Do crepúsculo ao alvorecer
Way to the Dawn é a Keyblade assinatura de Riku, é o formato padrão utilizado pelo cavaleiro, da mesma forma que a Kingdom Key é utilizada por Sora. Seu formato é interessante por representar bem a sua premissa de luz e trevas, contendo uma pequena asa de anjo no fim de uma asa sombria, e tem o escudo da empunhadura partilhando o mesmo aspecto de asa demoníaca e sagrada. O pingente de sua Keychain é o símbolo dos Heartless, e no centro de sua empunhadura, é notável uma pedra semelhante a um olho azul – pedra deveras interessante e familiar para aqueles que jogaram Kingdom Hearts: Birth by Sleep (PSP), visto que a mesma característica aparece em Void Gear, a Keyblade de Vanitas, bem como na arma de Master Xehanort. Talvez seja um padrão nas Keyblades que nasceram da escuridão?
Void Gear e Master Xehanort's Keyblade, respectivamente.
Um brilho na escuridão
Esta Keyblade surge pela primeira vez próximo ao final de Kingdom Hearts II (PS2), quando Sora e Riku estão prestes a iniciar uma contenda contra o líder da Organization XIII, Xemnas. Porém, cronologicamente, a primeira aparição da Way to the Dawn ocorre em Kingdom Hearts: 358/2 Days (DS), onde pode ser equipada por Riku no Mission Mode utilizando-se o Zero Gear – contudo, visto a natureza não oficial em relação à timeline da série neste modo, acredita-se que a arma não foi utilizada oficialmente por Riku até o final do segundo game.
Sora também empunha esta Keyblade durante o confronto final em Kingdom Hearts II, mas apenas por breves segundos. Riku lhe empresta a arma após ser atingido, e o outro cavaleiro da Keyblade a utiliza para iniciar um verdadeiro combo contra Xemnas, e termina por finalizá-lo.
No minuto 7:30 ocorre o empréstimo da Way to the Dawn para Sora.
A devoradora de almas
Apesar da Way to the Dawn ser a arma assinatura de Riku, nem sempre foi assim. Quando o cavaleiro foi tomado pelas trevas, sua arma se chamava Soul Eater, que é uma espada extremamente semelhante a sua atual arma – exceto pelo fato de que esta não possui os aspectos angelicais.
Esta lâmina é vista pela primeira vez em Kingdom Hearts (PS2), onde Riku aprende a conjurá-la a partir das trevas em seu coração, e a usa até que Ansem tome posse de seu corpo e passe a usar a Key of People’s Hearts. Posteriormente, quando Ansem mergulha em seu “World of Chaos”, ele utiliza uma versão “lança de duas lâminas” da Soul Eater, representada na imagem abaixo.
A espada continua sendo utilizada durante os eventos de Kingdom Hearts: Chain of Memories (GBA), onde, além do próprio Riku utilizá-la, temos Riku Réplica e o próprio Zexion empunhando suas próprias versões da lâmina sombria. Após o castelo, o cavaleiro da Keyblade enfim assume as trevas em seu coração e passa a usá-las para o bem, continuando a empunhar a devoradora de almas até enfim subjulgar a escuridão e dominá-la por completo, momento em que a Soul Eater se transforma na protagonista deste artigo.
En garde!
Em batalha, Way to the Dawn tem um estilo semelhante à Kingdom Key, porém sendo mais focada em combates aéreos – algo explícito quando a maioria de seus combos envolvem girar o corpo do usuário e jogar o oponente para o ar (tendo como base o uso da arma em 358/2 Days e KH II). Já a Soul Eater, sua forma precedente, relembra a classe “Dark Knight” da série Final Fantasy devido a sua habilidade: trocar vitalidade por poder. Sacrificando porções de HP, os ataques de Riku se fortalecem com o poder da escuridão.
Talvez a próxima entrada da série, Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance (3DS) mostre mais capacidades dessa misteriosa Keyblade, talvez poderes ocultos de sua forma anterior, explorando o poder das trevas que habita o coração do herói.
E com isso concluímos essa matéria com o seguinte pensamento: por que os personagens sombrios sempre ganham as melhores armas? Way to the Dawn pode até não ser superior a Kingdom Key, mas convenhamos que ela tem muito mais estilo – na minha humilde opinião. E vocês, meus amigos e leitores, o que acham dessa arma? O que esperam dela no próximo título? Deixem seus comentários!
Revisão: Catarine Aurora