Blast Log: The World Ends With You: Parte 8 – Não tema o ceifador

em 28/10/2012

E cá estamos no último dia. É chegada a hora de enfrentar o mestre matemático e enfim sair desse jogo doentio. Rhyme se foi, Beat ... (por Fellipe Camarossi em 28/10/2012, via Nintendo Blast)

E cá estamos no último dia. É chegada a hora de enfrentar o mestre matemático e enfim sair desse jogo doentio. Rhyme se foi, Beat se uniu aos Ceifadores, Joshua é tão confiável quanto o próprio Game Master. A luta é pela própria vida e por Shiki, que foi arrastada de volta a isso mesmo sem querer. Mas ainda restam muitas perguntas não respondidas... Talvez as respostas venham a seguir. É chegada a hora, meus amigos e leitores! Vamos embarcar nesse confronto definitivo onde o desejo mais forte prevalecerá.

Sétimo Dia: Confronto de Desejos – Parte 1

Inicia-se o dia final desta contenda. Em Scramble Crossing, Joshua parece frustrado, pois, nos sete dias, eles não foram capazes de encontrar uma forma de invadir o Shibuya River, morada do Compositor (criador do Jogo dos Ceifadores). Neku, ainda tomado pela angústia, questiona ao parceiro o motivo dele tê-lo matado. Josh dá uma de “João Sem Braço” e diz que não fez nada. “Você admitiu”, diz Neku, “Eu só perguntei o que você faria se eu tivesse feito”, rebate o rapaz. Antes que a discussão se prolongue, a missão do dia chega, mas o protagonista intima: “Você vai me contar tudo quando isso acabar”.

Jogo 7: Apague o Game Master em Pork City. tempo = 600 minutos. Incompletos serão apagados”. O contador surge e a missão começa. Notaram que a missão está diferente das outras? As mudanças são gritantes: o número do jogo está em numeral e não em algarismo romano, não há nenhum desafio matemático, o tempo está indicado pela palavra e não pelo símbolo “t” e até a assinatura está alterada (“Incompletos serão destruídos” é a original). Bem, o contador surgiu, então a missão é oficial. Não vou perder tempo ponderando sobre isso. Pork City é um território ainda não visitado que fica após Dogenzaka, então é para lá que eu vou!

Ao pisar em 104, a caminho de Dogenzaka, o celular apita novamente. “P.S. Tenha a vaca e o rato em mãos”. Mas o que? Até os próprios personagens estão suspeitando dessa missão agora. No começo eu não entendi o significado dessa nota extra que enviaram junto à missão, mas quando fui organizar meus bottons, a ficha caiu.

Existem treze marcas em The World Ends With You, cada uma inspirada nos doze animais do zodíaco chinês e uma extra, “Gatito”, a marca regida pelo artista “CAT” (que descobrimos no capítulo anterior que não é nada menos que Sanae Hanekoma). “Vaca” e “rato” são dois animais do zodíaco chinês, e suas respectivas marcas são D+B (“Dangerous Buffallo”) e Mus Rattus. Talvez a dica indique que devo carregar comigo itens destas duas marcas? Por garantia, averiguei meus equipamentos e armamentos antes de partir para Dogenzaka.

Atravesso o território do ramen e adentro o prédio de Pork City. Joshua explica que ali é um local diferente de todos em Shibuya, pois além de ser a estrutura mais alta de todo o jogo e estar em constante construção, é onde todos os pensamentos entram em conflito. Todas as imaginações de todos os cidadãos dos arredores confrontam-se ali, indo até o topo e voltando ao solo. É uma área altamente carregada de energia, e Sho Minamimoto está no topo dela.

Logo no primeiro andar eu encontro um par de Ceifadores conversando, e se mostram muito surpresos ao ver jogadores entrando na estrutura. Neku explica que era evidente que iriam ali, afinal é a missão do dia, mas os guardiões permanecem assustados. Eles dizem que o Game Master os ordenou que cuidassem daquele local há seis dias e não se pronunciou desde então, mas, já que estão em missão, devem fazer o de sempre: projetar uma barreira e impedir a passagem dos jogadores.

Elimine todos os Noises da sala para avançar”, essa a missão. Não muito criativa, mas num local tão pequeno, não posso culpá-los. Porém, logo noto que há uma jogada perigosa aqui: apenas bottons da marca Mus Rattus funcionam em batalha nessa área. Era por isso que recebi a dica de vir com esse tipo de botton! Reorganizei o meu arsenal e desafiei os oponentes dessa área.

Uma coisa curiosa é que os confrontos fugiram um pouco do padrão. Geralmente, ao enfrentar um inimigo em uma determinada área, o background do embate era aquela área. Porém, mesmo estando dentro de um salão vazio, eu enfrentei os Noises em diversos locais do mundo de fora em preto e branco. Ao concluir os combates, Joshua explica que estávamos lutando no território dos Números Imaginários, uma vertente que fica entre a realidade de Underground, a verdadeira Shibuya e o mundo habitado pelos Noises. Isso muito provavelmente é obra da influência de Sho Minamimoto naquele local rico em poder de imaginação. É, definitivamente, aqui é a base dele.

Após as lutas, o caminho é liberado e avanço para o segundo andar. Neste, a cena se repete: Ceifadores que não entendem porque estou ali, e criam uma barreira apenas para impedir o meu avanço, de praxe. Outra vez, a missão envolve eliminar todos os Noises, mas, neste território, eu só posso usar os bottons da marca D+B. Reorganizo o arsenal e parto para o embate contra os Noises, agora mais fortes que os do andar anterior.

Após o confronto, o caminho é liberado. Quando estou prestes a atravessar para a próxima área, Joshua me interrompe: “Seus bottons estão em ordem? Eu acho que ele está no próximo andar”. É, devo considerar isso como um aviso do jogo para essa ser a minha última chance de salvar o game. Reorganizo-me com meus melhores bottons e resolvo até passear pela cidade, melhorar meus equipamentos, comprar itens e aumentar alguns níveis por garantia. Paranoia de RPG, sabem? Por fim, retorno a este local, salvo o jogo e piso adiante, em direção ao topo de Pork City.

Assim que chego ao topo, noto que é o cenário mais épico que vi até agora em todo o jogo: no topo do prédio é possível ver toda Shibuya. Sho Minamimoto, o Game Master, pareceu tão surpreso quanto os Ceifadores dos últimos andares. “Como vocês acharam esse lugar?” exclama o matemático, e Joshua explica que receberam a missão na mensagem. Sho fica irado por um instante, mas então se acalma. “Vocês pouparam a minha viagem”. Isso significa que a missão não foi enviada pelo Game Master! Quem o fez então?

Eu queria fazer uma reencenação, com o mesmo padrão, no mesmo lugar da última vez”. Como assim “da última vez”? A cabeça de Neku começa a doer novamente como em todos os encontros com o Game Master, e, pela primeira vez, é algo tão gritante que até Joshua se preocupa. Num grito, entramos em mais uma cena, um flashback.


Distrito de Udagawa. Neku observa calmamente o mural pintado por CAT, quando passos desesperados irrompem sua paz. Ele olha para o lado e avista um rapaz de cabelos brancos correndo em sua direção, com uma arma em mãos. Joshua. Seus olhares se cruzam, um disparo. Neku cai no chão enquanto um sorriso toma os lábios do executor do disparo... Mas a bala não atingiu o protagonista. Ele está caído no chão, assustado, e atrás dele é possível ver um Sho Minamimoto baleado no ombro. Em desespero, ele mira a arma novamente em direção de Joshua e de Neku, e puxa o gatilho.


Foi você... VOCÊ ROUBOU A MINHA VIDA!”, exclama Neku em desespero e ira. “Isso é insignificante. Chega de papo, agora irei afogá-los em um oceano de números!”, rebate o Game Master. É chegada a hora do acerto de contas.


Sétimo Dia: Confronto de Desejos – Parte 2 

O que acontece a seguir é muito provavelmente uma das cenas mais épicas desse jogo. Eu não sei se expliquei antes, mas o poder de um Ceifador está concentrado em suas asas – é isso que os torna diferente dos Jogadores. A marca registrada dos Ceifadores são essas asas porque nela que está o código que os torna o que são, suas capacidades de invocar Noises, seus poderes sobre-humanos, ou seja, quanto maior as asas, maior o poder. Bem, com isso dito, acho que a próxima cena vai causar certa pressão.

Em um rugido, Sho faz surgir atrás de si nada menos do que seis asas, sendo a menor delas muito maior do que o seu próprio corpo, e quando estas alcançam o ápice de sua aparência, elas se estilhaçam em milhares de pequenos pedaços – simbolizando o abandono dos Ceifadores comuns e se tornando algo transcendental. Conforme a câmera volta para a ferocidade do Game Master, suas pernas aparecem se transformando como patas de um animal feroz, tingidas de negro.


Aqui se inicia o embate contra Sho Minamimoto, o Game Master da segunda semana. No começo, ele aparece no background, flutuando do lado de fora do telhado de Pork City – que, convenhamos, é o cenário mais épico para um confronto deste calibre. O Ceifador ergue a mão direita e proclama: “Matriz inversa!”, deixando cair no campo de batalha alguns Taboo Noises – endossando o fato de que ele era o invocador destas feras. Por hora, reservo-me a eliminar os monstros, revezando o Light Puck para maximizar o dano e atravessar a carapaça negra dos oponentes.

O comando se repete e ele despeja mais alguns inimigos, e repito o processo de apagá-los. Na terceira vez, ele pisa no campo de batalha – mas somente na tela de cima, enfrentando somente Joshua. O Game Master fica teleportando para todas as direções e, no comando “Morram, radianos!” ele dispara uma dúzia de esferas arroxeadas que explodem ao contato em um arco, pegando boa parte da tela e de difícil desvio. É difícil encarar os Taboo Noises e fugir dos ataques do matemático ao mesmo tempo, mas aos poucos começo a pegar seu timing.

Infelizmente, a luta contra Sho exige muito mais do que timing. Após um pouco do confronto, Sho migra para a tela inferior e deixa alguns Taboos para Joshua se entreter. No momento em que o selvagem oponente pisa no território de Neku, ele absorve todos os Taboo Noises que ali habitam e ruge, transformando-se em sua própria forma Noise de modo similar a Yodai Higashizawa (Game Master da primeira semana): Leo Cantus. O leão bípede se mostra assustador quando começa a lutar, com uma velocidade surpreendente e teleportando de um canto para o outro, aplicando potentes chutes que arremessam Neku com extrema violência ao proferir seu bordão mais famoso: “Tão zetta lentos!”.

Infinito!” é a palavra que anuncia um dos ataques mais brutais de Leo Cantus: ele avança e segura Neku com uma das mãos, o ergue e depois o arremessa contra o chão. Em poucos segundos ele drena praticamente todo meu HP, me fazendo fugir e usar o botton de recuperação. Após algum tempo apanhando e me forçando a tomar atitudes desesperadas pra escapar de seus incessantes chutes, Leo Cantus volta a ser Sho e recua para a tela de cima, recomeçando o ciclo.

Eu achei que tinha entendido o padrão dele, quando o Game Master resolve mais uma vez frustrar a minha campanha ao transformar-se novamente em Leo Cantus na tela de cima, agora descendo uma saraivada de chutes em Joshua ao invés de Neku. Felizmente, é mais fácil de me esquivar quando só tem duas direções para se defender, e assim consigo reagir melhor ao monstro. Também aproveito para ir acumulando mais poder para o ataque em conjunto de Neku e Joshua.

Leo transita para a tela de baixo, mas dessa vez estou mais preparado e consigo revidar aos seus ataques. Claro, foram necessários muitos usos do botton de recuperação e logo esgoto seus usos, mas consigo drenar boa parte do HP do mestre. Após muito esforço – e de me desesperar e quase jogar o DS no chão e pisar nele -, o oponente fica com HP baixo o suficiente para que eu use o ataque combinado dos dois protagonistas e, numa chuva de meteoros, apaguei de vez Leo Cantus.


3,14159265358979323846264338327950288419716939937510582097494459230781640628620899862803482534211706798214808651328230664709384460955058223172535940812848111!”, “MAS O QUE?”, é um excelente papo pós-batalha final. Num acesso de loucura, Sho anuncia que a derrota não é o suficiente para impedi-lo, pois ele esteve preparando a sua solução desde o início. A tela começa a pulsar em branco com um barulho agudo. Isso me preocupa.


“Cuidado! O que ele está conjurando é um Flare Nível i!” afirma Joshua. Sim, i é o símbolo dos números imaginários e Flare é a magia do Final Fantasy. Vai entender. O problema é que não há para onde fugir no topo do prédio, o golpe VAI acertar e não tem nada que eu possa fazer. Droga! Tudo foi em vão? Nem mesmo uma chance de reagir?!

Parece que alguém pensa que há uma chance. Joshua toma a frente e empurra Neku do topo do prédio, mas sem antes dizer algumas palavras:


Mas Neku, eu acho que você não pode se dar ao luxo de perder. Desista de si mesmo e você desiste do mundo inteiro.

Nessas palavras, Neku despenca do prédio enquanto o Flare atinge com força total em Joshua, explodindo todo o topo de Pork City, eliminando tudo e todos que poderiam habitar ali. E pensar que culpamos o Joshua por tudo por tanto tempo, e tudo que ele fez foi proteger Neku, tanto em Udagawa como ali no topo. E agora ele se foi, por nós.

A tela escurece após o flash, e fica assim por alguns segundos.

Scramble Crossing.

As pessoas andam para lá e para cá, e ninguém nota o rapaz caído no meio da rua.

Neku se levanta.


Droga... Por quê... POR QUÊ?!

Parece que essa maldição ainda não vai terminar. Eu não entendo o motivo, mas creio que essa epopeia está chegando ao fim – e dessa vez, definitivamente. Vamos continuar na semana que vem e ver no que isso vai dar.
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