Muito em breve, minha jornada terminará. Assim como esse Blast Log. Mas enquanto isso, a tensão continua adentrando no santuário secreto de Skyloft: Sky Keep. A triforce está escondida em algum canto dessa dungeon gigantesca e se desejo encontrá-la terei que por todas minhas habilidades à prova, antes que seu poder divino seja incapaz de salvar este mundo da ameaça de Demise.
Unindo as virtudes sagradas
Logo na entrada do santuário, me deparo com um altar de pedra com o mapa da dungeon representado em vários blocos. Descubro que posso movimentá-los (com certas restrições) para reorganizar o esquema como se fosse um quebra-cabeça. Assim, posso criar um caminho que me leve às partes da Triforce, já que a força sagrada está separada em três partes diferentes, uma em cada câmara da dungeon. O problema é que para chegar até o local desejado terei que passar por partes inexploradas do santuário. Preciso me preparar para os perigos que irei enfrentar.
Após movimentar um pouco os blocos, a entrada ao leste é liberada e sigo através dela. Dentro da câmara, tenho uma incrível sensação de déjà vu, pois o recinto se assemelha bastante com Faron Woods. Para atravessar essa câmara encaro novamente vários desafios que tive antes em minhas aventuras pelo interior dos bosques. Chego ao final do percurso sem muita dificuldade e me preparo para entrar em outra câmara de Sky Keep. Olho omapa antes para cuidar de minha localização, mas percebo que ainda estou longe de alguns dos pedaços da Triforce.
Na próxima câmara, mais um momento nostálgico: resolver vários enigmas similares aos que enfrentei na mina abandonada de Lanayru Desert. Alguns são realmente desafiadores, mas nada que um pouco de perspicácia e paciência não resolva. E atravessando mais esse percurso do santuário, chego até outro altar com uma réplica do mapa de Sky Keep. Movo alguns blocos com cautela para abrir novos caminhos e cuidando para não bloquear outros; então percebo que preciso voltar à câmara de Faron Woods para prosseguir em minha jornada.
De lá, ganho acesso até outra câmara do santuário. Nesse novo local sou recepcionado com uma lufada de ar quente e me sinto outra vez no calor ardente do Earth Temple de Eldin Volcano. Passo por diversos problemas com a lava fervente, Lizalfos irritados, e quando preciso cavar o subsolo e esmagar aquelas terríveis centopeias gigantes. Felizmente me livro de todos esses obstáculos, alcançando enfim uma nova porta que me aproximará de algum pedaço da Triforce.
Nessa nova câmara, caio na armadilha de um inimigo nada simpático: LD-003K DREADFUSE. Esse robô é praticamente igual ao que eu havia enfrentado na Sandship do mar de areia de Lanayru. Assim, apesar dele me encurralar em um corredor estreito e tentar me atingir com eu gancho e espada, consigo desmantelar o robô e mandá-lo para o ferro-velho. Além disso, ainda consigo uma nova chave e encontro mais um altar de pedra para poder brincar um pouco com o quebra-cabeça do santuário. E com algumas alterações, surge um novo caminho para prosseguir.
Ao longo dele, precisei enfrentar dois Moblins gigantes que não me deram muito trabalho. Mas isso era apenas um prelúdio do que me aguardava atrás da próxima porta: uma horda de Cursed Brokoblins, dois Stalfos mal-encarados junto a um Satlmaster e alguns Brokoblins arqueiros. Com dificuldade venço todos esses inimigos e utilizo a chave para abrir a porta a minha frente. Através da passagem, me deparo com o símbolo de Faron desenhado no chão e Fi sugere que eu crave a espada no símbolo, pois sente que um dos pedaços da Triforce está próximo. Fazendo isso, sou levado a um Silent Realm (só que sem tears e guardiões dessa vez, para minha sorte), onde obtenho a Triforce da Coragem!
Retornando a Sky Keep, brinco com o mapa do santuário mais um pouco, volto à câmara de Earth Temple e atravesso um percurso bem tortuoso pela lava para chegar onde a presença de outro pedaço da Triforce está mais intensa. Repetindo o mesmo procedimento com o símbolo de Din e minha espada, adentro em outro Silent Realm onde recupero a Triforce do Poder!
Agora falta encontrar apenas um pedaço da Triforce para realizar meu desejo; manipulo o mapa de Sky Keep uma última vez para liberar a entrada até a última câmara do santuário. Lá, preciso pensar um pouco em como utilizar as mudanças temporais a meu favor carregando uma Timeshift Sphere. Mas felizmente consegui atravessar o difícil percurso, tanto no presente quanto no passado, e cheguei ao local onde o símbolo de Nayru me levaria até o último pedaço da força lendária dos deuses antigos: a Triforce da Sabedoria.
O desejo do herói lendário
Após obter o último pedaço da Triforce, o momento mais épico do jogo acontece. Os eventos que se seguem são tão impressionantes que seria difícil descrevê-los apenas com palavras. Assim, deixo que os sons e as imagens se encarreguem de mostrar todo o poder da Triforce:
Agora que a ameaça de Demise foi erradicada, entro no Templo de Sealed Grounds e reencontro Zelda. Sua prisão de cristal se desfaz perante meus olhos e finalmente ela está livre de seu sacrifício. Todos nos reunimos e alegremente comemoramos nossa vitória sobre o rei demônio (sendo que Groose é o mais exibido e empolgado da turma, claro). É um momento que realmente faz jus ao ditado: “Tudo está bem quando acaba bem”. Gostaria que fosse assim. Mas a jornada de um herói nem sempre termina de maneira tão fácil.
Nem bem respiramos aliviados depois de tantas batalhas quando uma energia maligna atinge todos de uma vez só. Enquanto luto para ficar em pé, uma risada familiar ecoa pelo templo. Ghirahim emerge das sombras. Enfurecido por ter falhado no plano de ressuscitar seu mestre, ele diz que todo o esforço para capturar “a escolhida pelos deuses” não será em vão. Agora que ele encontrou o segundo portal do Tempo e tem a própria reencarnação da deusa Hylia bem diante de si, pode prosseguir com seu plano. O lorde demônio pretende levar Zelda para o passado a fim de reviver Demise, já que seu mestre continua lacrado séculos atrás.
Impotente, vejo Ghirahim raptar Zelda. Groose, mesmo sabendo que não seria páreo para o demônio, tenta detê-lo. Mas o poder do inimigo lança-o longe. Assim, Ghirhaim atravessa o portal do Tempo e deixa a época atual. Felizmente minha força de vontade é maior e ergo-me. Groose e a velha senhora não tem dúvidas sobre o que devo fazer e me imploram que corra para salvar Zelda e evitar uma tragédia maior.
Chegando ao passado, reencontro Impa ferida. Ela diz que tentou deter o demônio, mas suas forças não foram suficientes e ele deixou o templo carregando a jovem Zelda desacordada. Temendo o pior, tranquilizo a protetora da deusa e me preparo para travar a batalha definitiva contra Ghirahim e garantir que a sombra maligna de Demise jamais ameace este mundo novamente.
Uma luta desesperada
Ao deixar o templo, vejo a região ao redor do santuário coberta pelas trevas. Ghirahim está no fundo do fosso realizando um ritual com a energia de Zelda, que está desacordada. Sabendo que o demônio em breve completaria seu plano e ressuscitaria seu mestre tento pular diretamente ao seu encontro. Porém, Ghirahim não quer ser atrapalhado e levanta uma barreira de cristais em torno da descida do fosso, assim não posso chegar perto do demônio trilhando esse caminho. E sem outra opção, decido correr até o fundo do fosso.
Querendo deter meu avanço, Ghirahim lança uma horda de Brokoblins e Moblins para me atacar. São lutas constantes e contra muitos adversários de uma vez só, portanto precisei caprichar meu Spin Attack para nocautear os demônios. O único problema é que esse tipo de estratégia gasta muita estamina e em momentos críticos não posso tentar fugir. Assim, na medida em que derroto uma horda, outra surge ao longo da descida, ainda mais poderosa do que a anterior. E aparece de tudo: desde Brokoblins-chefes que chamam mais inimigos com suas cornetas até os irritantes Brokoblins arqueiros que não me dão uma pausa para respirar. Quando canso de disparar ataques e decido correr freneticamente até o fundo do fosso acabo dando de cara com uma última muralha de cristais, e me vejo forçado a derrotar todos os inimigos pelo caminho para prosseguir.
Quando finalmente alcanço Ghirahim, o lorde demônio não hesita e lança uma horda definitiva de Brokoblins para me neutralizar. Farto dessas criaturas problemáticas, disparo um último Spin Attack para enfim poder confrontar diretamente meu inimigo. E assim, Ghirahim e eu nos encontramos novamente, mas dessa vez, sinto que a batalha será bem pior: o lorde demônio está mais enfurecido do que nunca. Ele se lamenta amargamente por ter sido relapso e misericordioso comigo nos últimos combates. Entende que jamais devia ter subestimado a força de vontade de um humano e se soubesse que eu haveria de lhe causar tantos problemas, teria me matado na primeira oportunidade que tivesse. Então, buscando corrigir seus erros passados, ele ergue uma muralha de cristal atrás de mim e lança Zelda ao céu para que nosso combate não atrapalhe o ritual maligno que está prestes a ser completado. Sua energia aumenta e explode em uma névoa negra de cristais ao seu redor. Quando ela se dissipa, Ghirahim aparece com o corpo completamente coberto por uma escama metálica negra como a noite e num relance, vislumbro, como afirmado pelo mesmo, que ele é arma definitiva da escuridão: o demônio é a espada de Demise!
Assim, a batalha final contra o lorde demônio Ghirahim começa. Para dificultar o confronto, Ghirahim cria uma arena com seus cristais e a transforma em uma plataforma que o ergue pelos ares. Como a pele do demônio agora é tão resistente quanto uma armadura, utilizo os golpes de espada para desestabilizá-lo. Ele ainda tenta revidar com chutes e socos, mas conseguindo me esquivar derrubo-o da plataforma até que ele caia inconsciente em outra logo abaixo. Aproveito o momento e desço para o próximo nível atingindo o demônio no peito com um Fatal Blow. E a sequência de luta se repete por mais duas vezes; desvio dos ataques e poderes de Ghirahim e derrubo-o pelas plataformas até atingir o solo.
No chão, o demônio se mostra ferido pelas rachaduras que provoquei no cristal em seu peito, mas decide continuar a batalha. Ele invoca sua espada mais uma vez e ao longe, lança círculos de energia para me atingir. Desviar deles é simples e preciso me concentrar em chegar perto do inimigo para desferir um golpe mortal. Infelizmente precisão é a palavra da vez, já que sua pele é praticamente indestrutível e seu único ponto fraco é justamente o cristal no peito. Assim, tento me esquivar de seus golpes o máximo possível enquanto perfuro o cristal com minha espada.
Quando parece que seu ponto fraco havia sido destruído, Ghirahim se energiza novamente e parte para nova batalha com uma espada muito maior e mais poderosa. Aproveito o momento para tomar algumas poções a fim de recuperar meu escudo e minhas energias e, como ele não ataca mais, parto para o combate! Golpeio sua espada ferozmente e percebo que ela é mais frágil do que aparenta. Quando quebro sua defesa o suficiente, consigo atingir o cristal do demônio mais uma vez. Infelizmente, preciso ser rápido em realizar esses movimentos, já que qualquer descuido serve de oportunidade para Ghirahim reconstituir sua espada novamente. Repito os golpes certeiros mais algumas vezes e finalmente despedaço o ponto fraco do inimigo.
Ofegante, Ghirahim lamenta perder a batalha para um simples “menino”, mas ri ironicamente por trás de sua dor. O tempo do combate foi o suficiente para concluir seu ritual. E antes que eu possa reagir, Zelda grita no céu enquanto Demise, na forma da besta negra, se ergue do fundo do fosso e suga toda a energia da jovem garota. O rei demônio devora rapidamente a essência vital de Zelda enquanto Ghirahim dá gargalhadas terríveis ao perceber que, no final das contas, ele venceu e seu mestre irá ressuscitar. Será? Todos os meus esforços e sacrifícios foram em vão? A esperança acabou e perderei Zelda para sempre?
A jornada se conclui nas próximas semanas...
Revisão: Bruna Lima