Análise: Um universo retrô em três dimensões com CommanderVideo em Bit.Trip Saga (3DS)

em 28/09/2013

Um mundo retrô baseado no Atari, onde você tem diversos desafios musicais para resolver ao lado de CommanderVideo ; a grosso modo, podemos... (por Gabriel Toschi em 28/09/2013, via Nintendo Blast)

Um mundo retrô baseado no Atari, onde você tem diversos desafios musicais para resolver ao lado de CommanderVideo; a grosso modo, podemos resumir a série Bit.Trip nesta pequena descrição. A franquia que foi originalmente lançada para Wii, atualmente já possui jogos lançados para PC, iOS e Android. Ela é composta por seis jogos musicais que fizeram muito sucesso no console de mesa. Porém, a Gaijin Games, desenvolvedora da série, teve a grandiosa ideia de juntar tudo em uma coletânea e trazer ao Nintendo 3DS. E assim surgiu Bit.Trip Saga.

Tudo empacotado em um só

Bit.Trip Saga traz os seis primeiros jogos da série, Beat, Core, Void, Runner, Fate e Flux em seu conteúdo, com todas as fases, sem tirar nem por. O menu de seleção entre elas é bem simples, porém, cumpre com a obrigação de nos apresentar os jogos da coletânea. Todos eles foram totalmente portados para o 3DS, com direito à adaptações na jogabilidade e gráficos 3D. A única coisa em que não mexeram foi na trilha sonora, que continua ótima, no melhor estilo chiptune.


Os gráficos ainda continuam lindos e, mesmo em uma tela menor, enchem os olhos. Todas as luzes de Flux ou as simpáticas fases de Runner passam pelos nossos olhos de forma muito boa, dando uma ótima impressão ao jogo. O único problema é quando se liga a chave 3D: além do efeito não ser utilizado de forma muito expressiva, ele diminui a taxa de quadros do jogo, o que faz parecer com que algumas fases pareçam um pouco mais travadas. Ainda continua totalmente jogável, mas em 2D é algo bem melhor, o que faz a tridimensionalidade algo dispensável em Saga.

E eu troco o Wiimote por o quê?

Talvez o maior desafio da Gaijin ao trazer a série para o 3DS tenha sido a jogabilidade. Ela, que funcionava tão bem com o Wii Remote, devia ser trazida para os controles mais convencionais do portátil. Esse trabalho, felizmente, foi realizado com muita maestria.

Bit.Trip Beat em sua versão 3DS
Bit.Trip Beat e Flux, com sua jogabilidade no estilo PONG, permitem mover a sua barra por meio da touchscreen, que proporciona uma ótima precisão, ou pelo Circle Pad, que se movimenta muito rápido e acaba não sendo uma boa opção. Porém, o analógico funciona muito bem em Bit.Trip Void, no qual é o único meio de movimento.

Em Saga, ao jogar Bit.Trip Void, você usa toque e analógico juntos
Bit.Trip Core utiliza do D-Pad para comandar a cruz no meio da tela - algo bem conveniente, já que o controle digital também é uma cruz. Runner, por sua vez, se utiliza dele e dos botões para fazer as ações do CommanderVideo, que respondem perfeitamente. Bit.Trip Fate traz, talvez, o mais complexo de todos, ao poder movimentar o protagonista utilizando o Circle Pad e controlar a mira utilizando a tela de toque. Não importa como seja: você não terá problemas para jogar Bit.Trip no 3DS.

Uma grande saga está por aí

Bit.Trip Saga é uma ótima opção para quem quer conhecer ou relembrar os jogos da série. Tudo foi feito com muito cuidado e os jogos estão praticamente intactos, dentro das limitações e diferenças do 3DS. E talvez uma das maiores qualidades dessa coletânea seja o fato do jogo nem ser tão caro assim, e ainda estar disponível no eShop, o que traz um custo-benefício grande ao título, já que são seis jogos pelo preço de um. O que está esperando para ir se aventurar com CommanderVideo nas telas do seu portátil?

Prós


  • Todos os jogos estão completos;
  • Gráficos e trilha sonora ótimos;
  • Jogabilidade portada de forma quase perfeita;
  • Um bom custo-benefício.

Contras


  • O efeito 3D é quase irrelevante e atrapalha pela queda da taxa de quadros;
  • Circle Pad em Beat e Flux ficou muito sensível.

Bit.Trip Saga - 3DS - Nota: 8,5
Revisão: Leonardo Nazareth
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sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
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