dinossauros! Donkey sempre foi parrudo e truculento, e antes de enfrentar os Snomads em Tropical Freeze ele já dava trabalho para os soldados de Bowser, podendo atingí-los com poderosas ombradas, potencializando os ovos de Yoshi como bombas e subindo em cipós. Sim, carregando o Yoshi junto. Eu sei, é assustador pra um bebê.

Baby Wario: O primo de Mario era ganancioso desde pequeno, tanto que é o único bebê que anda por aí com um ímã para poder atrair moedas e tesouros para si! Claro que esse ímã também é útil para outros fins, como mover plataformas e blocos metálicos, mesmo através de paredes. Quem diria que um dia a ganância iria ter bons resultados!

Baby Bowser: Mesmo o vilão da velha história teve de recorrer ao dinossaurinho e não teve a ajuda negada! Em troca, Bowser ajuda com suas poderosas chamas, capazes de derreter o gelo, quebrar algumas paredes e são até mais potentes que os ovos de Yoshi! Entretanto, não é possível ingerir inimigos e transformá-los em ovos enquanto o príncipe estiver em suas costas.Se ainda tiver dúvidas da tamanha integridade dessas criaturinhas, tente ouvir o riso delas. É sério, tente. Não haverão mais dúvidas.

Transcendendo o céu, terra, mar e tempo

Para ajudar seus protegidos, os dinossaurinhos estão dispostos até a abandonar a sua forma normal e se tornarem veículos, tudo pelo bem maior. Esse tamanho altruísmo é outro fator determinante na hora de ver o verdadeiro valor dos Yoshis, afinal, quem estaria disposto a se transformar nessas coisas e arriscar sua forma real pelo bem de alguém que mal conhece?
Helicopter: Na forma de helicóptero, os Yoshis podem voar pelos céus de forma independente e livre, porém precisam ter cuidado redobrado com os oponentes aéreos, pois um único ataque pode levá-los ao chão!
Submarine: Se acha que os céus são perigosos, espere até ver debaixo d’água. Aqui o território é cheio de oponentes vorazes e que não temem a forma que Yoshi tomar, dispostos a atacá-lo sem misericórdia. Ao menos agora não precisamos nos preocupar com ar.
Mole Tank: Por fim, mesmo a terra irá ceder às garras deste tanque subterrâneo, escavando o caminho para a superfície. Apesar dos controles complexos, Yoshi pode se dar bem se não ficar indo e voltando muito. Só tome cuidado: a luz no fim do túnel pode acabar sendo uma bola de fogo!
E se isso tudo não lhe convenceu, pensem na história que Mario passou ao lado desses seres. Desde tempos antigos que acompanham o crescimento desses bebês, alguns deles nunca sequer voltaram para ver como seus salvadores estavam, outros o traíram, mas eles nunca guardaram remorso algum ou tentaram retaliação. É sério, esses bichos são perfeitos.

Um laço eterno

O título dessa última parte tem um duplo sentido. Ela se refere a relação entre Mario e Yoshi que, independente do que veio a acontecer nessas décadas que se seguiram, continuaram lado a lado até agora. Mesmo com o corte de contato com os outros bebês, o laço entre o bigodudo mais famoso dos videogames e o dinossaurinho verde é atemporal.

Sim, o 3DS é meu. O Yoshi também.
Eu disse que gosto dele.
De forma similar, reservo esse espaço para descarregar (mais um pouco) a nostalgia que essa franquia carrega. Sabe, me pergunto se o Mario também lembra desses tempos de criança, onde mesmo o mundo parecendo enorme, tudo podia ser resolvido quando se tinha um objetivo e não se desistia dele. Bem, tanto eu como ele tivemos um parceiro que não nos deixou desistir até o fim, e que mesmo na situação mais perigosa, nos carregou nas costas.

Yoshi’s Island DS foi uma continuação mais do que digna para o clássico de SNES e fez um excelente trabalho em devolver o foco ao Yoshi e em todo o potencial que ainda possuía. Bem, sempre há espaço para mais e a aventura deve continuar em Yoshi’s New Island (3DS) muito em breve! E você, depois de ver tudo que esse dinossaurinho já fez por nossa diversão e pelo futuro de Mushroom Kingdom, pense duas vezes antes de descartá-lo só pra alcançar um ponto mais alto da fase.
E se não comprou o seu ainda, não perca tempo e peça já o seu pela Geekverse para voltar a viajar pela ilha dos Yoshis!

Revisão: José Carlos Alves
Capa: Vitor Nascimento
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