Eu sempre fui fã de games de corrida. Alcançar as maiores velocidades mecanicamente possíveis a um carro em Need for Speed, velocidades ainda maiores em F-Zero ou simplesmente chegar em primeiro utilizando métodos traiçoeiros em Mario Kart são coisas que sempre me deixaram animado. Contudo, estas três séries que eu acabei de citar têm uma coisa em comum: todas te dão uma perspectiva frontal do que acontece na pista.
Acrobacias na lateral
Monociclos vivos? |
Se por um lado a perspectiva lateral pode parecer suavemente facilitada para alguns, todos os que jogaram sabem a verdade: pistas que acabam de repente ou têm sua direção de fluxo alterada do nada não são itens incomuns por aqui. Isso sem contar dos trechos singulares da pista, como as poças de lama, que acabam com a velocidade do monociclo, as setas de aceleração, que, ao contrário, concedem um aumento momentâneo da velocidade, ou as espirais que, além de indicarem uma mudança de direção, fazem o monociclo voltar para onde estava indo se entrar em uma delas no meio de uma acrobacia.
De trás pra frente, de cabeça para baixo... |
E as manobras aqui vão desde as mais simples, como o "roll" e o "flip", que consistem, basicamente, em fazer seu monociclo dar uma volta completa no ar ao redor de seu próprio eixo, até as mais complexas, como a "tabletop" e a "head bounce", ou até versões aprimoradas das anteriores, contando com mais voltas sobre o eixo.
Acrobacias na bacia
Se parássemos por aqui, o game já poderia ser considerado algo único e divertido mas, felizmente, existem diferentes modos de jogo. O tradicional e mais frequente é o de corrida de um ponto a outro, no qual você deve levar seu monociclo da largada até a chegada, que se encontram em locais diferentes (e até mesmo um desses que mais parece uma arrancada, onde os monociclos disputam em linha reta pelo primeiro lugar).
Cabeça para baixo na bacia |
Finalmente temos as corridas de exibição, onde tudo o que importa é fazer mais e mais acrobacias no intuito de ganhar uma certa quantidade de pontos. Tradicionalmente é válido dizer que você deve fazer mais pontos que seu oponente para vencer, mas no jogo basta atingir uma determinada meta e você será qualificado vencedor.
Acrobacias com amigos
Falando agora da parte audiovisual do jogo, temos aqui um dos títulos mais minimalistas da coletânea do Super Nintendo. As corridas não possuem vários elementos em seu trajeto, e os cenários também não são superdetalhados. É verdade que o game é bem colorido, mas os gráficos não chegam a encher os olhos.
Por falar nisso, os sons também não. As músicas são bem trabalhadas e conseguem entreter, mas os sons são até bem simplórios. Talvez a DMA e a NoA pudessem ter colocado alguns esforços a mais nestes quesitos, mas nada que atrapalhe a diversão do game.
Por falar em diversão, que tal reunir até oito jogadores na sala para disputar um verdadeiro campeonato de corridas de monociclo? Enfrentando-se dois de cada vez, o game oferece esta incrível possibilidade capaz de gerar muitas risadas e discussões, especialmente levando-se em conta a época do jogo. E você, leitor? Já teve a oportunidade de pôr as mãos neste belo jogo? Conte suas experiências para nós e ajude a complementar este artigo.
Revisão: Marcos Silveira
Capa: Sybellius Paiva