O Marketing da Nintendo geração por geração - parte 2

em 25/08/2012

Na última edição deste especial vimos um pouco de como a Nintendo, de forma inteligente cresceu e divulgou sua primeira geração de consol... (por Gustavo Rocha em 25/08/2012, via Nintendo Blast)

Na última edição deste especial vimos um pouco de como a Nintendo, de forma inteligente cresceu e divulgou sua primeira geração de consoles, aplicando um primoroso marketing especialmente voltado ao seu potencial tecnológico, além de demonstrar ao mundo seus primeiros personagens carismáticos. Agora, na segunda parte, você confere duas fases repletas de criatividade vividas pela empresa - a do Super Nintendo e do Nintendo 64 - e de quebra confere mais algumas propagandas suficientemente engraçadas para você no mínimo ficar curioso(a) para ver. Aproveite!

Branding bem aplicado no Super!


No ano de 1990 foi lançado no Japão o Super Famicon, substituto do saudoso Famicon que claro, veio para o ocidente sobre o nome de Super Nintendo Entertainment System, no ano de 1991. O console apresentava uma tecnologia completamente inovadora, e gráficos primorosos que, para a época, não podiam ser melhores. E claro, não podemos esquecer também da ascenção do Game Boy, e de todo o seu conceito de portabilidade.

Com tanta tecnologia em mãos, a Nintendo pôde aproveitar de forma única a marca deixada por seus personagens, sendo que, ao longo da vida do console, ao menos um grandioso jogo foi criado com base em cada personagem da marca. E é aí que abordamos mais um fator importante no marketing de qualquer empresa: o branding.

Branding ou Brand Management, que no bom e velho português significa “Gestão de Marcas”, como o próprio nome diz, representa toda a forma de idéias que identificam a empresa - desde o logotipo até toda a identidade visual que ela pode apresentar. No caso da Nintendo, boa parte de seu branding pode ser percebido na concepção dos personagens, como inclusive já foi visto na última matéria.
Mario Bros, Donkey Kong, Link e Samus já eram velhos conhecidos dos gamers  daquela época (além do lendário Rockman/ Megaman, que não era criação da empresa, mas ajudou bastante nas vendas), e já representavam muito bem a cara da Nintendo. Com a chegada do Super Nintendo, os jogos com estes personagens evoluíram drasticamente, e os visuais deles só tomaram formas estupendas nas telas de televisões. Sem contar que surgiram outras séries características, como Star Fox e F-Zero. Os jogadores jogavam, viciavam e se divertiam, e o resultado é esse que você está lendo agora: estamos falando sobre eles! Existe forma melhor de exemplificar como o marketing da Nintendo afetou nossas mentes? Talvez não, mas existiu uma outra forma que nos ajudou a marcar aquela época: as propagandas que você confere agora!










Nintendo ou Nada!


Se você assistiu aos videos acima, deve ter percebido o jargão usado no final de cada um: “É Nintendo ou Nada”, que mais uma vez posicionava a Nintendo como o topo de tudo. Essa frase foi usada em inúmeras propagandas brasileiras da Nintendo (nas épocas em que a Playtronic - futura Gradiente - estava patenteando a empresa aqui nas nossas terras). As propagandas com essa assinatura foram tão diferentes das vistas no resto do mundo que chegaram inclusive a ficar conhecidas no exterior.

A ascenção do Nintendo 64!


Depois de 6 anos, é lançado no Japão e Estados Unidos o ilustre Nintendo 64, com muito mais que o dobro de potencial tecnológico que o Super Nintendo. Novamente a Nintendo se renovou apresentando uma leva de jogos completamente tridimensionais e, claro, demonstrou pela primeira vez o encanador bigodudo completamente renderizado em três dimensões, no clássico Super Mario 64. Com o tempo, surgiram também os clássicos Star Fox 64 e Goldeneye 007, além de Pokémon em 3D e o indestrutível The Legend of Zelda: Ocarina of Time, entre outras pérolas.

Não era novidade que o posicionamento estratégico (a forma com que a empresa ficava estampada na mente do consumidor, basicamente) da Nintendo sempre foi voltado em seus personagens, que possuíam carisma suficiente para levar a empresa às alturas do mercado econômico. Logo, com a chegada do Nintendo 64, estes personagens viriam a se apresentar com os mesmos conceitos, mas com visuais completamente reformulados. E mais, seus jogos seriam produzidos com a finalidade de serem inesquecíveis. Independente se o console vendeu muito ou pouco mundialmente, a Nintendo conseguiu expandir ainda mais seu território de conhecimento, apresentando inúmeros conceitos completamente inovadores no mercado tecnológico.

E, mesmo que o console não tenha vendido tanto quanto o esperado (devido a fatores externos como a falta de títulos de RPG ou simplesmente pelo fato de ele ter sido um console de cartuchos), ao menos uma boa dose de propagandas foram feitas especialmente para o público que tinha o video game. E algumas foram feitas justamente para quem não o tinha, e acredite, boa parte delas realmente funcionavam, e deixavam muitos marmanjos loucos para ter um 64. Uma prova? Veja o Link encaixando a Master Sword do pedestal no comercial abaixo e  imagine isso na sua televisão do final dos anos 90. Depois volte aqui e responda: quer voltar àquela época? Sim ou não?


Não podia me esquecer desse comercial insano de Super Smash Bros.

E essa foi mais uma parte da matéria sobre o marketing da Nintendo. Na próxima você vai ver mais um pouco de como foi a continuação da luta por identidade da empresa. Gostou das propagandas vistas nessa? Uma pena não ter surgido mais nenhuma do Cereal Nintendo...

Revisão: Mateus Pampolha
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