Blast from the Past: The King Of Fighters 96 (Neo Geo/VC)

em 29/07/2012

É fantástico como um game pode nos marcar de forma incompreensível. Quem aí se lembra de gastar toda a mesada em fichas e mais fichas nos fl... (por Anônimo em 29/07/2012, via Nintendo Blast)

kof-96-1É fantástico como um game pode nos marcar de forma incompreensível. Quem aí se lembra de gastar toda a mesada em fichas e mais fichas nos fliperamas e outros locais menos “refinados” apenas para passar momentos maravilhosos de jogatina com algum título da série criada pela SNK? Eu mesmo sou tão apaixonado por The King Of Fighters que mais uma vez volto a escrever sobre o assunto para o Nintendo Blast. Desta vez, abordaremos a versão de 1996.


Cartas para um torneio

Na terceira versão do maior campeonato de artes marciais do mundo, os convites chegam até os lutadores através de cartas. Desta vez elas não são enviadas por Rugal Bernstein, mas sim por uma poderosa mulher chamada Chizuru Kagura. Desde o torneio de 1994, o KOF ganhou enorme notoriedade, e até mesmo canais de televisão passaram a dar importância para a competição. Agora, além de duros confrontos, há também uma exorbitante quantia de dinheiro envolvendo o Rei Dos Lutadores. Tudo parece extremamente glamouroso, mas há um objetivo por trás disso envolvendo os personagens Kyo Kusanagi e seu desafeto Iori Yagami em um plano para destruir o deus Orochi.

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Assim começa o torneio que traz 29 competidores em batalhas que exigem muito mais do jogador do que um simples apertar sequencial de botões. Na época de seu lançamento, King Of Fighters 96 liderou os chamados “contras” entre os mais variados perfis de gamers. O sistema é um pouco fora do padrão, pois precisamos escolher três personagens para formar um time onde cada lutador do trio deve ser derrotado para que alguém seja considerado vencedor. Os movimentos especiais são semelhantes aos de qualquer jogo de luta, mas a vantagem de KOF em relação aos demais sempre foram seus personagens interessantes e combos empolgantes. Nesta versão, tudo isso se manteve em grande estilo.

 

Evolução e amadurecimento

Quando alguém joga KOF 94 ou 95 percebe que ambos são bem parecidos tanto no gameplay quanto no visual. Na versão de 1sBzhvLHpwLykBPhN_4cV3D_A8vPFbpDK996 da franquia, tudo parece ter evoluído para um jogo mais maduro e consistente. As combinações de comandos dos “Desperation Moves” (especiais de cada lutador) se tornaram menos complexas, algo que permanece até nas versões mais recentes. O estilo gráfico ficou mais limpo, sem aquele tom escuro que reinava nas versões anteriores. A jogabilidade continuava sendo uma marca forte da série, pois ainda hoje é difícil encontrar algum game de luta com controles tão competentes quanto KOF. Até mesmo as músicas ficaram mais animadas, com um estilo que varia entre o dançante e algo mais clássico japonês. Tudo isso estabilizou o foco de verdadeiro show que um torneio de tamanho nome merece.

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Mesmo sendo uma clara evolução, o título não teve aprovação unânime em seu lançamento. Muitos reclamaram da falta de balanceamento entre alguns personagens, mas a maioria se satisfez com a quantidade de novos personagens e a possibilidade de se jogar com três famosos chefes de outros games da SNK: Geese Howard (Fatal Fury), Wolfgang Krauser (Fatal Fury Special) e Mr. Big (Art Of Fighting). Além disso, houve várias versões do game para diversos consoles: até mesmo o nosso querido Game Boy ganhou a sua. Com tudo isso fica fácil notar que foi a partir de King Of Fighters 96 que a série começou a trilhar seu caminho como um dos games de luta mais disputados de todos os tempos.

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Nada mal para uma franquia que naquela época ainda tentava encontrar sua plenitude.


Revisão: Bruna Lima

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