Meu Blast Log atinge um ponto derradeiro em minha jornada. Dentro das entranhas do vulcão das planícies de Eldin, estou perto de obter a última chama que me permitirá ativar o portal do tempo e resgatar Zelda. Porém, como todo o desafio de um herói, atingir tal meta não será fácil. E no calor do vulcão encontrarei diversos obstáculos em meu caminho, sejam eles enigmáticos ou mortais.
Rumo ao santuário do fogo
Com o auxílio dos Fire-Shield Earrings consigo atravessar uma passagem de extremo calor e adentro em Volcano Summit, o coração do vulcão. Nas cavernas do local, encontro todo o tipo de inimigos que estão dispostos a me queimar! Mas basta prestar atenção por onde andar e qual caminho seguir que tudo se torna mais simples e a exploração pode continuar. Ao oeste das cavernas, me deparo com uma cascata de água pura. Já que tinha uma garrafa vazia, aproveito para coletar um pouco do líquido, pois relembrando de minhas experiências anteriores, tenho quase certeza que a presença dessa fonte em um local tão hostil não pode ser mera coincidência.
Seguindo pelas cavernas, me deparo com passagens bloqueadas e é então que a água coletada mostra-se útil! Jogando-a nas estátuas em forma de sapos sobre as passagens, consigo ativar o mecanismo que desbloqueia meu caminho. O único problema é que existem vários desses bloqueios pelo caminho e como tenho apenas uma garrafa vazia, a cada porta liberada preciso retornar à cascata em busca de mais água.
Deixo as cavernas do vulcão para trás e me encontro diante de um grande templo. Em frente dele está meu velho amigo Gorko, explorando os segredos da superfície. Ele me conta que estou diante do lendário Fire Sanctuary e que a chama sagrada que eu procuro, talvez se localize em seu interior. Ainda me alerta que apenas uma garrafinha d’água não será suficiente para ativar o mecanismo da porta através da boca gigante da estátua de sapo. E, para me aconselhar, Fi aparece me sugerindo que a bacia sagrada do dragão d’água pode armazenar uma quantidade de água suficiente para ser utilizada e liberar minha passagem até o templo.
Sendo assim, utilizo a Bird Statue e me dirijo diretamente para o lago Floria, onde peço a permissão do dragão para utilizar a bacia sagrada. Com a autorização dele, sugiro que Fi chame Scrapper para me ajudar a carregar a bacia até a entrada do templo do fogo. Assim, eu e meu amigo robótico chegamos à porta do templo e ele utiliza sua destreza para despejar a água na boca da estátua de sapo. A porta de mais uma dungeon se abre diante mim e Scrapper se despede, mas pronto para atender a qualquer chamado da senhorita Fi. Sabendo que um dos meus principais objetivos está perto de seu final, preparo meu espírito e adentro em Fire Sanctuary.
O lorde demônio ataca mais uma vez!
Dentro de Fire Sanctuary, me sinto dando voltas em um labirinto até que consigo encontrar o mapa da dungeon. Além disso, preciso tomar muito cuidado para utilizar corretamente pequenas plantas carregadas de água que, ao serem lançadas em rios de lava, solidificam-se formando plataformas que me permitem atravessar esses caminhos perigosos. As margens desses rios perigosos ainda estão cheias de Bokoblins arqueiros que tentam me atrapalhar, mas um tiro certeiro resolve a situação rapidamente. Infelizmente, a lava nem sempre se encontra apenas bloqueando meu caminho, mas em certas câmaras, ela assume a forma de uma mão gigante que, dependendo de onde estou, ela pode tanto me elevar até uma nova área ou tentar me atingir. Felizmente, as plantas mais uma vez se mostram úteis, pois posso utilizá-las para esfriar a lava e destruí-la antes que me cause mais danos.
Continuando minha exploração da dungeon, acabo em um beco sem saída. Voltando um pouco, consigo libertar um Mogma desesperado que estava preso e prestes a cair na lava fervente. Meu mais novo amigo me agradece e, além de contar alguns segredos que podem me ajudar a encontrar um caminho até a chama sagrada, ainda me presenteia com um novo par de Mogma Mitts. Com essas garras escavadoras especiais, além de cavar buracos, posso mergulhar embaixo da terra e utilizar os túneis feitos pelos Mogmas para alcançar outros níveis do santuário. Mas como nada é perfeito, encontro diversos obstáculos nos túneis além de centopeias gigantes que fazem de tudo para me dar uma mordida.
Os caminhos pelo santuário são tão tortuosos que preciso utilizar as Clawshots para atravessar certas passagens que se encontram ou bloqueadas ou destruídas. E quando penso que as coisas não podem piorar, acabo dando de cara com dois Lizalfos extremamente perigosos, onde ao tentar atingir um deles, acabo sendo golpeado pelo outro. Tive que utilizar todas as minhas habilidades de defesa e contra ataque para cruzar esse desafio. Ao menos depois de tantos problemas, finalmente consigo localizar a porta trancada que me levaria a outra batalha mortal contra um novo chefão e a última chama para energizar minha lâmina. Ainda precisei cavar por entre os túneis dos Mogmas mais uma vez para ativar um mecanismo que me revelaria o baú contendo a chave para a câmara do chefão. Felizmente consegui pulverizar as duas centopeias gigantes que tentavam me atrapalhar na minha missão pelo subsolo. Assim, com a chave em mãos, torço meu punho novamente (já estou me acostumando com isso), a fechadura estala e a porta para um novo desafio se abre perante mim.
Esperando encontrar um novo inimigo antes de alcançar a chama sagrada, dou de cara com uma silhueta muito familiar. O Lorde demônio, Ghirahim, mais uma vez atravessa meu caminho. Dessa vez, ele parece contente com sua nova descoberta: inscrições na parede do Templo mostram que existe mais um portal do Tempo. E, tomando o conhecimento disso, o demônio propõe poupar minha patética vida e se esquecer de todos os tormentos pelo os quais lhe fiz passar se eu lhe revelar a localização do segundo portal. Firmemente me recusei a fazê-lo e Ghirahim não me dá outra opção se não encará-lo no combate novamente. Porém dessa vez, ele me promete que não será tão simples quanto antes e que sentirei todo o sofrimento e dor que suas terríveis habilidades podem me causar. Assim, o demônio invoca suas forças e seus dois braços tornam-se negros como a escuridão da noite, mas ao mesmo tempo, com um brilho metálico.
Durante a primeira parte dessa batalha perigosa, Ghirahim permanecesse na defensiva tentando se aproximar de mim e bloquear meus golpes de espada enquanto invoca suas pequenas lâminas voadoras para me atingir. Para escapar dos golpes e atingir o demônio, precisei de muita calma e paciência para saber o momento certo de rebatar as lâminas lançadas por ele com meu escudo e aproveitar para acertá-lo.
Notando que estava apenas se aquecendo, Ghirahim desiste de sua tática defensiva e decide partir para o ataque com uma espada em cada mão. Infelizmente, falhei ao tentar atacá-lo diretamente, pois seus golpes foram certeiros e letais. Tomando todas as precauções, deixei que ele desse então o primeiro golpe e baixasse sua defesa. Assim, enquanto ele desaparecia e reaparecia encravando suas espadas como uma bomba diretamente no chão, eu aproveitava sua distração e o acertava com todas as minhas forças. Ele ainda tentou me atrapalhar com mais algumas lâminas voadoras mortais, mas consegui abatê-las facilmente e nocautear o demônio definitivamente.
Ghirahim encerra a batalha decepcionado e enfurecido. O demônio jura que na próxima vez que nos encontrarmos será meu fim e que pagarei por todos os problemas que lhe causei. Assim, mais uma vez, ele desaparece. E, finalmente, meu caminho até a chama sagrada está livre para que eu possa seguir em frente. Adentrando na câmara posterior, me encontro perante a chama sagrada de Din. Fi, repetindo o ritual, canaliza o poder da chama diretamente na lâmina de espada e, ao erguê-la aos céus, ela enfim assume sua forma mais poderosa, porém, não definitiva: a Master Sword. Além disso, mais um triângulo dourado brilha sobre minha mão direita. E agora, com essa espada, posso invocar o portal do Tempo e voltar ao passado para resgatar Zelda. E, sendo assim, deixo Fire Sanctuary e me dirijo sem demora ao templo em Sealed Grounds.
A volta da besta e o portal do Tempo
Com minha missão cumprida e portando a Master Sword, retorno a Sealed Grounds para cumprir meu destino. Infelizmente, antes que possa atingir a antiga pedra do templo, um tremor ocorre e o selo protetor se rompe novamente e a besta, the Imprisioned, retorna para aterrorizar o mundo. Então, sem perder tempo, saio do templo e parto para mais uma batalha. Mas antes, Groose aparece logo na entrada do templo para me dar um alerta. Muito contente, o jovem me mostra a fascinante engenhoca que ele havia criado em minha ausência. Parece que a velha senhora havia recarregado o ânimo de meu companheiro e ele decidiu se mexer para nos ajudar nessa batalha mortal. O “Groosenator”, como ele mesmo chama, é uma espécie de catapulta que corre sobre trilhos lançando bomb flowers gigantes. Ele me avisa que está a minha disposição para ajudar e quando precisar é só chamá-lo que ele carregará a arma para disparar contra o monstro.
A batalha ocorre da mesma forma que da última vez, com a diferença de que a besta agora possui dois braços e quando ela tenta atalhar seu caminho até o templo subindo pelas lateriais do fosso, preciso da ajuda do Groosenator para impedi-la. Mas, apesar de o desafio ser literalmente gigante, com a ajuda de Groose e sua máquina fantástica consigo despedaçar os dedos dos pés da criatura diversas vezes até recolocar o selo novamente em sua testa lacrando-a no fosso mais uma vez.
Livrando-me desse contratempo, retorno para o templo e diante do assombro da velha senhora e de Groose, presencio uma das cenas mais fantásticas do jogo quando atinjo a antiga pedra fria do templo com o skyward strike da Master Sword. O bloco gigante brilha com uma energia luminosa e se desfaz em milhares de pedaços perante meus olhos. Em pouco tempo, todos se juntam montando os componentes e engrenagens do portal do tempo. Assim, a velha senhora me diz que basta tocá-lo para ativar minha passagem direto para o tempo onde Zelda se encontra. Então, abrindo o portal, regresso séculos ao passado onde poderei encontrar aquela que tanto procuro e talvez descobrir o mistério que ronda os nossos destinos.
Uma reviravolta do destino
Séculos no passado, chego ao templo de Sealed Grounds, ou melhor, ao templo sagrado da deusa Hylia. Logo ao sair do portal, reencontro a jovem guerreira que havia protegido Zelda durante o encontro mortal com Ghirahim em Lanayru Desert. Impa fica contente por eu finalmente ter conseguido energizar minha espada e utilizar o portal do Tempo. Ele me indica a porta a frente dizendo que Zelda se encontra lá e me aguarda.
Na câmara, finalmente encontro Zelda. Porém, a jovem não parece tão alegre em me ver e assume uma posição séria enquanto me promete contar que tudo que eu preciso saber e todas as respostas que anseio, pois não temos tempo a perder. Assim, ela começa a contar a história da deusa Hylia. Todos os eventos do passado narrados ao belo som da canção Zelda’s Lullaby (que combina perfeitamente com esse momento). Mas logo no início da história, a jovem se aproxima de mim e ao tocar em minha espada, a lâmina brilha intensamente enquanto a arma assume sua verdadeira forma e se torna a True Master Sword. A espada do verdadeiro herói da lenda que irá banir o mal desse mundo. Um item que terá um papel de suma importância devido aos acontecimentos que tomarei conhecimento.
Há muito tempo (pouco tempo em relação à agora na verdade), a deusa Hylia havia travado uma batalha mortal contra o rei demônio Demise, que assolava a superfície com terror e destruição. Nessa última batalha, afim de derrotar Demise e expulsá-lo desse mundo de uma vez por todas, ela havia utilizado o poder da Triforce: uma força sagrada criada milênios antes pelos três deuses originais Farore, Din e Nayru. Tal poder possuía três virtudes: coragem, poder e sabedoria, que eram necessárias para utilizá-lo corretamente. Somente com uso correto delas, um humano poderia utilizar seu poder sagrado e realizar qualquer desejo que quisesse. E , foi assim, com o poder da Triforce, que Hylia derrotou e selou Demise no fosso de seu templo, para que seu mal ficasse afastado do mundo.
Estando muito ferida após a terrível batalha, a deusa logo propôs um plano que asseguraria que Demise jamais ressuscitasse trazendo destruição a esse mundo novamente ou tentasse se apoderar da Triforce. Primeiramente, ela escondeu o poder sagrado dos deuses no interior de um pedaço da superfície que ela lançaria aos céus (e mais tarde se tornaria Skyloft), onde seus habitantes viveriam em segurança e ao mesmo tempo desconhecendo sobre a existência ou as capacidades do poder que nessa terra se encerrava. Depois, ela decidiu tomar a forma humana, de modo que pudesse, secretamente, proteger a Triforce e ficar segura das forças do mal. Ainda, Hylia profetizou que caso Demise tentasse retornar ao mundo, um herói, escolhido pelos deuses, surgiria para lutar ao lado da deusa carregando o poder da Triforce. O heroi ainda seria auxiliado pelo espirito protetor da Goddess’ Sword, Fi.
Assim, Zelda deixa bem claro que ela é a reencarnação humana da deusa Hylia e eu, Link, sou o herói da lenda. Prova disso é a marca da Triforce que aparecia aos poucos sobre minha mão direita, à medida que eu aumentava tanto o poder da espada quanto a força de meu espírito. Zelda também havia decidido percorrer o mundo da superfície sozinha para que em cada templo sagrado ela pudesse purificar seu espírito e relembrar seu passado com deusa. Mas apesar de saber que nossos destinos já estavam traçados, a jovem se sente muito culpada por ter me envolvido nessa batalha milenar. Mesmo assim, ela garante que nossos esforços são imprescindíveis para impedir o retorno de Demise. E, sendo assim, Zelda me diz que infelizmente, terá que me abandonar novamente. Surpreso, ela me conta que devo retornar ao meu tempo e procurar pela Triforce em Skyloft, pois sou o único que pode encontra-la e somente seu poder pode deter Demise. Enquanto isso, ela permanecerá no passado, hibernando enquanto sua energia mantém o selo do fosso intacto e o mundo protegido, pois em nosso tempo, Demise luta para se libertar de sua prisão utilizando sua forma bestial.
Desesperado, enquanto Zelda se despede de mim mais uma vez, tento em vão impedir que ela se isole em um cristal na câmara do templo. É um momento muito emocionante do jogo, enquanto o casulo de cristal se fecha por entre meus murros incessantes e entre as palavras de Zelda me fazendo prometer que iremos nos encontrar novamente um dia e que, dessa vez, eu é que vou lhe acordar. Assim, mantenho a promessa, enquanto saio da câmara e vejo sua porta sendo lacrada: cumprirei meu destino. Deixando o passado para trás, devo encontrar a Triforce, impedir o retorno de Demise e me reunir a Zelda, libertando-a desse pesadelo. Como o começo de minha jornada, os desafios que se estendem perante mim parecem impossíveis e intransponíveis, mas se minha força não falhar, se dominar o meu poder e mantiver minha sabedoria, certamente alcançarei meu objetivo.
A aventura continua nas próximas semanas...
Revisão: Catarine Aurora