Blast from the Past

Blast from the Past: Tumble Pop (GameBoy/Virtual Console)

em 28/07/2012

Em meados da década de 90, época em que os fliperamas ainda eram muito fortes na cultura gamer, a Data East lançava Tumble Pop, um simpático... (por Unknown em 28/07/2012, via Nintendo Blast)

tumble pop boxart nblastEm meados da década de 90, época em que os fliperamas ainda eram muito fortes na cultura gamer, a Data East lançava Tumble Pop, um simpático Arcade Game em que o jogador assume o papel de um caçador de fantasmas que, com seu aspirador de pó, deve derrotar monstros espalhados por fases pelo mundo inteiro. O game, que hoje é considerado um clássico cult, recebeu em 1992 uma versão para o GameBoy, que apesar de ser um pouco diferente da versão original, possui uma série de qualidades. Recentemente, esta versão foi relançada para o Nintendo 3DS pelo Virtual Console do eShop. Mas será que um jogo tão antigo e simples ainda pode divertir os jogadores cada vez mais exigentes?

Simples e viciante

O funcionamento de Tumble Pop é muito simples: para passar de fase, o jogador deve eliminar todos os inimigos do cenário. O caçador pode se movimentar livremente pelos vários andares de cada estágio e deve criar estratégias eficazes para derrotar cada um dos variados tipos de monstros que virão ao seu encontro. Quando sugados pelo aspirador de pó, os inimigos se transformam em estrelas que podem ser lançadas em outros fantasmas e monstros que estiverem no caminho. As fases tem um contador de tempo, então é fundamental que o jogador crie uma estratégia e saiba o que está fazendo para progredir no game.

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Ao contrário da versão de Arcade, em que o jogador se aventura por diferentes partes do mundo, em fases com características que lembram os países que elas desejam retratar, a versão de GameBoy é mais simplista, contando com oito mundos espalhados por uma espécie de world map. A progressão pelas fases não é linear, de forma que o jogador pode escolher por qual mundo deseja começar sua aventura. Além disso, ao final de cada mundo, o jogador enfrenta um chefe que, na maioria das vezes, é muito fácil de ser derrotado, sendo necessário apenas sugar inimigos e lançá-los contra ele.

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Para deixar tudo ainda melhor, o game conta com um modo de criação de fases, no qual o jogador pode posicionar inimigos e power-ups. Infelizmente não é possível compartilhar os níveis criados, o que é justificável para um jogo de 1992, mas que poderia muito bem ter sido modificado para a versão de 3DS lançada recentemente.

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Retrô por completo

Tanto os gráficos quanto o som do game remetem à era de ouro dos videogames, em que uma boa dose de diversão ficava à frente de produções graficamente perfeitas e trilhas sonoras orquestradas. Os gráficos são bem simples, mas muito simpáticos. Todos os personagens são bastante carismáticos e engraçados, sendo que o game fica devendo apenas nos cenários, que poderiam ter seguido o mesmo foco de sua contraparte de Arcade. As músicas são muito divertidas, grudentas e curtas, de forma que não tem como não jogar Tumble Pop sem ficar com elas na cabeça.

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Aspirar até cansar

Apesar de muito divertido, Tumble Pop é um jogo que pode cansar os jogadores depois de um tempo, já que suas mecânicas não se renovam no decorrer da aventura e a forma de derrotar os inimigos (inclusive os chefes) é sempre igual. O game é um pouco longo, uma vez que seus oito mundos possuem várias fases e um chefe, e pode ser que os jogadores se cansem das mecânicas de Tumble Pop antes de finalizá-lo. O jogo faz uso dos famigerados passwords para salvar o progresso (mas com a funcionalidade de save state disponível para os títulos de Virtual Console do 3DS, tais códigos se tornam obsoletos).

Tumble Pop é daqueles jogos que podem não agradar a todos, mas que mesmo assim valem uma testada. O game está disponível por apenas R$ 4,99 no eShop, e serve como uma boa aula de história sobre o auge dos Arcade Games. Não chega a ser um clássico, mas com certeza serviu de inspiração para muitos.

Revisão: Catarine Aurora


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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