Muito ritmo e músicas hit para batucar os bongôs com o musicalíssimo Donkey Konga (GC)

em 15/12/2013

Lançado no longínquo ano de 2004 (o tempo passa...), Donkey Konga foi um divisor de águas para os jogos do gênero musical simuladores de ... (por Jaime Ninice em 15/12/2013, via Nintendo Blast)

Lançado no longínquo ano de 2004 (o tempo passa...), Donkey Konga foi um divisor de águas para os jogos do gênero musical simuladores de instrumentos, um dos pioneiros neste estilo. Acompanhado de um par de bongôs, o game o fazia se sentir o "rei da festa" e, na companhia de mais três amigos, a diversão não podia ser menos do que "total"! Vamos relembrar neste Blast from the Past os velhos tempos na onda deste jogo do mais famoso símio da Nintendo, tudo ao ritmo de muito pop e levadas quentes batucando sem parar com a turma da macacada da Big N!

O início de uma história de sucesso!

O que será que tem dentro deste barril? Hum...
A história de Donkey Konga começa com Donkey e Diddy Kong caminhando em uma remota praia quando, de repente, dão de cara com um instrumento no mínimo curioso. Após presumirem do que se tratava, com Donkey balançando para ver o que tinha dentro dos barris e menções a algo que poderia vir de King K. Rool, eles resolveram levar o notável instrumento a Cranky Kong. Este os disse que se tratava de um bongô, instrumento com semelhanças à bateria e tocado na forma de batuques. Sendo assim, eles começaram a dar umas batucadas e notaram algo estranho quando Donkey bateu palmas ao rir da performance de Diddy. Cranky atentou para o fato de que, ao bater palmas, o bongô ressoaria, produzindo som. 

Cranky também os incitou a levar a sério esta nova empreitada, dizendo que deveriam praticar para, com muito esforço, tocar bem, afinal, “Ninguém é profissional logo de cara, todos têm que praticar” - sábias palavras do mestre. Ao que os jovens disseram: “Poderemos ser famosos e ricos, com montanhas de dinheiro capazes de comprar tudo o que quisermos… tantas bananas quantas poderíamos comer!”
Muitos dos cenários de fundo em Donkey Konga são inspirados nos jogos da série Country e em cenários paradisíacos!
Donkey Konga foi um dos antigos jogos do início do século XXI, ainda na era 128-bit. Lançado no ano de 2004 em terras americanas (o jogo teve uma aparição na EGS 2004, primeiro evento de games realizado no Brasil, em novembro do ano corrente no Expo Center Norte, local onde atualmente ocorre a Brasil Game Show), o game trouxe uma nova inspiração para os donos de GameCube que procuravam uma novidade em gameplay (como podem ver, a Nintendo já dava seus passos em direção a toda onda inovadora que viria a seguir com o Nintendo DS e o Wii). A saudosa parceria com a Namco também viria a calhar, como uma possível substituta da Rare, além de trazer alguns títulos exclusivos para a época, como Tales of Symphonia, Baten Kaitos: Eternal Wings and the Lost Ocean, I-Ninja, P.N.03 e Soulcalibur II.


Nos embalos dos hits tropicais

A ideia de Donkey Konga era simples: conecte seu par de bongôs na caixinha azul da Nintendo, também conhecido por GameCube, e comece a batucar em músicas que embalaram as curtições e pistas de dança, desde os anos 1960 até o final do século XX, tudo seguindo as marcações na tela que indicavam a ordem e a posição que deveria tocar. As posições eram simples e consistiam em bater do lado esquerdo, direito, com os dois lados ao mesmo tempo e batendo palmas. Tal quantidade de notas na tela era suficiente para testar a coordenação motora dos jogadores nos ritmos impostos pelas músicas, além de poder causar complicações em dificuldades maiores, com a presença de mais notas na tela e com maior velocidade de aparição a cada compasso.

Temas clássicos como Zelda e Pokemon podem entreter os fãs por horas a fio!
O modo Street Performance permitia que você fosse ganhando medalhas a depender de sua colocação no game, quantidade de acertos no tempo - entre perfeito, bom e mal -, além dos desejáveis combos, que permitiam ganhar cada vez mais dinheiro. E, se não bastasse, à medida que você completava as canções, poderia ganhar moedas DK. Entre os níveis de dificuldade, eles iam do Monkey, passando pelo Chim e, por último, Gorilla, este aconselhável apenas para experts e desbloqueado através da lojinha do game, a DK Town, onde podiam ser compradas desde músicas para este modo até minigames e efeitos sonoros para os nossos bongôs.

Sinta-se em uma orquestra!

Uma das coisas mais legais de se presenciar ao jogar Donkey Konga é a sensação de diversão e bem-estar entre os amigos, e os modos multiplayer mostram bem isso. O chamado Jam Session é composto de solo, dueto e quarteto, este último com nível de dificuldade único. Há ainda o interessante modo Challenge, onde dois competidores disputam para ver quem faz mais pontos, com direito a diversos itens para apimentar a disputa, como caça-níqueis e botões POW.
Diversas são as construções musicais que podemos sentir ao tocar as músicas em conjunto, e elas vão desde cânones, toques em uníssono, pergunta e resposta alternando entre diferentes jogadores e movimentos seguidos. Ou seja, um encadeamento entre players e botões de ação se confrontando o tempo todo e seguindo o ritmo da música, capazes de lhe fazer se sentir literalmente em uma orquestra de verdade!
E a festa rola solta com um bom modo multiplayer para até quatro pessoas!

Diferentes versões, diferentes músicas

Apesar das similaridades com a versão americana, tanto a versão japonesa quanto a europeia de Donkey Konga contêm algumas músicas diferenciadas nas set-lists, com temas que representam ainda mais a força de suas regiões. É interessante notar a troca do tema de Kirby  e Pokémon da versão americana para o de Donkey Kong Country e Super Smash Bros. Mellee na versão europeia, e também na do comercial de Pikmin, presente na versão japonesa, no lugar de The Legend of Zelda das outras versões, além de muitas canções de anime e novelas japonesas presentes na versão da terra do sol nascente.




Lista das músicas das versões Americana, Europeia e Japonesa. Arte: Daniel Machado


E você leitor, teve a oportunidade de jogar Donkey Konga? Caso ainda não tenha, saiba que ainda há tempo, seja em eventos de jogos antigos, em lojas virtuais e de trocas, mesmo que usados, ou na casa daquele seu amigo colecionador ou “GameCube fag”. Seja como for, a diversão de Donkey Konga ainda pode garantir a alegria de muita gente. Basta ligar o som no volume máximo e batucar sem parar nos embalos do ritmo tropical! “Is the rhythm in you?”

Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Felipe Araujo

Jaime Ninice é cravista, formado pela UFRJ, e mestre em música na mesma instituição. Sua paixão por games, eventos e revistas o levou a escrever e revisar artigos desde 2010 no @Blast. Hoje é redator das publicações impressas sobre retrogames WarpZone.me
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