10. Série Wii
Especialidade: dar incríveis papéis aos Miis para garantir diversas e simples experiências multiplayer casuais.
Descompromissadamente divertida, a série Wii serviu como cartão de visitas para o console de mesmo nome e seus acessórios, como o Motion Plus e a Balance Board. Apesar de nem todos terem como foco o multiplayer (como é o caso de Wii Fit), a maioria presou pela diversão em família, oferecendo inéditas oportunidades de se jogar videogame. Provavelmente foi com Wii Sports que você fez seu pai trocar pela primeira vez o jornal por um joystick. E se ele curtiu jogar tênis com você pelo Wii, na certa se divertiu também com a precisão do ping-pong de Wii Sports Resort. Já Wii Party fez dos clássicos jogos de tabuleiro que você e seu parentes jogavam nas tardes de domingo uma experiência ainda mais divertida.
Se Mario Party destroçava amizades, Wii Party fará sua mãe lhe deserdar |
Wii Chess (isso mesmo, houve um jogo de xadrez, mas lançado apenas em terras europeias) trouxe ainda um inédito multiplayer online à série. Ainda assim, a jogatina local é marca registrada. A franquia Wii encheu os cofres da Nintendo ao dar diversos papéis para os Miis, mas temos que admitir que são games pra lá de simples.
9. The House of the Dead: Overkill
Especialidade: reviver o clássico tiroteio zumbi dos arcades no conforto de sua casa e na companhia de um amigo.
Em salões de fliperama, The House of the Dead sempre chama atenção por seu viciante tiroteio contra zumbis. Ao perceber que o Wiimote e seu pointer apresentavam a mesma tecnologia de captura de movimento para controle da mira que os arcades, a Sega não demorou a trazer a série para o Wii. Primeiramente, uma compilação dos dois primeiros episódios da franquia foram adaptadas para o console da Nintendo. Mas o sucesso veio mesmo com The House of the Dead: Overkill, inicialmente exclusivo para Wii. A premissa era a mesma: com até dois jogadores, limpar a tela de zumbis em meio a uma aventura em trilhos.
O ritmo automático do jogo permite jogar por horas sem cansar, aproveitando cada segundo de nostalgia. Um bom humor também mantém os jogadores presos ao game, assim como um vasto conteúdo a ser desbloqueado e ótima direção de arte. Com dois Wiimotes (que podem ser encaixados a um Wii Zaper, caso queira apimentar a jogatina), Overkill torna-se uma agradável experiência multiplayer acessível para vários públicos, embora eu duvide muito que sua mãe se interesse por fuzilar sangrentos zumbis ao som de muitos palavrões, afinal trata-se de um dos 10 games mais assustadores do Wii.
A segurança da humanidade está nas mãos de você e de seu amigo... E eu já estou fazendo minhas malas! |
Especialidade: mergulhar você e mais três colegas no mundo mágico de Dream Land mais uma vez.
Convenhamos que Kirby não é lá o personagem mais famoso da Nintendo. Sendo assim, pensávamos que Kirby's Epic Yarn seria o máximo ao qual a bolota rosa chegaria no Wii. Fomos felizmente surpreendidos quando a Nintendo anunciou Kirby's Return to Dream Land, remanescente de diversos projetos cancelados de Kirby que, dessa vez, eleva ao extremo a experiência multiplayer vivída em Kirby Super Star (SNES). Ao invés de Kirby e seu companheiro gerado de uma habilidade absorvida, temos a bolota rosa e mais três icônicos personagens: King Dedede, Meta Knight e Waddle Dee (ok, esse último não é exatamente "icônico", mas, sim, genérico).
Fortemente inspirado por New Super Mario Bros. Wii (Wii), é mais uma parte da onda de "revivals" de séries da Nintendo, e uma ótima pedida para chamar a turma e jogar - mesmo que sem nada de novo. A dificuldade é maior do que na aventura de pano de Kirby, mas, ainda assim, agradável para jogadores casuais. Com o acréscimo de novas habilidades ao arsenal de Kirby (como as Super Ability), Return to Dream Land torna-se uma aventura ainda mais interessante. E mesmo que você se canse dos estágios em progressão lateral, há ainda mini-games para se divertir.
Ok, a gente sabe que, no final das contas, todo mundo vai querer jogar com Kirby mesmo |
7. Série Just Dance
Especialidade: transformar qualquer pessoa em um exímio dançarino... pelo menos nos maiores sucessos da música pop.
Seja Just Dance 1, 2, 3, 4 ou até mesmo a versão Kids, Summer Party e Disney Party, a série de dança da Ubisoft deixou mais do que claro que o Wiimote não serve apenas para atirar, cortar e dar raquetadas. Dançar os maiores sucessos da música pop foi adicionado à lista de atividades do multi-uso controle de Wii. Após o primeiro título, lançado exclusivamente para o console branco da Nintendo, a Ubisoft entendeu a mina de ouro que havia encontrado. Daí em diante, várias outras versões foram criadas, com mais modos de jogo, artistas famosos e lançamentos multi-plataforma, culminando em games com quase 10 milhões de cópias vendidas. Aproveitando muito bem os sensores de movimento do Wii, a série tornou-se muito mais acessível.
Até mesmo os dançarinos experientes se deixaram levar pelos ritmos viciantes da série, que explorou novos territórios com os spin-offs Michael Jackson: The Experience e ABBA: You Can Dance. O repertório, se não for o suficiente para sua sede de coreografias, pode ser expandido com a compra digital de mais músicas para dançar. Praticamente obrigatório nas atuais celebrações juvenis, Just Dance, mesmo que tenha no Wii seu mais amplo público, tem maior profundidade em sua versão para Xbox 360, na qual o Kinect dá conta de uma maior precisão na captura de movimentos.
Vem cá, dá um abraço na sua TV! |
6. Conduit 2 / GoldenEye 007
Especialidade: permitir uma experiência FPS online e local de qualidade, mesmo em um console de hardware defasado.Responsáveis por presentear o Wii com a merecida fatia dos FPS que merece, o exclusivo Conduit 2 e o (por um tempo) também exclusivo GoldenEye 007 são grandes expoentes do multiplayer no console. Vários passos à frente de seu antecessor, Conduit 2 nos apresenta uma experiência multiplayer muito mais divertida do que sua genérica campanha singleplayer. Já GoldenEye 007 aposta no renomado tiroteio do original para N64, ao mesmo tempo que o evolui ao incrementar a jogatina online. Mas talvez o que mais relaciona ambos seja a coragem. Coragem de arriscar no Wii títulos que fariam talvez mais sucesso e seriam muito mais facilmente produzidos se lançados em um PS3, Xbox 360 ou PC. Felizmente, capacidades técnicas reduzidas, recurso online inferior e público menos experiente com FPS não foram o bastante para afastar GoldenEye 007 e Conduit 2 do Wii.
Nessas telinhas ou numa telona, um headshot ainda é um headshot |
5. New Super Mario Bros. Wii
Especialidade: reviver o glorioso Super Mario Bros. na companhia de sua mãe, amigos ou até o seu filho futuro gamer.Até antes do lançamento do Wii, as aventuras tradicionais de Mario eram conhecidas por solitárias tardes de intensa jogatina. Ok, Mario Kart e Mario Tennis sempre foram exemplos de diversão em grupo, mas "Super Mario Bros." continuava a ser modelo de aventura singleplayer. Na verdade, poucos games de plataforma haviam se arriscado a colocar mais de um herói na tela. O que aconteceria com a câmara se os personagens de afastassem demais? Não seria caótico demais? New Super Mario Bros. Wii fez Mario dividir o palco bidimensional com seu irmão Luigi e mais dois companheiros Toads, provando de uma vez por todas que dá, sim, para curtir um side-scrolling em grupo. O resultado foi um game perfeito para se jogar com a família, para se lembrar dos velhos tempos com os amigos e até mesmo para jogar sozinho.
Vai cooperar ou competir? Competir, óbvio! |
4. Rayman Origins
Especialidade: mergulhar você e mais três colegas em um dos mais divertidos e bem produzidos side-scrolling dessa geração.
A sétima geração de videogames marcou a enxurrada de revivals de franquias esquecidas. Alguns deles passaram batido, considerados meros caça-níqueis e extorquedores de saudosistas. Outros realmente se propuseram a renovar seus personagens e gameplay. Um desses felizardos foi Rayman que, pelas mãos da Ubisoft, voltou ao estrelato com Rayman Origins. Bebendo do multiplayer de New Super Mario Bros. Wii, Rayman Origins coloca você e mais três jogadores no psicodélico mundo de Glade of Dreams, concebido por um dos melhores visuais bidimensionais dessa geração. Em vez de Mario, Luigi e os dois Toads, temos Rayman, Globox e dois Teensies como personagens jogáveis - que podem entrar e sair das partidas a qualquer hora. Superar desafios de plataforma, resgatar Electoons e derrubar inimigos tornou-se muito mais divertido na companhia de bons amigos.
A ambientação fantástica e a trilha sonora invejável ajudam a manter a experiência de jogo sempre interessante. O nivel de dificuldade, que não é tão amigável quanto o de Mario, também fará com que você e seus amigos saiam com alguns calos da jogatina - embora isso afaste parte dos jogadores mais casuais. A criatividade banha cada um dos estágios, que não se resumem ao tradicional andar e pular, mas também a sessões de nado e shooter. Temos aqui um excelente título que entrou para a história não só da série Rayman, mas também dos games de plataforma em geral. Afinal, se não fosse pela excelência de Rayman Origins, o que seria da expectativa por Rayman Legends (Wii U)?
Alguém sendo esmagado em 3... 2... |
3. Mario Kart Wii
Especialidade: fazer seus amigos morrerem de raiva com um casco vermelho. Estejam vocês sentados num mesmo sofá ou cada um em sua poltrona.Mario Kart acompanha as plataformas Nintendo desde o SNES e, em cada uma de suas empreitadas, não decepcionou: é garantia de diversão. No Wii, o aspecto acessível da série fez todo o sentido ao dar as mãos à proposta familiar do console, colocando sua mãe e seu tio na mesma sala que seus amigos. Repleto de fases novas e estágios retrô bem adaptados às novas mecânicas de jogo, acrescido de itens inéditos e personagens novos, a fórmula foi renovada superficialmente, mas o bastante para reconquistar os fãs. Unindo-se a seus amigos para disputar o Grand Prix ou batalhando por balões no Battle Mode, Mario Kart Wii é um viciante game para toda a família.
Não tem nada como acertar aquele casco no seu melhor amigo |
2. Monster Hunter Tri
Especialidade: caçar monstros maiores do que a tela de jogo na companhia de mais três amigos pela internet.A conquista de Monster Hunter no ocidente era tarefa mais difícil do que caçar um Lagiacrus. E a Capcom sabia disso ao tentar fisgar o público desse lado do globo, mas tinha um problema: por aqui, não vemos um jogador de Monster Hunter com um PSP na mão como acontece em cada rua do Japão. Monster Hunter Tri estreou o modo online nas caçadas a monstros, o que fez com que todos duvidassem de seu sucesso no Wii. Calando a boca de muitos, a Capcom cumpriu sua promessa e presentou os fãs com um digno Monster Hunter perfeito para se jogar com os amigos. Ok, é possível jogar localmente usando o Wiimote para transportar seu caçador de um console para outro, mas, em rede, a experiência é muito melhor.
Você é gigantesco, mas não é 4... Ok, deixa pra lá |
1. Super Smash Bros. Brawl
Especialidade: reunir amigos para encarar combates na pele dos astros da Nintendo que não enjoam mesmo depois da 100ª partidaSuper Smash Bros. Brawl chegou ao Wii não só como o definitivo Super Smash Bros., mas como uma chance de tirar a experiência multiplayer do Wii da simplicidade de Wii Sports sem perder seu caráter intuitivo. Com um ritmo mais agradável do que o frenético Melee, despertou a curiosidade dos casuais ao mesmo tempo em que instigou mais uma vez as habilidades dos veteranos. De uma forma ou de outra, todos vibramos quando vimos Mario enfrentar Snake enquanto Link duelava com Samus e Olimar dava uma surra em Mr. Game & Watch... e vibramos assim mesmo depois de uma tarde inteira de jogatina. O que faz de Brawl "inenjoável" é o fato de trazer uma variada seleção de personagens, dezenas de estágios vivos e divertidos, uma imensidão de itens de efeitos inesperados e um maior balanceamento dos personagens (nada das panelinhas de personagens apelões de Melee).
A gente sabe que alguém vai sair bem machucado dessa, mas é esse o espírito |
Menção honrosa: We Dare
Ao fim dessa lista, você deve ter visto que o Wiimote é perfeito para simular esportes, fuzilar zumbis ou os seus amigos, controlar personagens em progressão lateral e até mesmo caçar monstros gigantes. A Ubisoft foi além e, aproveitando o formato fálico do controle, criou um jogo que, sinceramente, faria mais sentido se encontrado numa sex shop. We Dare utiliza o Wiimote das formas mais apimentadas (e ridículas) possíveis para proporcionar uma experiência, no mínimo, constrangedora. Confira nossa análise
Outros games para juntar turma toda
- Call of Duty: Black Ops
- Sonic & Sega All-Stars Racing
- Worms: Space Oddity e Battle Islands
- Gnomz: 2 Fast 4 (WiiWare)
- Mario Party 8 e 9
- New Play Control: Mario Power Tennis
- Sega Superstars Tennis
- WarioWare: Smooth Moves
- Punch-out!
- Animal Crossing: City Folk
E você, leitor, já teve alguma grande experiência multiplayer com o Wii?
Revisão: Vitor Tibério