Games rítmicos não são novidade. Já vimos de todos os estilos e para todos os gostos. São tantas opções que é quase impossível jogar todos. Desde Elite Beat Agents até o ótimo Rhythm Thief And The Emperor’s Treasure. Por isso que, para algum título conseguir êxito em se destacar, ele precisa do algo a mais, e este detalhe não pode se resumir a músicas famosas ou não. Ele precisa de algo que poucos têm: carisma. Hatsune Miku and Future Stars: Project Mirai tem isso de sobra.
Fofas e talentosas
Hatsune Miku é uma franquia extremamente popular em terras nipônicas. Esta versão de Nintendo 3DS é um spin-off - uma versão “fora” da franquia principal chamada Project Diva - que traz pela primeira vez as cantoras engraçadinhas e super fofas ao portátil 3D da Big N. A principal diferença entre os outros títulos é que aqui a apresentação das personagens é no formato “Nendoroid”, ou seja, no estilo super deformado, com cabeças grandes e corpos pequenos. Isso faz com que logo no primeiro momento do game nos apaixonemos por todo o visual e pelas cores tão bem trabalhadas. Além disso, cada música traz uma performance toda especial, nos fazendo querer assisti-las muitas e muitas vezes. Um trabalho adorável da Sega.
Por ser um game rítmico, Hatsune Miku deve oferecer ao jogador uma mescla entre músicas empolgantes e um desafio gradual. Esta mistura serve para qualquer game do gênero, pois só assim para prender o jogador. Felizmente, tudo o que é exigido aparece com muita qualidade aqui. As músicas são viciantes, logo após as primeiras jogadas, você se pega cantarolando-as no chuveiro ou no caminho para o trabalho. A dificuldade começa como se nem estivesse lá, mas assim que pegamos o jeito da jogabilidade e decidimos nos aventurar por níveis mais complexos, é bom estarmos preparados para suar muito. Isso faz com que o game demore muito para enjoar, deixando o foco do jogador exclusivamente em sua vontade de melhorar.
Botões fofos
O sistema de jogo de Hatsune Miku parece bem simples em seu início. Seu objetivo é apenas apertar ou segurar o botão no momento propício, enquanto um círculo com um ponteiro aparece na tela do portátil. É quase impossível se perder ou se complicar nos primeiros níveis, mas assim que decidimos nos aventurar por dificuldades maiores, aí o game passa a exigir do jogador uma grande destreza e uma concentração ainda maior. O problema é que as imagens que passam no decorrer da música são tão fofas e interessantes que fica difícil se focar apenas no círculo e nos botões. É claro que isso serve apenas como uma estratégia dos produtores, mesmo assim é uma boa sacada.
Esta versão de 3DS traz o uso de cartões de realidade aumentada nos quais usamos a câmera do portátil para ver as personagens espalhadas por onde quisermos. Isso apenas representa o sensacional “fan-service” (coisas feitas para fãs) que a Sega quis fazer com Hatsune Miku and Future Stars: Project Mirai. Infelizmente, apenas os fervorosos fãs acabam se empolgando com o game, pois aquele que desconhece a franquia, pode acabar perdendo o interesse após jogar todas as músicas.
Divas demais
Hatsune Miku and Future Stars: Project Mirai é apenas a primeira incursão da franquia no Nintendo 3DS. É uma pena que este sensacional título seja exclusivo de nossos amigos japoneses. Tudo é tão fofo e bem trabalhado. Um verdadeiro feito de qualidade para os produtores da Sega. É impossível não se apaixonar pela franquia, pelas faces lindas das cantoras, pelas vozes enigmáticas que fazem com que logo passamos a ter nossa favorita.
Cada momento com o game é um ótimo passatempo, uma perfeita jogatina para aqueles que gostam de se desafiar e ainda ganhar bons minutos com cantoras super fofas.
Tente jogar, você vai amar.
Revisão: Rafael Neves