Um estilo que fez a cabeça dos jogadores na década de 1990 e que acabou sendo um pouco deixado de lado nos dias atuais foi o dos clássicos jogos de "navinha", os shooters 2D, nos quais você tem alguma espécie de veículo armado e vai progredindo automaticamente pelo cenário, vez ou outra encontrando um chefe. Nesse estilo, os jogos que fizeram minha cabeça na infância foram as versões para Master System de R-Type e Astro Warrior (este último em sua versão brasileira, Sapo Xulé: S.O.S. Lagoa Poluída).
Mas o jogo do qual relembraremos neste Blast from the Past não é nenhum desses que eu citei. A obra de arte em forma de atirador espacial criada pela Konami e que começou no ano de 1985 no MSX é a franquia Gradius. Se você, diferente da Luciana Anselmo, teve um Super Nintendo e não jogou Gradius III, prepare-se para tirar a poeira do console.
Em um futuro distante, humanos e perigosas raças alienígenas se enfrentam pelos recursos dos planetas do universo. Entre os inimigos dos humanos existem os vacterions, alienígenas sedentos de poder que querem continuar a conquistar outros mundos e escravizar seus habitantes. No entanto, representantes de vários planetas - inclusive da Terra e de um planeta chamado Gradius - resolvem colaborar entre si e enviar um guerreiro representante de sua raça em naves espaciais com armas e muita munição para enfrentar os vacterions.
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| Das profundezas do inferno... |
Com um enredo tão simples como esse, é incrível como a franquia conseguiu se destacar em meio a tantos outros games de estilo similar. Gradius III conta com um esquema de progressão infinita, no qual a nave do jogador vai passando por diversos estágios, um atrás do outro, dando uma sensação de continuidade sem precedentes. É tudo como se realmente fosse uma grande e épica jornada pelas estrelas.
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| ...até a Ilha de Páscoa. |
E falando em epopeia, a trilha sonora do game casa plenamente com cada momento de jogatina, seja pelos mares gelados do planeta aquático ou pelas montanhas quentes do lugar infernal, a música consegue transmitir perfeitamente a sensação de estar realmente naquele lugar. Uma dica para os entusiastas é jogar com fones de ouvido.
Personalizando sua nave
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| Achamos que, contra esse cara, você vai precisar. |
- Speed Up: Um simples power-up que aumenta a velocidade da nave. Pode ser tão útil quanto perigoso se o jogador não souber manejar a nave com precisão, já que facilita tanto a evasão de projéteis inimigos quanto a colisão com obstáculos;
- Missile: Uma série de mísseis que disparam automaticamente enquanto a nave também estiver disparando. Podem cair tanto para a frente quanto para trás, para cima ou para baixo. Em contato com o chão ou teto da fase, varrem a superfície até encontrar um inimigo ou obstáculo;
- Double: Um duplicador de disparos que faz com que projéteis extras sejam disparados a cada tiro da nave. Pode ser encontrado em versões que atiram para cima, para trás ou na diagonal;
- Laser: Exatamente o que o nome dá a entender: substitui os projéteis normais por lasers. Também remove o efeito do Double, então deve ser utilizado conforme a preferência do jogador;
- Option: A tradicional Option da série Gradius invoca uma ou mais esferas companheiras que imitam todos os movimentos da nave, inclusive os disparos e power-ups;
- ? (Shield): Fornece diversas opções de escudos protetores para a nave, inclusive a redução do tamanho da mesma;
- ! (Variados): Um power-up extra e o menos útil de todos, já que fica no final da fila e fornece basicamente as mesmas opções dos outros.
O game oferece conjuntos de power-ups já predefinidos, mas o mais legal mesmo é o editor, que permite a cada jogador personalizar o tipo de item que deseja em cada categoria. Infelizmente, não é possível mudar a ordem da fila.
O futuro do passado
Gradius III continua sendo uma excelente opção para os fãs do gênero da "navinha", os clássicos shooters 2D. E o melhor é que, se você não possui um SNES, ainda pode adquiri-lo no Virtual Console. Já teve a chance de experimentar este maravilhoso jogo do passado? Conte sua experiência para nós e ajude a complementar este artigo!
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Stefano Genachi
