Um pouco de tudo
"Abre a boquinha". |
Logo na primeira fase do game você encontra Luke Skywalker com uma arma de raios em meio a um deserto, devendo lutar por seu caminho até encontrar um terrível Sarlacc, a quem deve derrotar, tudo no melhor estilo Metal Slug. Ali ele encontra C-3PO, que o orienta a encontrar seu amigo R2-D2, capturado pelos Jawas e levado ao Sandcrawler.
Planando pelo deserto. |
Conforme o jogo vai progredindo e a história se desenrolando, o jogador passa a ser capaz de escolher entre Luke, Han Solo e Chewbacca, alternando entre mais algumas fases de ação, algumas de plataforma, algumas ao mesmo estilo Speeder, e até mesmo um verdadeiro beat'em-up localizado no interior da cantina de Mos Eisley.
Considero sua falta de fé perturbadora
Vale mencionar que o nível de desafio imposto pelo game não é nem um pouco baixo, exigindo do jogador bons reflexos, coordenação nos comandos e, claro, muita paciência. Nada impossível, é verdade, mas passar por vários desafios em níveis mistos para ver uma tela de Game Over depois de colidir com a X-Wing no último estágio é deveras frustante.
Isso, é claro, também ajuda a aumentar a longevidade do título. Considerando que o jogo tem um total de quinze estágios, tal desafio garante que o jogador passará muito tempo com ele antes de conseguir terminá-lo. Para uma geração acostumada com vidas infinitas e tutoriais em cada esquina isso pode ser algo ruim, mas os gamers mais entusiastas adoraram.
Como num filme
Se os movimentos de alguns personagens não são tão fluidos quanto os críticos gostariam, isso é compensado pela beleza do título, tanto gráfica quanto sonora. Esta última abusa de temas retirados diretamente dos filmes e reformulados para caberem num cartucho de 16 bits. Os sons também não são nada mal-feitos, e lembram bastante os originais do cinema.
Quanto aos gráficos o game oferece algo em torno do melhor que o SNES poderia oferecer. Apesar de lançado ainda no início da vida do console, em 1992, é tudo muito bonito e bem trabalhado, sendo tão fiel à franquia cinematográfica quanto possível.
O game só peca, em minha opinião, nas armas e itens. Ainda que seja possível aprimorar sua pistola a níveis extraordinários, basta um erro e seu personagem voltará com uma arma mais fraca que um atirador de ervilhas. E mais: ainda que Skywalker seja capaz, em níveis mais avançados, de usar seu sabre de luz (com um breve som de "use the force, Luke" ao ser escolhido), na maior parte das vezes esta é a escolha estúpida a se fazer. A arma não é tão forte quanto uma saraivada de tiros, e ainda deixa o personagem infinitamente mais vulnerável aos ataques inimigos.
Um game quase tão memorável quanto os próprios filmes que o inspiraram, Super Star Wars tem seu lugar especial nos corações dos fãs de Super Nintendo e de Guerra nas Estrelas. E você, leitor, já teve a oportunidade de jogar este jogo desafiador? Conte suas experiências para nós e ajude a complementar este artigo.
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Igor Silva