Onde tudo começou
No decorrer de sua aventura, o protagonista não anda somente com seus pés, mas também conta, futuramente, com uma bicicleta. Com seu novo meio de transporte, cruzar os longos espaços entre as cidades se torna algo muito mais simples e rápido, embora ainda não seja capaz de pular por cima de pequenos barrancos estrategicamente posicionados para controlar a direção que o personagem pode seguir.
Bem, talvez sejam muito altos, não é? Quem sabe ele aprende no futuro?
A origem - Parte 2?
Ao menos temos mais cores. |
O primeiro salto, a terceira geração
Novamente estamos diante de um professor que quer catalogar os monstrinhos ao redor de sua região em Pokémon Ruby/Sapphire/Emerald (GBA). Para competir com o protagonista, temos um(a) rival, mas dessa vez o rival não é um passivo-agressivo que tem desejo de ser o melhor de todos. Na real, é bem amigável. Só que não é o único. Neste jogo foi introduzido o sistema de dois rivais, onde o segundo, Wally, surge pouco depois e o protagonista chega até a ajudá-lo para começar sua jornada. Este sim quer ser o melhor, mas nem de longe é tão ambicioso quanto os seus predecessores.Admito que sinto falta disso. |
Ainda no assunto da mobilidade, foi nesta geração que foi introduzida a movimentação embaixo d’água através do ataque Dive. Já era normal se mover por cima da água com Surf desde o primeiro título, mas aqui foi a primeira exploração do fundo do mar na série, embora eu nunca tenha entendido ao certo como o protagonista ficava tanto tempo submerso.
De boa aqui sem respirar. |
Para concluir, aqui também surge o Battle Frontier, uma ilha isolada da aventura principal com estruturas baseadas na Battle Tower (inclusive, esta é uma delas), que envolvem enfrentar poderosos treinadores sob determinadas regras para conquistar medalhas (semelhantes às insígnias) e itens raros. No fim das contas, a terceira geração adicionou uma grande dose de conteúdo para a série e isso só se expandiu no decorrer dos anos.
Migrando para duas telas
Com Pokémon Diamond/Pearl/Platinum (DS), a série deu mais um passo para o seu crescimento, embora não seja tão notável como antes. O professor e os rivais aparecem mais uma vez, mas com uma personalidade um pouco mais rasa do que os que vimos até agora. O professor é bem mais distante e fechado que os anteriores, e é bom relembrar que aqui acontece a primeira ocorrência de um laboratório do professor do continente não ficar na cidade inicial do protagonista, inovando na forma de se conseguir o seu inicial.Prosseguindo com a história dos Contests, temos aqui o Pokémon Musical, estabelecimento onde você enfeita seus monstrinhos e participa de uma apresentação musical diante de um público. Não pareceu ser tão envolvente como os Contests, e talvez por isso que nos remakes de Gold/Silver tivemos a troca para o Pokéathlon, provas esportivas envolvendo os monstros de bolso.
A famosa bicicleta surge mais uma vez, mas diga adeus para Acro e Mach Bike, pois voltamos a ter apenas uma. O diferencial desta é que pode mudar de marcha para regular a velocidade do veículo (o que é pouco usado na prática, serve mais para ter melhor controle do personagem). Houve reaproveitamento da Battle Tower e do Battle Frontier em HeartGold/SoulSilver (DS), mas sem grandes inovações. Talvez seja por isso que esta não foi a última geração a ficar no Nintendo DS.
É uma confusão, mas é divertido. Tipo show de rock. |
Cruzando as fronteiras
Foi daqui que pediram três iniciais e meia calabresa? |
A bicicleta volta da mesma forma que era no começo, sem os extras. Em compensação, é a única coisa que se manteve igual. Battle Tower foi substituída pelo Battle Subway; em vez de subir uma torre, você atravessa os túneis de um metrô, e isso também serve para chegar em determinados pontos do mapa (algo feito antes em GSC para transitar entre Kanto e Johto). Já em BW2, temos também o Pokémon World Tournament, onde a nostalgia vinha com tudo ao enfrentar ícones das gerações anteriores em torneios temáticos.
O Battle Subway parece bem mais emocionante aqui do que no jogo. |
Até hoje.
A dimensão da liberdade
Como puderam notar até agora, Pokémon criou diversos tabus que foram seguidos e respeitados por cinco gerações. Algumas coisas mudaram, é verdade, mas foram mudanças conservadoras e leves, como se tivessem medo de sair de sua zona de conforto. Honestamente falando, essa sempre foi a atitude da Nintendo em qualquer vertente dos seus campos de atuação, e não podia ser menos aqui. Felizmente, esse medo cedeu e agora temos uma nova perspectiva do universo dos monstrinhos de bolso.Para começar, esqueçam as quatro direções; com o direcional analógico o protagonista pode se mover em todas as oito direções permitidas. Andar em diagonal. É uma mudança leve, mas qualquer fã que se preze sabe o quanto esperamos por isto na série, da mesma forma que agora é possível sentar nos bancos disponíveis por toda parte do cenário. Segundo os testes das demos, correr se tornou a forma normal de mobilidade, sem ter de pressionar o botão B para se mover dessa forma – pelo contrário, agora o botão te faz andar normalmente.
Por enquanto só vimos acontecer com Rhyhorn e os novos pokémons Skiddo (imagem abaixo) e Gogoat, mas agora é possível montar em seus monstrinhos. Não há detalhes sobre os locais em que isso é possível ou se os pokémons utilizados são de fato seus, mas já é algo totalmente novo ter esse tipo de relação com os seus parceiros. Além de tudo, o que suas bicicletas e personagens não conseguiram fazer por anos, os pokémons conseguem: eles podem pular os barrancos.
Lágrimas másculas de emoção escorrem em minha face. |
Dessa vez não temos um rival, nem dois, mas quatro. Segundo as informações já reveladas do título, o protagonista tem um grupo de amigos que iniciarão sua jornada ao mesmo tempo que ele, e todos serão cruciais no decorrer da trama. Um deles, inclusive, parece querer ser dançarino. Seria essa uma pista para uma nova estrutura no estilo do Contest e do Musical? Só o futuro dirá.
Espera, o professor vai lutar?! |
Concluindo com as novidades até então apresentadas nas mecânicas de X/Y temos o Pokémon-Amie, uma nova ferramenta para interação com seus monstrinhos. Lembram-se do sistema de felicidade? Pois bem, este parece ser o outro nível desta brincadeira. Através dele é possível brincar e alimentar seus pokémons, ou mesmo machucá-los se não tiver cuidado na interação. Com isso, cada criatura terá três contadores: Amizade, Fome e Diversão. Aumentar as barras e cuidar do monstrinho pode inclusive ter influência em combate, mas vamos deixar isso para uma próxima parte...
O que acharam da segunda parte da nossa retrospectiva? Tem algo que vocês esperam das mecânicas que estão por vir em X/Y? O que acharam das que surgiram até agora? Tem algo que desejem que abordemos nas próximas partes? Comentem e participem!
Revisão: Marcos Silveira
Capa: Felipe Araujo