Análise: Tetris Party Deluxe (Wii)

Tetris é um dos jogos mais conhecidos do mundo, ganhando versões para todos os consoles imagináveis e infestando minigames vendidos em camelôs. Mesmo espalhado assim, Tetris ainda é bem associado aos consoles Nintendo, porque a empresa usou o jogo para promover seu recém-lançado Game Boy. E será que esta versão lançada em disco para Wii consegue fazer jus a tantas décadas de diversão? Vamos conferir nesta análise.

Vai começar a festa

Como já dito na introdução, Tetris sempre foi associado aos consoles portáteis da Nintendo, mesmo também aparecendo na “concorrência”. Minha experiência com a franquia se resume a dezenas de horas gastas no meu Game Boy tijolão e algumas tentativas de passar o tempo naqueles “brick games” vendidos em camelô. Adoro jogos de puzzle, mas me mantive afastado de Tetris por algum motivo. Quando Tetris Party Deluxe de Wii apareceu diante de mim, a sensação foi surpreendente. Tetris Party já havia sido lançado para download através do WiiWare em 2008, e fez um sucesso absurdo de crítica e público. Sobre a versão Deluxe, vou já adiantar algo bem desanimador: quase não há diferenças entre a versão de WiiWare e a versão em disco. Quer dizer, há uma diferença bem  incômoda: o preço cobrado na versão disco é bem superior.

Mas o que dizer do jogo em si? É Tetris. Mesmo se você acha besta a ideia do jogo, jogar por uns minutos vai fazer o tempo passar muito rapidamente. Lembro que inseri o disco no Wii só para dar “uma testadinha” e reparei que fiquei mais de uma hora jogando. E não havia notado. As cores não cansam sua vista, os cenários de fundo não incomodam e a música é bem agradável. Se bem que seria bem mais agradável se tivessem mantido as faixas clássicas da versão de Game Boy, além das novas inseridas.

Variedade no mundo de Tetris

Ao contrário do seu minigame comprado em lojas que não emitem nota fiscal, este Tetris possui vários modos de jogo para você gastar seu tempo. Muitos deles são muito criativos, como o que você tem que gerenciar as peças para formar um desenho, ou então uma que você precisa montar uma estrutura para ajudar um Tetrimino (um ser simpático que habita este mundo onde as peças caem dos céus) a chegar ao topo da tela.

E depois de desbravar todos esses modos, o jogo ainda tem o modo multiplayer online. E, posso dizer, é muito desafiante. O nível dos jogadores que costumam jogar é altíssimo, e é uma maneira excelente de se aprender novas estratégias para o jogo. Eu mesmo, depois de anos jogando Tetris, consegui descobrir uns truques novos. Caso você prefira uma disputa mais localizada, também pode usar o multiplayer local, que é bem versátil. Digo isso porque o jogo permite que você configure todas as regras para que a peleja seja do jeito que você quer. Dá, por exemplo, para escolher se você quer itens aparecendo no modo Battle, ou a música e cenário para o duelo.

Agradável surpresa

No fim, fiquei muito surpreso com o jogo. É uma prova gigante de que a série Tetris é atemporal, e que não precisa sofrer grandes atualizações para que divirta da mesma forma. E a inclusão de outras jogabilidades, como o uso do Wii Wheel ou da Balance Board, só melhoram o pacote. Quanto ao Tetris Party Deluxe em si, a principal falha é oferecer quase o mesmo que o Tetris Party disponível para o WiiWare a um preço bem mais alto. Falta também algumas opções, como uma mudança mais randômica para cenários e músicas.

Me arrependo de ter ficado tanto tempo longe da série, pois você se sente mais vivo jogando. Dá para perceber que é uma ótima maneira de exercitar o cérebro, então vou começar a tornar mais frequentes minhas visitas a este universo. E você, leitor? Se encaixa no time dos que acham Tetris algo bestinha ou sabe o valor que este clássico tem? Conte para nós nos comentários!

Prós:

• Jogabilidade afiada;
• Músicas agradáveis,
• Multiplayer local e online;
• Modos de jogos interessantes;
• Jogabilidades diferentes.

Contras:

• Quase igual ao Tetris Party de WiiWare, só que mais caro.

Tetris Party Deluxe – Wii – Nota final: 8,5
Gráficos: 7 | Som: 8,5 | Jogabilidade: 10 | Diversão: 9

Revisão: Mateus Pampolha