Muito tempo atrás, em uma galáxia muito distante, houve não somente um game para Super Nintendo, mas toda uma trilogia que misturava os gêneros plataforma, ação e aventura com tensos momentos de batalha de naves e uma história retirada diretamente de uma das melhores franquias já criadas por um humano. No começo do mês você teve a oportunidade de relembrar Super Star Wars e hoje está na hora de relembrar sua sequência, em mais este Blast from the Past.
Parece o primeiro, só que mais difícil
Em Super Star Wars: The Empire Strikes Back, popularmente conhecido simplesmente como Super Empire Strikes Back, o jogador é levado direto para o contexto do segundo filme, também o quinto episódio da série. Aqueles que já haviam jogado o primeiro game da franquia para SNES não tinham como negar: o jogo estava muito parecido com seu antecessor.
Yoshi chega com tudo neste game! Digo, digo... |
A primeira diferença que o gamer encontrava, no entanto, era a possibilidade de se usar um Yosh... digo, um Tauntaun, espécie de reptomamífero bípede, para auxiliar em sua jornada. Ele despontava logo no primeiro estágio do game e podia ser montado ou desmontado livremente. Apesar de não proporcionar o uso de habilidades diferentes, ele servia como um grande escudo ambulante, além de ser ligeiramente mais veloz que os personagens principais.
Incrivelmente mais difícil
Um dia calmo em Hoth. |
Não, leitor, não estamos tentando nos valer do exagero para fazê-lo acreditar que este era um game com desafios elevados ao nível máximo, mas sim falando a verdade. Apesar de contar com três níveis de dificuldade, "fácil", "bravo" e "jedi", todos os níveis colocavam quantidades absurdas de inimigos aparecendo a cada passo dado, com pouco tempo para abatê-los antes que tocassem no personagem, tornando a travessia dos níveis de plataforma algo digno de pena.
Não é a toa que o nome do último nível é "jedi", pois provavelmente seriam necessários reflexos de um jedi para completar o jogo nesta dificuldade. O game ainda tentou dar uma nova chance ao jogador, permitindo que os personagens dessem um segundo pulo no ar, que o sabre de luz de Luke fosse capaz de rebater projéteis, e dando uma arma secundária para os demais protagonistas (no primeiro game, apenas Luke era capaz de trocar de arma).
E não esqueça dos chefes. |
Os estágios de plataforma, aliás, tornaram-se assustadoramente perigosos, se comparados aos do antecessor. Se no primeiro Super Star Wars isso só acontecia nos níveis mais avançados, neste game os abismos estão presentes desde o primeiro estágio. Basta um pulo mal-calculado e você verá seu personagem despencando em direção a uma parede de espinhos — mais uma vez: desde o primeiro estágio.
Mas também ainda mais bonito
Se você jogou ou leu nosso artigo, já sabe que o primeiro Super Star Wars tinha gráficos surpreendentemente bem detalhados para um game do início da vida do console de 16 bits da Nintendo. Também sabe que os sons e, principalmente, a trilha sonora pareciam retirados diretamente dos filmes.
Tudo lindo, menos o "Darth Colorader". |
Aqui o que não melhorou pelo menos manteve-se como no antecessor. Os gráficos estão ainda mais bonitos e as músicas contém referências ainda mais identificáveis, sendo notável o uso de instrumentos midi ainda mais elaborados do que no primeiro game. A inclusão de vozes como efeitos sonoros também deu um ar novo ao game. Vale ressaltar que a batalha final traz ainda mais empolgação, pois o jogador confronta ninguém menos do que o lorde do mal, Darth Vader.
Super Star Wars: The Empire Strikes Back, assim como os outros dois games da trilogia para o Super Nintendo, chega para provar que um game não precisa simplesmente conter altas doses de desafio para ser considerado ruim. Muito embora os jogos de hoje em dia contem com uma infinidade de regalias para auxiliar o jogador a prosseguir, tanta complexidade garantia que o gamer ia demorar ainda mais para conseguir terminar o jogo. Isso, é claro, se ele simplesmente não desistisse na primeira fase. E você, leitor, já chegou a por as mãos neste desafiador game? Conte suas experiências para nós!
Revisão: Alex Sandro de Mattos
Capa: Stefano Genachi