Top 10: Razões para acreditar no sucesso do Wii U

em 09/02/2013

Para qualquer um que tenha interesse na indústria de videogames, o lançamento de um novo console da Nintendo é uma ocasião única e rep... (por Thomas Schulze em 09/02/2013, via Nintendo Blast)

Para qualquer um que tenha interesse na indústria de videogames, o lançamento de um novo console da Nintendo é uma ocasião única e repleta de significado, um momento no qual são definidos novos horizontes para o entretenimento eletrônico. Independente da sua companhia ou console favorito, é fato incontestável que a Nintendo é a mais tradicional e relevante empresa ainda em atividade no ramo dos videogames, e suas contribuições na área merecem o maior respeito e admiração. Então por que muitos não estão comprando a ideia do Wii U? Neste Top 10 vamos listar razões pelas quais você deveria acreditar que o Wii U será mais um grande fenômeno na longa história de sucesso da Big N.

10. O 3DS também começou aquém do esperado

Tudo bem, todos sabemos que o começo de vida do Wii U está sendo um pouco mais lento do que o prometido. Apesar de contar com um dos lineups iniciais mais fortes da história em termos de quantidade e qualidade de jogos, este ano não vem sendo particularmente animador em termos de anúncios e lançamentos. Mas não é preciso forçar muito a memória para lembrar de outro sistema recente que acabou sofrendo do mesmo mal, e que hoje goza de enorme sucesso comercial, extensa biblioteca de jogos de alta qualidade, e amor incondicional de todos os seus felizes proprietários. Falo, é claro, do Nintendo 3DS. Lembra de como, por muitos meses, o único grande título do sistema foi The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D? Pois hoje temos dezenas de franquias de altíssima qualidade à disposição, como Professor Layton, Fire Emblem, Resident Evil e Paper Mario. Alguém duvida que o Wii U seguirá o mesmo caminho?

9. Retrocompatibilidade e a melhor biblioteca retrô

Curtir todos os clássicos da Big N
num só console? Conte comigo!
O que é melhor que um console? Ora, vários consoles num só! Quando o Wii lançou o Virtual Console, todos ficamos maravilhados com a possibilidade de adquirir e baixar jogos de gerações passadas. O Wii U, com seu potente hardware e com a bagagem de aprendizado adquirida com seu antecessor, tem tudo para se consagrar como o videogame com a melhor biblioteca de jogos já vista. Para começar, de fábrica o sistema já vem pronto para rodar jogos de Wii (mesmo que a interface para tal empreitada não seja das mais agradáveis). Agora pense comigo, e se a Nintendo, além de contar com tudo que já foi lançado no Virtual Console, começasse a lançar também jogos de GameCube na eShop? Isso é bem possível e viável, e então o Wii U poderia contar com um verdadeiro "museu videogamístico" dedicado a memória de todos os consoles da Nintendo. Certamente nenhuma empresa possui um passado tão rico e repleto de bons jogos, então acredito que a Nintendo vai abastecer o Virtual Console do Wii U de modo farto, e brindar os jogadores com a maior coleção de jogos antigos já vista. E essa perspectiva, por si só, já me anima.

8. As comparações com o DreamCast não fazem sentido

Entre os jogadores e jornalistas mais céticos, é muito comum ouvir comentários comparando o Wii U ao Dreamcast, decretando que a Nintendo inevitavelmente levará o mesmo fim que sua antiga rival, a SEGA, abandonando a produção de hardware próprio e se concentrando somente em produzir jogos para as plataformas de outras companhias. O que essas pessoas esquecem é que o quadro financeiro da Nintendo hoje é completamente oposto ao da SEGA na ocasião de lançamento de seu último console. Se a SEGA vinha acumulando fracassos desde o SEGA CD e 32x, culminando no pífio Sega Saturn, a Nintendo sai de seu melhor momento comercial, dominando completamente o mercado de sistemas portáteis e, mais importante, tendo o console de mesa mais vendido da geração que se encerra. Então eu pergunto, você acha mesmo que a situação da Nintendo hoje é igual a da SEGA?

7. O apoio de third parties

Falar sobre o apoio das third parties parecia uma aposta mais segura logo que o Wii U chegou ao mercado, cheio de jogos de praticamente todas as produtoras relevantes. Hoje, qualquer leitor aqui do Nintendo Blast deve ter notado que as thirds não estão tão empolgadas quanto poderiam estar. Mas o que seria isso? Falta de confiança no hardware ou no mercado? Talvez. Qualquer que seja o problema, ele pode ser resolvido com o tempo. O maior problema é que o Wii U deu o azar de ter sido lançado quando muitos dos principais jogos já estavam num estágio avançado de desenvolvimento, como DmC e Tomb Raider, e financeiramente falando, não é lá a melhor jogada comercial portar um trabalho para um novo videogame e adaptar todo o seu trabalho original sem saber se isso dará retorno.
Bayonetta esperando pacientemente seu momento de brilhar no Wii U.



Tenho certeza que a Nintendo tomará tomas as medidas cabíveis para que a próxima leva de grandes jogos não passe batida pelo Wii U, e ficarei realmente surpreso se GTA V não der as caras na plataforma. Mesmo que isso não ocorra, o Wii U ainda tem uma carta na manga, Bayonetta 2, a continuação direta de um dos jogos mais amados dos últimos anos. Se Bayonetta 2 vender bem (e provavelmente vai), espere por muitas companhias seguindo o caminho da Platinum Games e apostando no Wii U como uma ótima opção para trazer seus títulos, até mesmo com exclusividade. Foco mais uma vez no exemplo do 3DS, que amargou longos meses sem lançamentos relevantes das thirds, e hoje, passado o ciclo inicial de vida, possui uma excelente biblioteca. Só precisamos ter paciência, pois certamente a Nintendo está fazendo todo o possível para que os próximos grandes títulos das thirds cheguem ao Wii U também, e as companhias logo verão o quão promissor é o terreno no novo sistema da Big N.

6. Jogabilidade assimétrica será tendência

Existe um elemento que considero a razão de ser de qualquer videogame, sua verdadeira razão de existir: A capacidade de deslumbrar e, por algum tempo, fazer o jogador sentir algo que ele nunca sentiu antes. Conseguir isso é algo complicadíssimo, mas a Nintendo, mais que qualquer outra empresa, é craque em lançar tendências e nos encantar com suas propostas inovadoras. A bola da vez é a jogabilidade assimétrica, cortesia do GamePad (você lerá mais sobre ele dentro de alguns subtítulos), que permite que jogadores, em um mesmo cômodo, jogando um mesmo game, possam ter experiências distintas e desempenhem papéis diferentes nas mecânicas de jogo.
A jogabilidade assimétrica de Mario Chase é apenas um exemplo de diversão inovadora e sem igual.
Na primeira leva de jogos, Nintendo Land é o jogo que melhor demonstra todo o potencial da ideia em minigames de grupo simplesmente fenomenais, mas até em New Super Mario Bros. U podemos ver que duas pessoas podem se divertir de modos distintos no mesmo jogo: enquanto um pula pelas plataformas do modo clássico, outro jogador, apenas pelo GamePad, pode jogar uma aventura à parte, construindo plataformas para ajudar seu amigo. É algo simples e pequeno, mas imediatamente você percebe o potencial da ideia. Levando-se em conta a frequente busca dos videogames em criar novas formas de jogar, me parece bem claro que a jogabilidade assimétrica ainda será muito copiada na nova geração e, mais importante, servirá de inspiração para ideias de jogabilidade ainda melhores no futuro.

5. Apelo para todos os tipos de jogadores

Uma família com Wii U é
uma família feliz.
Acho que todos podemos concordar, como a própria Nintendo já admitiu algumas vezes, que o público dito hardcore acabou sendo deixado de lado no Wii. Hoje, por mais que as coletâneas de minigames casuais e preguiçosas ainda existam, precisam dividir espaço na loja com lindos games adultos como Batman e Mass Effect, algo que mal acontecia nos tempos de Wii. Neste momento, mais do que nunca, seja lá qual for o seu estilo de videogame favorito, o console da Nintendo já está apto a suprir suas necessidades. Seja você do tipo que prefere jogar videogames com seus avós em divertidas experiências descompromissadas, ou mesmo o mais viciado e hardcore gamer, capaz de passar um dia inteiro online guerreando com pessoas de todo o mundo, uma coisa é certa: O Wii U é o console certo para você.

4. Uma experiência social sem igual

Miiverse em toda sua glória.
Corre atrás, Zuckerberg!
Ah, o Miiverse... mesmo que você seja como eu, um daqueles jogadores que vivem reclamando da ausência de um sistema de conquistas na Nintendo Network (e, convenhamos, não custava nada mesmo a Nintendo abraçar os troféus com uma atualização de sistema), deve concordar que nada na internet, até hoje, chega aos pés do senso de comunidade que o MiiVerse consegue estabelecer. Essa fantástica mistura de fórum, facebook e videogame garante que, com o Wii U conectado na internet, você nunca se sentirá sozinho. De certa forma, poder desenhar no mural dos outros, ostentar seus feitos em mensagens de texto e pedir dicas sobre fases complicadas, por si só, já é uma experiência social muito mais gratificante que qualquer outra disponível no mercado.

Para completar temos o Wii U Video Chat, que conecta jogadores de qualquer canto do mundo de modo mais prático e funcional que o próprio Skype, contando com qualidade perfeita de sinal e se consagrando, assim, como a mais perfeita ferramenta do mercado para chamadas em vídeo. Com um sistema tão competente, fica óbvio que é questão de tempo para surgirem jogos brilhantes que façam uso desses recursos sociais para aprimorar ainda mais a sua experiência de jogo.

3. O Gamepad é o futuro

O direcional D-Pad, a alavanca analógica, o gatilho Z e o rumble pak. Essas são apenas algumas das invenções que acabaram moldando o design dos joysticks de todos os consoles. Por mais que seja clichê afirmar que "A Nintendo cria e as outras empresas copiam", quando falamos de controles de jogo essa máxima é verdadeira. Praticamente todas as invenções de controle da Nintendo foram copiadas por suas concorrentes, e o joystick meio tablet e meio console de bolso certamente não será exceção . Pode anotar que, com o passar dos anos, os novos consoles da Sony e da Microsoft tomarão a liberdade de pegar emprestado e tentar modernizar os conceitos do GamePad. E não há absolutamente nada de errado com isso.

2. Mario, Zelda, Pokémon, Metroid, Kirby, Smash Bros...

Preciso dizer mais? Se algum item na lista é autoexplicativo é esse aqui. O Wii U inevitavelmente será o lar de todas as suas séries favoritas. É impossível ter um console da Nintendo sem mais jogos do Mario, Zelda, Pokémon e Kirby. E quem sabe quais outras séries queridas não serão resgatadas? Há anos clamamos por novos Star Fox e F-zero, e esse parece um ótimo momento para reviver essas franquias. Sem falar nos novos clássicos em potencial, desenvolvidos e criados do zero, que certamente virão para o console. O ponto é que o Wii U será o lar de todos esses games fantásticos exclusivos da Nintendo, algo que desde os primórdios da indústria funcionou como um dos principais chamarizes de seus consoles. Só no Wii U teremos aqueles títulos que contam com a magia única que a Big N sabe colocar em seus jogos, aquele tempero mágico que cria clássicos atemporais. E eu certamente não quero ser privado de viver essas experiências mais uma vez.
Dá mesmo para ficar cético com um elenco desses?

1. O histórico perfeito da Big N com consoles de mesa

Nintendo 8 bits, Super Nintendo, Nintendo 64, GameCube e Wii. Caso encerrado. Nenhum console da Nintendo até hoje foi menos que genial, e não é a essa altura do campeonato que a Nintendo iria desaprender a fazer videogames, concorda? Independente de sua posição no mercado, a Nintendo sempre trabalhou para construir a melhor experiência de jogo e cada um de seus consoles, por seus próprios méritos, acrescentou algo de marcante para a indústria dos videogames. Decretar que o Wii U, em seus primeiros meses de vida, será incapaz de honrar a tradição de seus antecessores me parece algo extremamente precipitado, já que sequer começamos a arranhar a superfície do verdadeiro potencial do sistema. Se o potencial será atingido é outra história, mas eu prefiro esperar e acreditar no trabalho da Nintendo. E você?
Revisão: Vitor Tibério
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