Assuma o papel de Deus e leve sua população à glória divina em Populous (SNES)

em 04/07/2013

Populous , jogo de estratégia em tempo real, foi lançado no dia 5 de junho de 1989 pela finada produtora Bullfrog para diversas plataformas... (por André Sellare em 04/07/2013, via Nintendo Blast)

Populous, jogo de estratégia em tempo real, foi lançado no dia 5 de junho de 1989 pela finada produtora Bullfrog para diversas plataformas, dentre elas, para o Super Nintendo. Ganhador de diversos prêmios na época e detentor de notas altíssimas, o game merece atenção especial, não só por entreter durante horas o jogador, mas por ser o jogo que originou o chamado “God Game”. Sendo assim, aqui você encarna o próprio Deus e tem a missão de proteger e evoluir seus comandados em uma verdadeira batalha épica entre o bem e o mal.

O verdadeiro Deus dos videogames

Peter Molyneux, criador do jogo
O produtor Peter Molyneux, responsável por Black & White e a série Fable, é o cérebro criador do gênero “God Game” e trabalhou como programador e designer no desenvolvimento de Populous. Uma curiosidade do jogo original (que depois originou a versão do SNES), é que durante os testes, não tiveram tempo de completar os 500 níveis contidos no jogo, para assim simularem a batalha final. Pensando em apressar as coisas, Peter desenvolveu os códigos que podem levar para qualquer nível do jogo, inclusive para o último.

Empreiteiro divino

A mecânica do jogo é bem simples, mesmo para um jogo que inovou tanto no conceito. Jogar Populous não requer grandes habilidades, mas mesmo assim tem quem não goste e encontre certa dificuldade na hora de jogar. A tela é repleta de comandos, o que pode confundir um pouco. Mesmo assim, é relativamente simples jogar Populous, e depois de aprender com os primeiros níveis, o jogo torna-se viciante e amigável para qualquer um.

O básico aqui é levantar e descer o terreno com ajuda do seu poder divino, procurando nivelar ao máximo para que seus seguidores possam construir pequenas tendas, casas, torres e castelos. O nível da casa dependerá muito da qualidade do terreno. Quanto mais seguidores conseguir criar, mais fácil ficará o jogo para você, já que o número de habitantes está diretamente ligado à “Mana” ou poder divino, “combustível” utilizado desde a tarefa de nivelar o terreno à criação de terremotos, cavaleiros, vulcões e o temido dilúvio.

O jogo oferece uma boa quantidade de cenários: Tropical, Árido, Ártico e Vulcânico. Tirando o primeiro, que é bem simples e fácil de manejar seus habitantes, os outros precisam de atenção especial quanto ao tempo que seus habitantes poderão ficar fora de uma casa. Quanto mais tempo o seu seguidor ficar fora, mais fraco fica, até desaparecer. Em mapas vulcânicos, que são banhados por mar de lava, seus habitantes podem durar segundos.

Em qualquer mapa o final é sempre o mesmo e ganha quem destruir todos os inimigos ou acionar a batalha final quando a quantidade de “mana” permitir. Neste momento, todas as habitações desaparecem e seus seguidores começam uma sangrenta luta contra o inimigo, até sobrar um habitante.

A mão de Deus

Dependendo do nível de agressividade do adversário, da dificuldade do terreno ou do seu objetivo, você poderá configurar seu habitante para construir uma casa sempre que achar um local ou se unir com outro colega ou ainda, partir para o ataque, se algum inimigo estiver por perto. 

Estas configurações podem ser feitas na própria tela do jogo e ajuda muito. Por exemplo, se o terreno é ruim, provavelmente seus habitantes demorarão a encontrar um local para construir. Vale configurar para unir uns aos outros, assim, mais fortes, terão mais tempo de vida.

Configurar para atacar torna sua população agressiva e serve, principalmente, para quando as duas civilizações estiverem dividindo território. Se o atacante vence uma batalha, ele toma a casa do adversário e você ganha terreno.

Deus da guerra (hot tips)

  • No início, não deixe todo o terreno plano, pois é mais fácil sua população se espalhar pelo território estando em casas "populares". Castelos exigem muito tempo até que seu comandado possa sair para construir outra casa;
  • Se o adversário pode usar o dilúvio, desenvolva seu império utilizando dois níveis de terreno, assim, quando ele inundar o mapa, você não perderá população;
  • Em mapas como o ártico e o vulcânico você perderá muitos seguidores por conta das condições climáticas. Configure para que eles possam unir forças, e assim, tentar achar um local para construir;
  • Em níveis mais difíceis, o inimigo enviará cavaleiros. Como é quase impossível matar um com facilidade, deixe ele atacar e vá levantando terra no oceano, assim continuará a produzir mais casas;
  • Se puder fazer um vulcão, acione onde o inimigo tem o território mais plano e na base do morro formado, jogue a areia movediça. É morte na certa;
  • Se o adversário fizer um vulcão nascer em seu território, não perca tempo baixando o terreno. Acione o terremoto no mesmo local para facilitar sua vida e logo ter o local plano novamente.

Gráficos e música não tão Divinos assim

Os gráficos são péssimos, mas quem gosta de Populous não liga muito para este detalhe. O difícil é entedner como este jogo conquistou boas notas até neste quesito, pois mesmo para a época, fica devendo. Joguei as versões para Mega Drive, Super Nintendo e PC. Posso dizer, que neste ponto, a versão para o console da Nintendo é a melhor opção. 

Mas o fiasco fica por conta da trilha musical, se é que ela realmente existe. Resumindo, são alguns ruídos duros de aguentar e o som de um coração batendo, que pode acelerar, caso você esteja morrendo. Os sons das batalhas são horríveis, também.

O juízo final

Enfim, é um clássico que deve ser jogado. Caso você tenha um SNES ou um Mega Drive, é recomendado comprar o jogo. Principalmente se você é um amante dos jogos de estratégia e adora ser Deus nas horas vagas.

Revisão: Marcos Vargas Silveira
Capa: Daniel Machado
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