Nesta semana, Alain Corre - diretor executivo da Ubisoft para Europa, Oriente Médio e Norte da África - cedeu uma entrevista ao portal Edge, e durante a conversa foi questionado se um corte de preço no Wii U seria bem-vindo pela empresa:
"Sempre. Nós sempre vamos querer consoles a preços baixos pois queremos que o maior número de jogadores o possível consiga ter meios financeiros de comprar mais jogos nossos, isso é óbvio. Nós acreditamos que o Wii U encontrará seu público em algum momento. Algumas pessoas esperariam por um número maior de vendas mais rapidamente, no entanto, estamos otimistas."
Continuando o pensamento, Corre comentou que a própria Nintendo assumiu que as vendas do console estão menores do que o esperado e que "menos consoles vendidos significam menos jogos vendidos", evidentemente. Mas, o diretor executivo lembrou da aposta da empresa no Wii U desde o início:
"É parte do DNA da Ubisoft ser pioneira em novas tecnologias e inovações - como também, lançar alguns jogos que criam boa hype no mercado, e é um tipo de força que podemos usar no futuro. Se pensarmos numa chave geral, tudo o que fizemos nesse sentido, e o que fizemos para o lançamento do Wii U, foi produtivo."
Embora estas declarações tenham aquele jeitão de "falar muito e não dizer nada", é importante o apoio de uma grande desenvolvedora como a Ubisoft, depois dos rumores de descontentamento da Activion e a série de querelas com a Eletronic Arts. Ainda mais se levarmos em conta que foi otimismo vindo do diretor responsável pela empresa na Europa, o mercado onde o Wii U esteve pior das pernas na última semana, vendendo quase o mesmo que o Wii (6.982 unidades e 6.488 unidades respectivamente).
Apesar da perda de exclusividade e atraso de Rayman Legends, a parceria entre Ubisoft e Nintendo aparenta estar realmente frutífera: ZombiU é o título de third-party mais bem sucedido do console, e terceiro no geral; a chegada e continuidade de Assassin's Creed nos consoles de mesa da Big N (AC III é 9º mais vendido do console); e, especialmente, o anúncio do lançamento da versão para Wii U do, altamente esperado, Watch Dogs. Os comentários de Alain Corre provavelmente se referem às inovações de ZombiU e à força de Assassin's Creed no console, que já rende uma, ou até duas, continuações.
Por enquanto, o apoio da Ubisoft parece independer da queda de preço. Pelo que podemos inferir das declarações do diretor, os benefícios de um corte seriam óbvios, qualquer que fosse a plataforma. No caso específico do Wii U, a receita seria "esperar o momento de encontrar o público alvo para o console" com o apoio inicial guardado na manga. O que, possivelmente, remeteria ao lançamento dos grandes jogos first party, que alavancariam as vendas do console, e, conseqüentemente, as vendas de exclusivos e ports de peso de séries mais ou menos já conhecidas pelos nintendistas.
Fonte: Edge